Hermínio Bello de Carvalho: diferenças entre revisões

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{{revisão|data=dezembro de 2011}}
Ativista Cultural na linha de valorização da nacionalidade de Mario de Andrade e Villa-Lobos, o compositor, poeta e produtor Hermínio Bello de Carvalho acumula uma descomunal lista de serviços prestados à MPB. Seria até impossível resumi-la aqui, mas bastaria iniciá-la pela descoberta de Clementina de Jesus. Depois de reuni-la ao violonista erudito Turíbio Santos, Hermínio a fez estrela o musical divisor de águas, "Rosa de Ouro", em 1965, ao lado da grande dama do teatro de revista, Aracy Cortes e de bambas veteranos e iniciantes que constituíram o núcleo posterior de resistência do samba, de Paulinho da Viola e Elton Medeiros a Nelson Sargento e Jair do Cavaquinho. Poeta de livro ("Chove azul em teus cabelos", "Ária e percussão", "Poemas do amor maldito"), jornalista e cronista (Revista da Música Popular, Pasquim, Leitura), Hermínio tem um trajeto luminoso como parceiro de ases do porte de Cartola e Carlos Cachaça ("Alvorada no Morro"), Pixinguinha ("Fala Baixinho", "Isso é que é viver", "Isso não se faz"), Paulinho da Viola ("Sei lá Mangueira"), Baden Powell ("Valha-me Deus"), D. Ivone Lara ("Mas quem disse que eu te esqueço"), Sueli Costa ("Cobras e Lagartos"), Martinho da Vila ("Retrós e Linhas"), Zé Ketti ("Cicatriz"), João de Aquino ("Patuá"), Vital Lima ("Judiarias, "Pastores da Noite"), além de ter letrado choros de Jacob do Bandolim "Noites Cariocas" e "Doce de côco", a "Estrado do Sertão" de João Pernambuco e "Senhora Rainha" de Villa-lobos. Com Maurício Tapajós escreveu a ópera popular "João, amor e Maria" e entre outros o clássico "Mudando de Conversa", gravado por Doris Monteiro.
{{mais-fontes|data=Janeiro de 2009}}
Na área da produção, à frente da Funarte nos anos 70/80, ele criou e implantou projetos como Pixinguinha (que percorreu o pis com espetáculos a preços populares), Lúcio Rangel de monografias (que impulsionaria a desértica bibliografia da MPB), Almirante de edição de discos alternativos, Ary Barroso voltado para a divulgação da música nacional no exterior e muitos outros. Atuante no selvagem mercado do disco, Hermínio assinou clássicos atemporais como "Gente da Antiga", reunindo Pixinguinha, Clementina de Jesus e João da Baiana, "Fala Mangueira" com Cartola, Nelson Cavaquinho, Carlos Cachaça, Odete Amaral, Clementina de Jesus e outros títulos de Clementina e Pixinguinha, Isaura Garcia, Marlene e Dalva de Oliveira. Dois outros shows que levam sua assinatura e forma transformados em disco marcaram época. O encontro de Elizeth Cardoso (de quem produziria a maioria dos discos), Jacob do Bandolim e o bossanovista Zimbo Trio no Teatro João Caetano em 1968.
{{ver desambiguação}}
Mais que um mero produtor, o ativista Hermínio Bello de Carvalho interfere nos rumos e (re)faz a história da MPB.
[[Ficheiro:Instrumentos choro.jpg|thumb|300px|Alguns instrumentos típicos do choro brasileiro: [[Violão de 7 cordas]], [[violão]], [[bandolim]], [[flauta]], [[cavaquinho]] e [[pandeiro]] .]]
O '''Choro''', popularmente chamado de ''chorinho'', é um [[gênero musical|gênero]] de [[música popular]] e [[Música instrumental|instrumental]] [[brasil]]eira.
 
Tido como a primeira música popular urbana típica do Brasil, o choro nasceu no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] em meados do [[século XIX]] <ref name="Cazes">[[Henrique Cazes|CAZES]], Henrique. ''Choro: do quintal ao municipal''. São Paulo: Ed. 34, 1998.</ref>. Até hoje é muito executado tanto por grupos tradicionais, como as '''rodas de choro''' e '''regionais''', quanto por músicos de outras origens.
*Este texto foi escrito por Tárik de Souza a Hermínio Bello de Carvalho para um show especial do artista. Texto autorizado por Hermínio.
 
O choro não se caracteriza por um ritmo específico, mas pela maneira de se tocar. Assim, é muito vasta a gama de ritmos nos quais se baseiam os compositores de choro. Dentre os principais ritmos utilizados, pode-se citar o [[maxixe]], o [[samba]], a [[polca]] e a [[valsa]], dando origem, assim, ao ‘’samba-choro’’, à ‘’polca-choro’’ e à ‘’valsa-choro’’ (com relação ao maxixe, não é utilizada a expressão “maxixe-choro”, mas apenas ‘’maxixe’’).
 
[[Ficheiro:Joaquim Callado003.jpg|left|200px|Joaquim Callado (1848-1880), um dos criadores do gênero.]]
 
O flautista e compositor [[Joaquim Antônio da Silva Calado]] é considerado um dos pioneiros do choro, ou pelo menos um dos principais colaboradores para a fixação do gênero, quando incorporou ao solo de flauta, dois violões e um cavaquinho, que improvisavam livremente em torno da melodia. Foi Calado quem, pela primeira vez, grafou a palavra choro no local destinado ao gênero em uma de suas partituras: a da polca ‘’Flor Amorosa’’. Até então, os compositores se limitavam a indicar, como gênero, os ritmos tradicionais.
[[Categoria:Compositores do Rio de Janeiro]]
[[Categoria:Produtores musicais do Brasil]]
[[Categoria:Poetas do Rio de Janeiro]]
[[Categoria:Naturais do Rio de Janeiro (cidade)]]
 
Uma denominação muito usada por compositores dessa época, como o também pioneiro [[Ernesto Nazareth]], é ‘’tango brasileiro’’, evocando a influência da música ibérica e o desenvolvimento paralelo ao tango argentino.
[[en:Hermínio Bello de Carvalho]]
 
O [[músico]], [[compositor]] ou instrumentista, ligado ao choro é chamado '''chorão'''. Característica freqüentemente apreciada no choro é o [[Virtuoso|virtuosismo]] dos instrumentistas, bem como a capacidade de improvisação dos executantes.
 
Há choros mais tranqüilos e mais agitados. Frequentemente com ritmo [[Síncope (música)|sincopado]].
 
