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Ludwig adquiriu em [[1967]], na fronteira entre os estados do [[Pará]] e [[Amapá]] (então Território Federal) uma área de terra de tamanho pouco menor que a do estado de [[Sergipe]],<ref name=sup2010>{{citar jornal | autor =Érica Georgino | ano =2010 | mes =janeiro | titulo =Jari: 1967 - Atrás de celulose, um blilionário ambicioso botou a selva abaixo. Foi vencido por ela e pelas dívidas | jornal =[[Superinteressante]] | numero =274 | paginas =p. 74 | editora =[[editora Abril|Abril]] | local =São Paulo | issn =0104-1789 }}</ref> ou equivalente ao estado [[EUA|norte-americano]] do [[Connecticut]],<ref name=nec>{{citar web|url=http://www.nytimes.com/1992/08/29/us/daniel-ludwig-billionaire-businessman-dies-at-95.html?sec=&spon=&pagewanted=all |título=Daniel Ludwig, Billionaire Businessman, Dies at 95 |autor=Eric Pace / [[The New York Times]] |língua=[[língua inglesa|inglês]] |data=29 de agosto de 1992 |acessodata=27 de janeiro de 2010 }}</ref> para a instalação do seu projeto agropecuário. Ao longo do programa de instalação, enfrentou as desconfianças das autoridades da [[Ditadura Militar do Brasil|Ditadura]], e também dos integrantes das chamadas [[esquerda (política)|esquerdas]], que temiam pela [[soberania]] brasileira sobre a área inabitada de florestas onde o Jari seria instalado.<ref name=sup2010/> A "ameaça" rendeu, em [[1979]], a criação de uma [[CPI]] para "apurar a devastação da floresta amazônica e suas implicações"<ref>{{citar web|url=http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Materia/detalhes.asp?p_cod_mate=40065 |título=CPI desmatamento da floresta amazônica |autor=Senado Federal |acessodata=27 de janeiro de 2010 }}</ref> Entretanto, o relatório da Comissão não faz qualquer alusão direta a este projeto.<ref>{{citar web |url=http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Materia/getPDF.asp?t=66911 |autor=Senador [[Aloysio Chaves]] |título=Relatório da CPI do Senado Federal para apurar a devastação da floresta amazônica e suas implicações |data=1979-1982 |acessodata=27 de janeiro de 2010}}</ref>
 
A área adquirida por Ludwig fez com que fosse provavelmente o maior proprietário individual de terras no [[Ocidente]].<ref>{{citar web|url=http://www.trivia-library.com/b/richest-people-in-history-daniel-k-ludwig.htm |título=Richest People in History - Daniel K. Ludwig |acessodata=28 de janeiro de 2009 }}</ref> A grandiosidade do Jari acentuava-se por ser a região totalmente desprovida de qualquer [[infraestrutura]]; foi necessária a construção de portos, ferrovia e nove mil quilômetros de estradas.<ref name=sup2010/> Ali Ludwig planejava instalar um projeto de [[reflorestamento]] com árvores de crescimento rápido[gmelina}, antevendo o aumento da necessidade mundial por celulose. Além disto, pretendia estender as atividades para a [[mineração]], pecuária e agricultura, atraindo críticas de ambientalistas.<ref name=nec/>
Uma usina termelétrica e a própria fábrica de celulose foram rebocadas do [[Japão]], num percurso de 25 mil quilômetros, que durou 53 dias a ser concluído. Além das instalações, todo o projeto ocupava uma área de 16 mil km², a construção de uma cidade - [[Beiradão]] - para a moradia dos trabalhadores, além de hospital e escolas na sede, chamada ''Monte Dourado''.<ref name=sup2010/> A fábrica e implementos custaram em torno de 200 milhões de dólares. Em [[1982]], ano de sua venda, a população do Jari alcançou a marca de trinta mil habitantes.<ref name=nec/>