Kenneth Waltz: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m adicionei ligacao a uma entrevista
Linha 45:
O Neorealismo foi a resposta de Waltz para o que ele via como as deficiências do [[Realismo Clássico]]. Embora os termos sejam por vezes utilizados indistintamente, o [[Neorealismo]] e o [[Realismo]] possuem características distintas. A principal diferença entre os dois está no papel atribuído pelo Realismo Clássico à natureza humana, ou ao ímpeto de dominar, no centro de sua explicação para a guerra, enquanto o Neorealismo não faz destaque para a natureza humana e argumenta em lugar disso que as pressões da anarquia definem resultados independentemente da natureza humana ou dos [[regime político|regimes políticos]] domésticos.
 
A teoria de Waltz, como ele deixa [[explícito]] em "Theory of International Politics", não é uma teoria de política externa e não procura prever ou explicar ações específicas dos Estados, como o [[colapso da União Soviética]]. Sua teoria explica apenas princípios gerais de comportamento que governam as relações entre Estados, incluindo a BalançaEquilíbrio de Poder, corridas armamentistas, e praticar restrições em proporção ao poder relativo. Em ''Theory of International Politics'' (1979:6) Waltz sugere que explicação mais do que predição é esperada de uma boa teoria de [[Ciências Sociais]], já que [[cientista social|cientistas sociais]] não podem fazer experimentos controlados que dão às [[Ciências Naturais]] tanta capacidade de predição.
 
== Críticas ==
Linha 52:
Outra crítica de peso ao [[Neorealismo]] (e ao [[Realismo Clássico]] também) é sua inabilidade de lidar com a duradoura paz entre as grandes potências desde a [[Segunda Guerra Mundial]] e a crescente cooperação entre os Estados. Explicações alternativas que focam no papel das Instituições (como o [[Liberalismo]], [[Neoliberalismo]], [[Institucionalismo]]) e [[regime político|regimes políticos]] domésticos tornaram-se muito mais proeminentes, embora as teorias realistas continuem a ter grande influência em trabalhos e teorias atuais.
 
Outros críticos argumentam que os Estados não entram em Balançasequilíbrios de poder como os Neorealistas prevêem, e ao invés disso preferem regularmente seguir o fluxo (bandwagon), ou colocar-se ao lado dos mais poderosos em uma crise internacional. Waltz responde que sua teoria explica o comportamento dos Estados com poderes médio e grande, e que os Estados pequenos e vulneráveis realmente seguem o fluxo com freqüência ao invés de balanceartentar o equilíbrio, mas que em última análise suas ações não definem o curso das Relações Internacionais de maneira significativa.
 
Outros ainda acusam Waltz de "acolchoar" sua teoria, impedindo qualquer refutação ou falseamento, atitude prejudicial ao progresso científico.