O conjunto regional é geralmente formado por um ou mais instrumentos de [[Solo (música)|solo]], como [[flauta]], [[bandolim]] e [[cavaquinho]], que executam a [[melodia]], o cavaquinho faz o centro do ritmo e um ou mais [[Violão|violões]] e o [[violão de 7 cordas]] formam a base do conjunto, além do [[pandeiro]] como marcador de ritmo.
Originalmente, o cavaquinho – por suas características técnicas como a pouca ressonância – era considerado apenas um instrumento de “centro”, ou seja, um instrumento harmônico-rítmico utilizado apenas na base do conjunto. Entretanto, com a melhoria de recursos acústicos e eletrônicos (como o pedal de [[reverb]]), passou também a solista.
 
As rodas de choro são reuniões mais informais de chorões, muito diferentes de apresentações e shows. Geralmente acontecem em bares ou na própria casa dos músicos, em que todos se juntam para tocar choro. Não existe uma formação específica e os músicos que vão chegando se juntam à roda.
 
Alguns dos chorões mais conhecidos são [[Chiquinha Gonzaga]], [[Ernesto Nazareth]] e [[Pixinguinha]]. Alguns dos choros mais famosos são
* "[[Tico-Tico no Fubá]]", de [[Zequinha de Abreu]]
* "[[Brasileirinho]]", de [[Waldir Azevedo]]
* "Noites Cariocas", de [[Jacob do Bandolim]]
* "[[Carinhoso]]" e "[[Lamento]]" de [[Pixinguinha]]
* "[[Odeon (canção)|Odeon]]", de [[Ernesto Nazareth]]
 
O choro serviu de inspiração a diversos compositores eruditos brasileiros e estrangeiros. Dentre as composições de [[Heitor Villa-Lobos]], o ciclo dos Choros é considerado um conjunto de obras importantes. O compositor francês [[Darius Milhaud]], que foi adido cultural da França no Brasil, inseriu em sua peça ‘’Scaramouche’’ algumas idéias de choro, inclusive com um plágio de ‘’Brejeiro’’, de Nazareth.
 
Também a música erudita inspirou os chorões, como o flautista [[Altamiro Carrilho]], que gravou discos chamados Clássicos em Choro, nos quais toca música clássica com sotaque de choro.
 
== Forma ==
 
O choro tradicional é caracterizado por três partes. É comum que cada parte esteja em uma [[tonalidade]], geralmente com [[Modulação (música)|modulações]] para tons vizinhos como o relativo ou o quarto grau.
 
A partir de meados do [[século XX]] tornou-se muito popular o choro com apenas duas partes. Grande parte dos choros de [[Jacob Bittencourt]] apresentam apenas duas partes. Um grande defensor do choro em duas partes foi o compositor [[K-Ximbinho]].
 
Além disso, observa-se uma quadratura regular em cada uma das partes. Em geral, cada parte tem 16 ou, mais recentemente, 32 compassos (sobretudo nos choros com apenas duas partes), subdivididas em frases de compassos, por sua vez compostas de dois incisos de 4 compassos.
 
== História do Choro ==
 
{{sem fontes}}
 
[[Ficheiro:Viriatofigueira.gif|thumb|400px|Viriato Figueira (1851-1883), da turma do Callado.]]
[[Ficheiro:Chiquinha 6a.jpg|thumb|300px|Chiquinha Gonzaga (1847-1935)]]
[[Ficheiro:Ernestonazareth2.jpg|thumb|300px|Ernesto Nazareth (1863-1934).]]
[[Ficheiro:Pixinguinha.jpg|thumb|300px|Pixinguinha (1897-1973) é considerado um dos maiores compositores de choro de todos os tempos]]
 
=== Origem do nome ===
 
Existe controvérsia entre os pesquisadores sobre a origem da palavra "choro". Eis algumas das hipóteses levantadas por estudiosos:
 
Segundo [[Lúcio Rangel]] e [[José Ramos Tinhorão]]<ref>http://www.violaecantoria.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=52&Itemid=32</ref>, a expressão choro pode derivar da maneira chorosa de se tocar as músicas estrangeiras no final do [[século XIX]] e os que a apreciavam passaram a chamá-la de música de fazer chorar. Por extensão, próprio conjunto de choro passou a ser denominado pelo termo, por exemplo, "Choro do Calado".
 
Para [[Ari Vasconcelos]], a palavra choro seria uma corruptela de [[choromeleiros]], corporações de músicos que tiveram atuação importante no período colonial brasileiro.<ref>http://www.violaecantoria.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=52&Itemid=32</ref> Os choromeleiros não executavam apenas a [[charamela]], mas outros instrumentos de sopro. O termo passou a designar, popularmente qualquer conjunto instrumental.
 
Já [[Luís da Câmara Cascudo|Câmara Cascudo]] afirma que o termo pode também derivar de "xolo", um tipo de baile que reunia os [[escravo]]s das [[fazenda]]s, expressão que, por confusão com a parônima portuguesa, passou a ser conhecida como "xoro" e finalmente, na cidade, a expressão começou a ser grafada com "ch".<ref>http://www.violaecantoria.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=52&Itemid=32</ref>
 
Depois de já estabelecido o nome choro, o gênero foi apelidado de ‘’chorinho’’. Entretanto, muitos chorões e apreciadores do gênero não gostam dessa denominação.
 
=== Século XIX ===
 
A história do Choro provavelmente começa em [[1808]], ano em que a [[Família Real]] portuguesa chegou ao Brasil. Em [[1815]] a cidade do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] foi promulgada capital do `[[Reino Unido do Brasil]], [[Portugal]] e [[Algarves]]´. Em seguida passou por uma reforma urbana e cultural, quando foram criados cargos públicos. Com a corte portuguesa vieram instrumentos de origem européia como o [[piano]], [[clarinete]], [[violão]], [[saxofone]], [[bandolim]] e cavaquinho e também músicas de [[dança de salão]] européias, como a [[valsa]], [[quadrilha]], [[mazurca]], [[modinha]], [[minueto]], [[xote]] e principalmente a [[polca]], que viraram moda nos [[baile]]s daquela época. Esta última foi apresentada ao público em Julho de [[1845]].
 
