História da Namíbia: diferenças entre revisões

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Na sequência da [[Conferência de Berlim]], em [[1885]], a [[Alemanha]] passou a administrar o território do [[Sudoeste Africano]] até à sua derrota na [[Primeira Guerra Mundial]]. Nessa altura, a [[União Sul-Africana]] obteve o mandato da [[Liga das Nações]] para administrar aquela território, mas não o substituiu por um mandato da [[ONU]], em [[1946]], ficando a ocupar o território como se fosse uma quinta província.
 
==Revogação do mandato sul-africano pela ONU==
Em 21 de Março de [[1966]], a [[SWAPO]] (''South-West Africa People's Organisation''), um movimento [[independência|independentista]] lançou uma guerra de [[guerrilha]] contra as forças ocupantes, mas só em [[1988]] o governo sul-africano acedeu a terminar a sua administração do território, de acordo com um plano de paz das Nações Unidas para toda a região.
 
A resolução nº 2145, aprovada pela [[Assembleia Geral da ONU ]]no ano de 1966, revogava o mandato de protetorado da África do Sul sobre o Sudoeste Africano (hoje, Namíbia). Em [[Pretória]], o governo sul-africano ignorou, no entanto, esta decisão.
 
A Namíbia, antiga [[colônia alemã]], era muito cobiçada em função de seu vasto potencial econômico. "O país é o maior produtor de diamantes do mundo, além de possuir cobre, prata, zinco e ainda urânio", explicou o comissário da ONU, Sean McBride.
 
A riqueza da Namíbia foi provavelmente uma das razões pelas quais a [[África do Sul]] não quis abrir mão do seu poder sobre o país, após o fim da Segunda Guerra Mundial.
 
Depois da dissolução da [[Liga das Nações]], o governo sul-africano deveria passar a tutela da região para as Nações Unidas. Embora isso não fosse obrigatório, a África do Sul foi conclamada explicitamente a transferir para a ONU o mandato de protetorado da Namíbia, que tinha sido conferido ao governo de Pretória, em 1920, pela Liga das Nações. O pedido, no entanto, não foi acatado.
 
A começar pela resolução nº 65, a Assembleia Geral da ONU renovou o apelo quase todos os anos. Em 1959, foi constatado "que a administração do território tem sido conduzida de forma cada vez mais contrária à [[Carta da ONU]], à [[Declaração Universal dos Direitos do Homem]], aos pareceres dos [[tribunais internacionais]] e à resolução da própria Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas".
 
A África do Sul havia começado a implantar suas leis do [[apartheid]] também na Namíbia, o que provocou uma série de violações dos direitos humanos na região. Em 1960, a Etiópia e a Libéria, Estados africanos independentes, entraram com uma ação contra a África do Sul, que foi então obrigada a responder perante o [[Tribunal Internacional de Haia]], na Holanda, pela violação dos estatutos de tutela do [[Sudoeste Africano]].
 
A sentença do Tribunal foi proferida somente seis anos mais tarde, em 1966. Para as tribos namíbias, o resultado foi uma amarga decepção. Com a maioria de apenas um voto, o Tribunal Internacional indeferiu a ação por razões formais.
 
Apesar da sentença proferida em Haia, a Assembleia Geral da ONU exigiu ainda no mesmo ano que os sul-africanos deixassem Namíbia, colocando a região sob a tutela direta das Nações Unidas.
 
==Guerrilha e independência==
 
Em 21 de Março de [[1966]], a [[SWAPO]] (''South-West Africa People's Organisation''), um movimento [[independência|independentista]], liderado por [[Sam Nujoma]], lançou uma guerra de [[guerrilha]] contra as forças ocupantes, mas só em [[1988]] o governo sul-africano acedeu a terminar a sua administração do território, de acordo com um plano de paz das Nações Unidas para toda a região.
 
Em outubro de 1975, a África do Sul iniciou incursões militares também em [[Angola]], contando com que receberia o apoio de tropas norte-americanas. O [[Congresso dos EUA]] vetou, no entanto, o apoio do país a qualquer das partes em conflito. Com isso, a África do Sul acabou isolada no cenário político mundial, somente retirando suas tropas de Angola e da Namíbia no início da década de 1980.
 
Em 1990, o Sudoeste Africano tornou-se [[independência|independente]] como Namíbia, mas Walvis Bay continuou sob controle da África do Sul até [[28 de Fevereiro]] de [[1994]], depois dos proprietários locais aplicarem pressão na potência administrativa.