Crise de Suez: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Koemann (discussão | contribs)
Koemann (discussão | contribs)
Linha 32:
Como parte da agenda nacionalista, o presidente egípcio [[Nasser]] tomou controle do Canal de Suez tomando-o das empresas britânicas e francesas, que o possuiam. Ao mesmo tempo, como parte de sua luta permanente com Israel, forças egípcias bloquearam o [[Estreito de Tiran]], a hidrovia estreita que é a única saída de Israel ao [[Mar Vermelho]]. Israel e Egito se enfrentaram várias vezes desde a guerra de 1948, tendo o Egito permitido e incentivado grupos de [[combatentes palestinos]] para atacar Israel a partir de território egípcio. Em resposta, as forças israelenses constantemente atacavam a fronteira, em retaliação. Grã-Bretanha e França, ambos em processo de perder os seus seculares impérios, decidiram, em uma estratégia conjunta, a ocupação do Canal de Suez. Isto teve como objetivo reafirmar o controle dessa hidrovia vital para as empresas britânicas e francesas expulsas pela nacionalização realizada por Nasser. Por sugestão da França, o planejamento foi coordenado com Israel, um fato que todas as três nações negaram por anos depois.
 
[[File:Dayan 9th Brigade 1956.jpg|thumb|Comandante israelense [[Moshe Dayan]] na região do Canal de Suez durante a guerra de 1956]]
 
Em 29 de outubro de 1956, tropas israelenses invadiram a Península do Sinai e rapidamente superou a oposição das tropas egípcias. No dia seguinte, a Grã-Bretanha e França, se ofereceram para ocupar temporariamente a [[Zona do Canal]] e sugeriu uma zona de 10 milhas em cada lado que iria separar as forças egípcias dos israelenses. Nasser, é claro, recusou, e em 31 de outubro, o Egito foi atacado e invadido por forças militares da Grã-Bretanha e França. Em resposta a estes desenvolvimentos, a União Soviética, que na época estava a impiedosamente suprimir uma [[revolta anti-comunista na Hungria]], ameaçou intervir em nome do Egito. O presidente Eisenhower dos Estados Unidos pressionou a Grã-Bretanha, França e Israel a concordar com um cessar-fogo e eventual retirada do Egito. Os Estados Unidos, pegos de surpresa pelas duas invasões, estava mais preocupado com a guerra soviética na Hungria e na Guerra Fria do que com a Grã-Bretanha e da França envolvendo relações de Suez. A última coisa que o presidente Eisenhower queria era uma guerra mais ampla sobre Suez. A guerra em si durou apenas uma semana, e as forças invasoras foram retiradas em um mês, sob a supervisão das tropas das [[Nações Unidas]]. Como resultado, o Egito agora firmemente alinhado-se com a União Soviética, que armou Egito e outras nações árabes para a luta contínua contra Israel.
 
{{clr}}