A reforma urbana, os instrumentos e as músicas estrangeiras, juntamente com a abolição do [[tráfico de escravos]] no Brasil em [[1850]], podem ser considerados uma "receita" para o surgimento do Choro, já que possibilitou a emergência de novas [[classe social|classes sociais]]: [[operário]]s, [[Funcionário público|funcionários públicos]] (isto é, [[carteiro]]s, [[telegrafista]]s, trabalhadores da [[Estrada de Ferro Central do Brasil]]<ref>Livingston-Isenhour, T., and Garcia, T. G. C. (2005). Choro: A Social History of a Brazilian Popular Music. Bloomington, Indiana: Indiana University Press.</ref>), instrumentistas de bandas [[militar]]es e pequenos [[comerciante]]s, geralmente de origem negra, nos [[subúrbio]]s do Rio de Janeiro. Essas pessoas, sem muito compromisso, passaram a formar conjuntos para tocar de "ouvido" essas músicas, que juntamente com alguns ritmos africanos já enraizados na cultura brasileira, como o [[Batuque (música)|batuque]] e o [[lundu]], passaram a ser tocadas de maneira abrasileirada pelos músicos que foram então batizados de chorões.
 
Embora não se possa fixar uma [[música]] ou uma data para o surgimento de um gênero musical, pois se trata de um processo lento e contínuo, dentre esses músicos se destacou o flautista [[Joaquim Antônio da Silva Calado]] e seu conjunto, surgido por volta de [[1870]], que ficou conhecido como "O Choro de Calado". Esse flautista era professor da cadeira de flauta do [[Conservatório Imperial]], portanto tinha grande conhecimento musical e reunia os melhores músicos da época, que tocavam por simples prazer. O conjunto de Calado era composto de dois violões, um cavaquinho e sua flauta, que era o instrumento de [[Solo (música)|solo]]. Devido ao fato das flautas serem de [[ébano]], essa formação era também chamada de "pau-e-corda". No conjunto de Calado os instrumentistas de cordas tinham liberdade e todos eram bons em fazer, de propósito, improvisos sobre o acompanhamento harmônico e modulações complicadas com o intuito de "derrubar" os outros músicos. Ou seja, foi desenvolvido um novo diálogo entre solo e acompanhamento, uma característica do Choro atual. Logo, outros conjuntos com essa mesma formação apareceram.
 
Desse modo, Joaquim Calado é considerado um dos criadores do Choro, ou pelo menos um dos principais colaboradores para o surgimento do gênero.
 
A polca "Flor Amorosa", composta por Calado em [[1867]] (letrada no século XX por [[Catulo da Paixão Cearense]]), é tocada até hoje pelos chorões e tem características do choro moderno, portanto é considerada a primeira composição do gênero. Desse conjunto fez parte [[Viriato Figueira]], seu aluno e amigo e também sua amiga, a maestrina [[Chiquinha Gonzaga]], uma pioneira como a primeira chorona, compositora e pianista do gênero. Em [[1877]], Chiquinha compôs "Atraente", e em [[1897]], "Gaúcho" ou "Corta-Jaca", grandes contribuições ao repertório do gênero, entre outras composições, como "Lua Branca".
 
O Choro, nesse início, era considerado apenas uma maneira mais sincopada (pela influência do lundu e do batuque) de se interpretar aquelas músicas, portanto recebeu forte influência das mesmas, porém aos poucos a música gerada sob o improviso dos chorões foi perdendo as características dos seus países de origem e os conjuntos de choro proliferaram na cidade, estendendo-se ao Brasil. No final do [[século XIX]] e início do [[século XX]] outros instrumentos de sopro e cordas, como o bandolim, o clarinete, o [[oficlide]] e o [[flautim]] foram incorporados aos conjuntos e utilizados também pelos [[solista]]s. As primeiras composições de Choro com características próprias foram compostas por Joaquim Calado, Chiquinha Gonzaga, [[Anacleto de Medeiros]] e [[Ernesto Nazareth]], dentre outros. Porém, o Choro só começou a ser considerado como gênero musical na primeira década do século XX.
 
=== Século XX ===
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| arquivo = Pixinguinha- O Urubu e o Gaviao 1930.ogg
| título = O Urubu e o Gavião
| descrição = Gravação de 1930 com Pixinguinha na flauta.
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| arquivo = 003-harmonia_selvagem_-_dante_santoro_1938.ogg‎
| título = Harmonia Selvagem
| descrição = Gravação de 1938 com Dante Santoro na flauta (Composição de Dante Santoro).
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| arquivo = Aguenta, seu Fulgêncio - Pixinguinha.ogg
| título = Aguenta, Seu Fulgêncio
| descrição = Choro "Aguenta, Seu Fulgêncio", de Lourenço Lamartine, gravação de 1929 com Pixinguinha na flauta.
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| arquivo = Sofres porque queres - Pixinguinha 1919.ogg
| título = Sofres porque queres
| descrição = Gravação de 1919 com Pixinguinha na flauta (composição de Pixinguinha).
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| arquivo = Magoado (João Pernambuco) - João Pernambuco 1930.ogg
| título = Magoado
| descrição = Composição João Pernambuco, gravação em 1930.
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| arquivo = Intrigas no Boteco do Padilha - Luis Americano 1940.ogg
| título = Intrigas no Boteco do Padilha
| descrição = Choro "Intrigas no Boteco do Padilha", composto e gravado (em 1940) por Luis Americano (clarinete).
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| arquivo = MARIANA EM SARRILHO (Irineu de Almeida) - Grupo do Novo Cordão 1907.ogg
| título = Mariana em Sarrilho
| descrição = Choro "Mariana em Sarrilho", composto por Irineu de Almeida. Gravação de 1907 pelo Grupo do Novo Cordão (Clarinete, cavaquinho e violâo, mas membros desconhecidos).
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| arquivo = Atraente chiquinha pixinguinha.ogg
| título = Atraente
| descrição = Choro "Atraente", de Chiquinha Gonzaga, gravação com Pixinguinha no saxofone e Benedito Lacerda na flauta
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| arquivo = Chiquinha gonzaga - sultana 1908.ogg
| título = Sultana
| descrição = Polca-choro "Sultana", de Chiquinha Gonzaga, gravada em 1908 pelo Grupo Chiquinha Gonzaga
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| arquivo = Corta jaca 1912.ogg
| título = Corta-Jaca
| descrição = "Corta-Jaca", de Chiquinha Gonzaga, gravada entre 1910-1912 pelo Grupo Chiquinha Gonzaga.
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| arquivo = Cruzes, minha prima! Agenor bens Joaquim Callado .ogg
| título = Cruzes, minha prima!
| descrição = Polca "Cruzes, minha prima!", coposta por Joaquim Callado. Gravação de 1913 por Agenor Bens (flauta) e Arthur Camilo (Piano)
| posição = direita
}}
Os conjuntos de choro foram muito requisitados nas gravações fonográficas ([[Disco de goma-laca|de LPs de 78 rotações]]) que tiveram início em [[1902]]. O compositor [[Anacleto de Medeiros]] foi um dos pioneiros ao participar das primeiras gravações do gênero e de um dos primeiros discos impressos no Brasil em 1902. Misturou a [[xote]] e a polca com as sonoridades brasileiras. Como grande [[orquestra]]dor, traduziu a linguagem das bandas para as rodas de choro.
 
O virtuoso da flauta [[Patápio Silva]], considerado o sucessor de Joaquim Calado, ficou famoso por ser o primeiro flautista a fazer um registro fonográfico.
 
O violonista [[João Pernambuco]], autor de "Sons de Carrilhões", trouxe do [[Sertão (conceito)|sertão]] sua forma típica de [[canção]] e enriqueceu o gênero com elementos regionais, colaborando para que o violão deixasse de ser um mero acompanhante na música popular.
 
[[Ernesto Nazareth]], músico de trajetória erudita e ligado à escola européia de interpretação, compôs "Brejeiro" ([[1893]]), "Odeon" ([[1910]]) e "Apanhei-te Cavaquinho" ([[1914]]), que romperam a fronteira entre a [[música popular]] e a [[música erudita]], sendo vitais para a formação da linguagem do gênero.
 
[[Pixinguinha]], um dos maiores compositores da [[música popular brasileira]], que também era [[tenor]], [[arranjo (música)|arranjador]], saxofonista e flautista, contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva.
 
Em [[1919]], Pixinguinha formou o conjunto [[Oito Batutas]], formado por Pixinguinha na flauta, João Pernambuco e [[Donga (músico)|Donga]] no violão, dentre outros músicos. Fez sucesso entre a elite carioca, tocando maxixes e outros choros. Quando compôs "Carinhoso", entre [[1916]] e [[1917]] e "Lamentos" em [[1928]], que são considerados dois dos choros mais famosos, Pixinguinha foi criticado e essas composições foram consideradas como tendo uma inaceitável influência do [[jazz]].
Outras composições de Pixinguinha, entre centenas, são "Rosa", "Vou vivendo", "Lamentos", "1X0", "Naquele tempo" e "Sofres porque Queres".
 
[[Ficheiro:Zequinhadeabreu.jpg|thumb|[[Zequinha de Abreu]] .]]
[[Ficheiro:Patapiosilva.jpg|thumb|500px|[[Patápio Silva]] (1880-1907) participou das primeiras gravações fonográficas do gênero.]]
[[Ficheiro:AgenorBens.jpg|thumb|300px|O flautista [[Agenor Bens]] (circa 1870-1950) participou de diversas das primeiras gravações fonográficas do choro, na primeira década do século XX.]]
Na década de [[1920]], o maestro [[Heitor Villa-Lobos]] compôs uma série de 16 composições dedicadas ao Choro, mostrando a riqueza musical do gênero e fazendo-o presente na [[música erudita]]. A série é composta de 14 choros para diversas formações, um Choros Bis e uma Introdução aos Choros. O nome das composições é sempre no plural. O Choros nº 1 foi composto para violão solo.<ref>{{citar web
|url=http://www.brasilianas.org/node/188693
|titulo=Choro no. 1, por Turíbio
|acessodata=14 de setembro de 2010
|autor =
|data=
|publicado =
|língua=
}}</ref>
 
Existem também Choros para [[música de câmara|conjuntos de câmara]] e [[orquestra]]. A peça Choros nº 13, de Heitor Villa-Lobos, foi composta para duas orquestras e banda. Já Choros nº 14 é para orquestra, [[Grupo coral|coro]] e banda. Uma das composição mais conhecida e executada dentre os choros orquestrais de Villa-Lobos é Choros nº 10, para coro e orquestra, que inclui o tema "Rasga o Coração" de Catulo da Paixão Cearense. Devido à grande complexidade e à abrangência dos temas regionais utilizados pelo compositor, a série é considerada por muitos como uma das suas obras mais significativas.{{carece de fontes}}
 
Também a partir da década de 1920, impulsionado pelas gravadoras de discos e pelo advento do rádio, o Choro fez sucesso nacional com o surgimento de músicos como [[Luperce Miranda]] e do pianista Zequinha de Abreu, autor de [[Tico-Tico no Fubá]], além de grupos instrumentais que, por dedicar-se à música regional, foram chamados de regionais, como o [[Regional de Benedito Lacerda]], que tiveram como integrantes Pixinguinha e Altamiro Carrilho, e [[Regional do Canhoto]], que tiveram como integrantes Altamiro e [[Carlos Poyares]].
 
=== Luiz Americano ===
Um solista de destaque, nos anos [[década de 1920|20]] e [[década de 1930|30]], foi o clarinetista e saxofonista [[Sergipe|sergipano]] [[Luiz Americano]], que em [[1937]] integrou o inovador [[Trio Carioca]] ao lado do pianista e maestro [[Radamés Gnattali]].
 
A partir de [[1930]], os conjuntos regionais, formaram uma base de sustentação às nascentes estações de [[Rádio (comunicação)|rádio]], devido à sua versatilidade em acompanhar, com facilidade e sem muitos ensaios, os diversos estilos de música vocal que surgiram.
 
=== Severino Araújo ===
Um dos exemplos de união entre o choro e o [[jazz]] foi realizado por [[Severino Araújo]], que, em [[1944]], adaptou choros à linguagem das ''[[big band]]s''. Como [[maestro]] da [[Orquestra Tabajara]], Severino Araújo gravou vários choros de sua autoria, como "Espinha de Bacalhau". Esse exemplo foi seguido por outras orquestras ou compositores como [[K-Ximbinho]].
 
=== Waldir Azevedo ===
Em [[1947]], [[Waldir Azevedo]], o mais popular artista do choro e virtuoso do cavaquinho, compôs "[[Brasileirinho]]" o maior sucesso da história do gênero, gravado por [[Carmen Miranda]] e, mais tarde, por músicos de todo o mundo. Waldir Azevedo foi um pioneiro que retirou o cavaquinho de seu papel de mero acompanhante e o colocou em destaque como instrumento de solo, explorando de forma inédita as potencialidades do instrumento.
 
=== Jacob do Bandolim ===
[[Jacob do Bandolim]] foi um [[virtuoso]] no seu instrumento que promovia famosas rodas de choro em sua casa, nos [[Década de 1950|anos 50]] e [[década de 1960|60]], além de grande compositor. "Doce de Coco", de [[1951]] e "Noites Cariocas", de [[1957]], são parte do repertório clássico do gênero.
 
Jacob também promoveu o resgate de compositores antigos e fundou o famoso conjunto [[Época de Ouro]], com César Faria e [[Dino 7 Cordas]].
 
O Choro perdeu grande parte de sua popularidade devido ao surgimento da [[Bossa Nova]] nas décadas de 50 e 60, quando foi considerado "fora de moda". Mas o gênero manteve-se presente no ritmo de vários músicos, como [[Paulinho da Viola]] e [[Arthur Moreira Lima]].
 
=== Garoto ===
[[Aníbal Augusto Sardinha]], o Garoto, foi um dos principais expoentes do choro antes da década de 50.
 
Compositor de melodias baseadas nos mais diversos ritmos (sambas, boleros, fox, xotes, entre outros) que ganharam letra de vários parceiros, tornando muitas dessas músicas em sucessos que marcaram diversas épocas do cenário musical nacional.
 
Além de compositor, tocava violão, violão tenor, bandolim, cavaquinho, guitarra havaiana e banjo, entre outros, tendo por isso recebido o apelido de "o gênio das cordas".
 
=== Radamés Gnattali ===
Em [[1956]] [[Radamés Gnattali]] compôs a Suíte "Retratos", homenageando quatro compositores que considerava fundamentais para a música brasileira, Chiquinha Gonzaga, Anacleto de Medeiros, Ernesto Nazareth e Pixinguinha.
 
== [[Década de 1970]] ==
Ocorreu uma revitalização do gênero na [[década de 1970]]. Em [[1973]], uniram-se o Conjunto [[Época de Ouro]] e [[Paulinho da Viola]] no show ''Sarau''. Foram criados os ''Clubes do Choro'' em [[Brasília]], [[Recife]], [[Porto Alegre]], [[Belo Horizonte]], [[Goiânia]] e [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], dentre outras cidades. Surgiram grupos jovens dedicados ao gênero, como [[Galo Preto]] e [[Os Carioquinhas]]. O novo público e o novo interesse pelo gênero propiciou também a redescoberta de veteranos chorões, como Altamiro Carrilho, [[Copinha]] e [[Abel Ferreira]], além de revelar novos talentos, como os bandolinistas [[Joel Nascimento]] e [[Déo Rian]] e o violonista [[Rafael Rabello]].
 
Festivais do gênero ocorreram no ano de [[1977]]. A [[Rede Bandeirantes|TV Bandeirantes]] de São Paulo promoveu duas edições do ''Festival Nacional do Choro'' e a Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro promoveu o ''Concurso de Conjuntos de Choro''.
 
Em [[1979]] com o [[Disco de vinil|LP]] "Clássicos em Choro", o flautista [[Altamiro Carrilho]] fez sucesso tocando [[Música erudita|músicas eruditas]] em ritmo de Choro. Altamiro é uma [[lenda]] viva do Choro, já gravou mais de 100 discos, fez mais de 200 composições e já se apresentou em mais de 40 [[país]]es difundindo o gênero.
 
Também em 1979, por ocasião do evento intitulado "Tributo a Jacob do Bandolim", em homenagem aos dez anos do falecimento do bandolinista, é criado o grupo [[Camerata Carioca]], formado por Radamés Gnatalli, Joel Nascimento e Raphael Rabello, dentre outros músicos.
 
== Década de 1980 ==
A [[década de 1980]] foi marcada por inúmeras oficinas e seminários de Choro. Importantes instrumentistas se reuniram para discutir e ensinar o gênero às novas gerações. Em [[1986]], realizou-se o primeiro ''Seminário Brasileiro de Música Instrumental'', em [[Ouro Preto]], uma proposta ampla que ocasionou uma redescoberta do Choro.
 
A partir de [[1995]] o gênero foi reforçado por grupos que se dedicaram à sua divulgação e modernização e pelo lançamento de [[CD]]s.
 
== Século XXI ==
O Choro entra no terceiro século da sua existência, com uma bagagem de mais de 130 anos, completamente firmado como um dos principais gêneros musicais do Brasil. São milhares de discos gravados e centenas de chorões que marcaram presença. O choro além de ser um gênero musical rico e complexo, é também um fenômeno artístico, histórico e social.
 
No entanto falta divulgação, pois enquanto o '''Dia Nacional do Choro''' é comemorado em outros países, como a [[França]] e o [[Japão]], no Brasil a maioria da população nem sabe que existe essa data comemorativa. Sobre isso, [[Hermínio Bello de Carvalho]] escreveu: "Ao defender a tese de que a cultura deveria ser tratada como matéria de segurança nacional, penso traduzir a necessidade cada vez mais premente de abrasileirar o brasileiro, como advertiu [[Mário de Andrade]]…"
 
Nova geração do Choro …"Grupo formigueiro é formando por jovens músicos alunos e ex alunos do Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos, de Tatuí. Uma das mais importantes escolas de música da América Latina. Grupo nasceu no final de 2007 com o objetivo de pesquisar e divulgar o choro e samba e suas diversas variantes. Em seu repertorio constam as composições do grupo, clássicos do choro e do samba e também uma pesquisa baseada em compositores novos e velhos desconhecidos, nunca deixando o lado didático ,lembrando sempre de historias e curiosidades da musica brasileira e da importância de divulgar e incentivar a cultura através da musica. A formação Regional do Grupo Formigueiro; Mauricio Tagliadelo - violão 7 cordas; Daniel do bandolim; Alexandre Gonçalves Peres- cavaco; Flora Milito - percussão, mostra o tradicional, Acrescido das outras tantas influências musicais da bagagem pessoal de cada integrante. O primeiro trabalho do Grupo o CD instrumental intitulado Formigueiro, lançado no dia 16 de Abril no Auditório do SESC Ribeirão Preto-SP com a participação de Nailor Proveta, cd que possui somente composições do grupo.
 
== Dia do Choro ==
No dia [[23 de abril]] se comemora o '''Dia Nacional do Choro''', trata-se de uma homenagem ao nascimento de Pixinguinha. A data foi criada oficialmente em [[4 de setembro]] de [[2000]], quando foi sancionada lei originada por iniciativa do bandolinista [[Hamilton de Holanda]] e seus alunos da ''Escola de Choro'' [[Raphael Rabello]].
 
No Estado de São Paulo, existe o Dia Estadual do Choro, comemorado no dia 28 de julho. Foi neste dia, no ano de 1915, que nasceu um dos principais expoentes paulistas do choro, o "Garoto", nome artístico de Aníbal Augusto Sardinha.<ref>""http://www.choromusic.com.br/blog/2009/07/dia-estadual-do-choro-em-sao-paulo/</ref>
 
== Instrumentos típicos ==
 
No início, era muito comum no choro o [[piano]], instrumento de pioneiros como Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga.
 
=== Violão de 7 cordas ===
No choro, além do violão de seis cordas, existe o [[violão de 7 cordas]], introduzido nos regionais provavelmente pelo violonista [[Tute]], quando procurava notas mais graves para a chamada baixaria.
 
=== Pandeiro ===
 
O pandeiro foi introduzido no choro por [[João da Baiana]], no início do século XX. Até então, o instrumento era relegado ao batuque, sendo rejeitado pelos que tocavam o choro, considerado uma música mais elaborada que o samba e o batuque.
 
== O conjunto regional e os instrumentos do choro ==
 
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[[Ficheiro:Cavaquinho.jpg|esquerda|thumb|[[Cavaquinho]] em exposição. [[Waldir Azevedo]] explorou de forma inédita as potencialidades do mesmo.]]
[[Ficheiro:Flute.jpg|thumb|[[Flauta]] transversal, instrumento de [[Joaquim Antônio da Silva Calado|Joaquim Calado]], [[Patápio Silva]], [[Benedito Lacerda]] e [[Altamiro Carrilho]].]]
[[Ficheiro:Bandolim choro.jpg|esquerda|thumb|O virtuoso [[Jacob do Bandolim]] é o mais conhecido [[Bandolim|bandolinista]] de choro.]]
[[Ficheiro:Pandeiro.jpg|thumb|Exemplo de [[Pandeiro]], que faz o papel de marcador de ritmo no choro.]]
[[Ficheiro:Violao choro.jpg|esquerda|thumb|O [[Violão]] junto com o violão de 7 cordas forma a base do conjunto.]]
[[Ficheiro:Violão sete cordas.jpg|thumb|[[Violão de 7 cordas]] em exposição. O instrumento foi introduzido no choro para se obter notas mais graves.]]
[[Ficheiro:Clarinet.jpg|thumb|[[Abel Ferreira]] e [[Paulo Moura]] são exemplos de [[Clarinete|clarinetistas]].]]
[[Ficheiro:Saxophone alto.jpg|esquerda|thumb|[[Pixinguinha]] e [[Luiz Americano]] são exemplos de [[Saxofone|saxofonistas]] .]]
[[Ficheiro:Piano keyboard.JPG|esquerda|thumb|O [[Piano]], instrumento dos chorões [[Chiquinha Gonzaga]], [[Ernesto Nazareth]] e [[Arthur Moreira Lima]], dentre outros.]]
[[Ficheiro:Trombone.jpg|esquerda|thumb|[[Trombone]], o instrumento de [[Raul de Barros]] .]]
O nome provavelmente surgiu na [[década de 1920]] por dedicarem-se à música regional. Os conjuntos regionais são compostos por instrumentos musicais de [[Instrumento de sopro|sopro]], [[Instrumento de cordas|cordas]] e [[Instrumento de percussão|percussão]]. Geralmente um ou mais instrumentos de [[Solo (música)|solo]], como [[flauta]], [[bandolim]], [[cavaquinho]] ou ainda [[clarinete]] e [[saxofone]], executam a melodia, enquanto o cavaquinho faz o papel de centralizador de [[ritmo]] e um ou mais [[Violão|violões]] e [[violão de 7 cordas]] improvisam modulações como acompanhamentos, harmonizando e formando a base do conjunto com a chamada "baixaria" de sons graves. Além desses, há os instrumentos de percussão como o [[pandeiro]]. O [[piano]] e o [[trombone]] eventualmente fazem parte dos regionais. Os chorões são versáteis e revezam-se no solo com facilidade.
 
=== Conjuntos Regionais em ordem cronológica ===
* [[O Choro de Calado]] (aproximadamente 1870)
* [[Oito Batutas]] (1919)
* [[Regional de Benedito Lacerda]] (1934)
* [[Regional do Canhoto]] (1951)
* [[Quinteto Villa-Lobos]] (1962) (não é regional, mas o grupo toca choros)
* [[Época de Ouro]] (1964)
* [[Isaías e seus Chorões]] (aprox. 1970)
* [[Galo Preto]] (1975)
* [[Os Carioquinhas]] (1977)
* [[Nó em Pingo D'Água]] (1979)
* [[Camerata Carioca]] (1979)
* [[Zé da Velha Guarda & Silvério Pontes]] (1984)
* [[Água de Moringa]] (1989)
* [[Grupo Bola Preta]] (1990)
* [[Rabo de Lagartixa]] (aprox. 1990)
* [[Quebrando Galho]] (1993)
* [[Choronas]] (1994)
* [[Grupo Sarau]] (1996)
* [[Café no Sangue]] (1999)
* [[Choro na Feira]] (2000)
* [[Grupo Cordaviva]] (2001)
* [[Trio Quintessência]] (2001)
* [[Choro das 3]] (2002)
* [[Resumo do Choro]] (2002)
* [[Trio Madeira Brasil]]
* [[Camerata Brasileira]]
* [[Grupo Choro Rasgado]] (2002)
* [[Trio Mandando Bala]] (2004)
* [[Grupo Chorando as Pitangas]] (2004)
* [[Roda de Choro de Lisboa]] (2005)
* [[Grupo Ó do Borogodó]] (2005)
* [[Grupo Choro de Moça]] (2005)
* [[Os Novos Chorões]] (2007)
 
== Chorões ==
Os chorões geralmente são compositores e também instrumentistas do gênero. Afirma-se que os bons chorões precisam ter grande capacidade de improviso e domínio dos instrumentos.
 
=== Lista de Chorões em ordem cronológica ===
* [[Chiquinha Gonzaga]] (1847-1935)
* [[Joaquim Antônio da Silva Calado|Joaquim Calado]] (1848-1880)
* [[Viriato Figueira]] (1851-1883)
* [[Juca Kallut]] (1858-1922)
* [[Sátiro Bilhar]] (1860-1927)
* [[Ernesto Nazareth]] (1863-1934)
* [[Catulo da Paixão Cearense]] (1863-1946)
* [[Anacleto de Medeiros]] (1866-1907)
* [[Irineu de Almeida]] (1873-1916)
* [[Quincas Laranjeiras]] (1873-1935)
* [[Patápio Silva]] (1880-1907)
* [[Zequinha de Abreu]] (1880-1935)
* [[João Pernambuco]] (1883-1947)
* [[Heitor Villa-Lobos]] (1887-1959)
* [[Donga (músico)|Donga]] (1890-1974)
* [[Bonfiglio de Oliveira]] (1894-1940)
* [[Pixinguinha]] (1897-1973)
* [[Luiz Americano]] (1900-1960)
* [[Benedito Lacerda]] (1903-1958)
* [[Manoel Jacintho Coelho]] (1903-1991)
* [[Luperce Miranda]] (1904-1977)
* [[Radamés Gnattali]] (1906-1988)
* [[Copinha]] (1910-1984)
* [[Abel Ferreira]] (1915-1980)
* [[Aníbal Augusto Sardinha|Garoto]] (1915-1955)
* [[Raul de Barros]] (1915- )
* [[Dilermando Reis]] (1916-1977)
* [[K-Ximbinho]] (1917-1980)
* [[Jacob do Bandolim]] (1918-1968)
* [[Dino 7 Cordas]] (1918-2006)
* [[Rossini Ferreira]] (1919 - ?)
* [[Ademilde Fonseca]] (1921- )
* [[Orlando Silveira]] (1922-1993)
* [[Waldir Azevedo]] (1923-1980)
* [[Álvaro Brochado Hilsdorf]] (1923-1997)
* [[Altamiro Carrilho]] (1924- )
* [[Carlos Poyares]] (1928- )
* [[Antônio da Silva Torres]], o Jacaré (1930-2005)
* [[Evandro do Bandolim]] (1932-1994)
* [[Paulo Moura]] (1933-2010 )
* [[Joel Nascimento]] (1937- )
* [[Canhotinho (músico)|Canhotinho]] (1938- )
* [[Ventura Ramirez]] (1939- )
* [[Arthur Moreira Lima]] (1940- )
* [[Paulinho da Viola]] (1942- )
* [[Toninho Ramos - 7 cordas]] (1942- )
* [[Déo Rian]] (1944- )
* [[Moraes Moreira]] (1947- )
* [[Dudáh Lopes]] (1955- )
* [[Pedro Amorim]] (1958- )
* [[Raphael Rabello]] (1962-1995)
* [[Aleh Ferreira]] (1966- )
* [[Maurício Carrilho]](?)
* [[Nilze Carvalho]] (1969- )
* [[Hamilton de Holanda]] (1976- )
* [[Danilo Brito]] (1985- )
* [[Mestre Zé Paulo]](?)
* [[Valter Silva - 7 cordas]](?)
* [[Alessandro Penezzi]](1974-)
* [[Vando Trombone e Cia]] - (2003) (acesse [http://www.tromboneecia.com www.tromboneecia.com])
* [[Rodrigo Y Castro]]flautista- (1975-)
 
== Reconhecimento internacional ==
 
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O choro faz sucesso em países muito distantes do Brasil, como o [[Japão]], [[França]], [[Itália]] e [[Estados Unidos]]. Já em [[1985]], quando a [[Camerata Carioca]] esteve no Japão, constatou a existência de músicos que tocavam e estudavam música brasileira, como o Choro Club, que faz fusão da linguagem do choro com tendências da música oriental, com um repertório de composições próprias, além de [[Ernesto Nazareth]] e [[Jacob do Bandolim]].
 
Um dos mais tradicionais clubes de choro fora do Brasil é o Clube de Choro de Paris, cidade que conta, além do clube, com outros grupos, como o Bando do Chorão.
 
Em outubro de 2006 houve uma Roda do Choro da Camerata do Choro, sob direção do flautista Paulo Gouveia, em [[Hamburgo]], Alemanha, que contou com participação, entre outros, do clarinetista [[Wilfried Berk]], e de Fabiano Borges (Brasília) no violão de 7 cordas.
 
Em Novembro de 2007, o Trio Madeira Brasil atuou em Berlim e Munique tocando com convidados (Yamandú Costa, Zé da Velha) os highlights do filme "Brasileirinho" de [[Mika Kaurismäki]].
 
Em Dezembro de 2007, foi fundado em [[Turim]] (Itália) o [http://www.choronamanga.com/prt/rodas Clube do Choro de Turim], que realiza periodicamente Rodas de Choro e pouco a pouco se torna uma referência do gênero no Norte da Itália.
 
== "Jazz Brasileiro"? ==
 
{{wikificar}}
 
Muitas pessoas dizem que o choro é o "[[jazz]] brasileiro", mas ocorre que, apesar de ambos terem em comum a improvisação, o choro surgiu antes do jazz. Além disso, a origem deles é diferente. Embora tanto o choro quanto o o jazz sejam oriundos da mistura da cultura africana e européia feita por descendente de negros trazidos como escravos da África (no choro, Joaquim Callado, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, por exemplo, eram mulatos), a cultura negra nos Estados Unidos durante a escravidão foi radicalmente reprimida devido ao [[puritanismo]] predominante naquela sociedade, sendo permitido aos escravos apenas os "cantos de trabalho" (blues) sem qualquer percussão e, por este motivo, o ritmo do jazz, criado pelos descendentes desses escravos, teve pouca influência da rítmica africana<ref>Marília Barbosa da Silva e Arthut de Oliveira Filho in "Pixinguinha, Filho de Ogum Bexinguento"</ref> . No Brasil, a cultura musical negra foi menos reprimida durante a escravidão, sendo permitido aos escravos o uso de percussão inclusive nas festas catóticas. O choro tem uma riquíssima estrutura rítmica, proveniente do [[lundu]] e do [[batuque]], que preservou a síncope característica africana<ref>Tania Mara Lopes Cançado, in "Uma Investigação dos Ritmos Haitianos e Africanos no Desenvolvimento da Síncope no Tango/Choro Brasileiro, Habanera Cubana, e Ragtime Americano (1791-1900)" [http://www.google.com.br/search?client=opera&rls=pt-BR&q=no+Tango/Choro+Brasileiro,+Habanera+Cubana,+e+Ragtime+Americano+(1791-1900)&sourceid=opera&ie=utf-8&oe=utf-8]</ref>, à qual os chorões acrescentaram harmonia e estrutura melódica de origem européia (polca, schotsh, mazurca...).<ref>Livingston-Isenhour, T., and Garcia, T. G. C. (2005). Choro: A Social History of a Brazilian Popular Music. Bloomington, Indiana: Indiana University Press.</ref>
 
== Opiniões ==
 
{{wikificar}}
 
* [[Radamés Gnattali]] reconhecia o choro como a mais sofisticada forma de música instrumental popular.
* "A verdadeira encarnação da alma brasileira", disse [[Heitor Villa-Lobos]].
* "O choro está para o brasileiro como o tango está para o argentino."; "O chorinho é música clássica tocada com pé no chão, calo na mão, alma no céu." Aquiles Rique Reis, vocalista do conjunto [[MPB-4]].
 
== Letra ==
 
Uma das principais discussões sobre o Choro é se deve ou não ter letra. Essa polêmica sempre foi discutida entre os chorões, que têm opiniões diversas. Originalmente, o gênero é puramente instrumental, mas, principalmente a partir dos anos 1930 com a influência do [[Rádio (comunicação)|rádio]], começou-se a colocar letras em choros. Um exemplo famoso é o do choro "Carinhoso", de Pixinguinha, que recebeu letra de [[João de Barro]] e foi gravado com sucesso por [[Orlando Silva]]. As interpretações de [[Ademilde Fonseca]] a consagraram como grande intérprete do choro cantado, sendo considerada "A Rainha do choro".
 
Outra controvérsia levantada é a respeito da inserção de letras em choros de compositores já falecidos, como fez, dentre outros, [[Hermínio Bello de Carvalho]]. Isso, para muitos chorões, constitui um desrespeito à obra dos compositores, além de resultar em parcerias fictícias e gerando brigas em torno de [[direitos autorais]].
 
==Filmes sobre choro==
 
=== Filme "Tico-Tico no Fubá" ===
Em [[1952]], a [[Companhia Cinematográfica Vera Cruz]] produziu o filme [[Tico-Tico no Fubá (filme)|Tico-Tico no Fubá]], baseado na vida de [[Zequinha de Abreu]].
 
=== Filme "Brasileirinho" ===
Em [[2005]] foi lançado o [[filme]] documentário [[Brasileirinho (filme)|Brasileirinho]], um tributo ao gênero choro, do [[cineasta]] e diretor [[Finlândia|finlandês]] [[Mika Kaurismäki]]. Alguns músicos que participaram do filme foram [[Yamandú Costa]], [[Paulo Moura]] e [[Trio Madeira Brasil]], dentre outros.
 
{{Referências}}
 
== {{Ver também}} ==
{{Wikiquote|Choro}}
* [[Música do Brasil]]
 
== {{Ligações externas}} ==
=== Choro em Geral ===
* {{Link||2=http://www.choromusic.com.br |3=Choro Music, referência mundial em playalong do choro brasileiro}}
* {{Link||2=http://www.solanomusic.com |3=Solanomusic - Partituras musicais}}
* {{Link||2=http://www.jornalmusical.com.br:80/textoDetalhe.asp?iidtexto=713 |3=Instituto Memória Musical Brasileira O trajeto do choro, do Rio de Janeiro para o Brasil}}
* {{Link||2=http://www.samba-choro.com.br |3=Agenda do Samba & Choro}}
* {{Link||2=http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas/revistas_link.cfm?Edicao_Id=104&Artigo_ID=1138&IDCategoria=1277&reftype=2 |3=Confraria do Choro - O gênero que toca a alma brasileira}}
* {{Link||2=http://www.ufpa.br/beiradorio/arquivo/beira10/noticia/noticia9.htm |3=Estudo garante que choro paraense tem sotaque}}
* {{Link||2=http://www.chorinhonet.hpg.com.br |3=Chorinho Net}}
* {{Link||2=http://www.dicionariompb.com.br |3=Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira}}
* {{Link||2=http://www.cecac.org.br/mat%E9rias/Os_regionais_e_o_choro_Sergio_Prata.htm |3=Os Regionais e o Choro}}
* {{Link||2=http://www.cecac.org.br/mat%E9rias/Dia_Nacional_Choro.htm |3=Comemorações do Dia Nacional do Choro}}
* {{Link||2=http://www.cavacoechoro.hpg.com.br |3=Cavaco e Choro}}
* {{Link|pt|2=http://radioclick.globo.com/ |3=RadioClick (em Estilos Musicais escolha "Choro")}}
* {{Link||2=http://www.sociedadedochoro.com.br/agenda.htm |3=Sociedade do Choro}}
* {{Link||2=http://azevedodafonseca.sites.uol.com.br/chorinho.html |3=A delícia do chorinho e a vergonha de ser brasileiro - artigo do jornalista André Azevedo da Fonseca}}
* {{Link||2=http://acontecenacidade.com.br/home.php?ac=noti&cod=1046 |3=A força que tem o choro, texto de autoria de Aquiles Rique Reis, vocalista do conjunto MPB-4}}
* {{Link||2=http://www.abdallahharati.com |3=Abdallah Harati |4=, violão 7 cordas e chorão}}
 
=== Partituras de Choro ===
* {{Link||2=http://www.outrosventos.com.br/partituras/choro |3=Diversas partituras de choro brasileiro}}
 
=== Locais e Cidades do Choro ===
* {{Link||2=http://www.conservatoriaturismo.com.br |3=Festival de Chorinho de Conservatória}}
 
=== Clubes de Choro ===
* {{Link||2=http://www.clubedochoro.com.br |3=Clube do Choro de Brasília}}
* {{Link||2=http://www.clubedochorogo.com.br |3=Clube do Choro de Goiânia}}
* {{Link||2=http://www.clubedochorojf.com.br |3=Clube do Choro de Juiz de Fora}}
* {{Link||2=http://clubedochorodesantos.blogspot.com |3=Clube do Choro de Santos}}
 
=== Páginas Oficiais de Chorões ===
* {{Link||2=http://www.chiquinhagonzaga.com |3=Chiquinha Gonzaga}}
* {{Link||2=http://www.chiquinhagonzaga.com/nazareth |3=Ernesto Nazareth}}
* {{Link||2=http://www.pixinguinha.com.br |3=Pixinguinha}}
* {{Link||2=http://www.altamirocarrilho.com.br |3=Altamiro Carrilho}}
* {{Link||2=http://www.paulomoura.com |3=Paulo Moura}}
* {{Link||2=http://www.arthurmoreiralima.com.br |3=Arthur Moreira Lima}}
* {{Link||2=http://www.paulinhodaviola.com.br/portugues |3=Paulinho da Viola}}
 
=== Filmes ===
==== Tico-Tico no Fubá ====
* {{Link||2=http://www.adorocinemabrasileiro.com.br/filmes/tico-tico-no-fuba/tico-tico-no-fuba.asp |3=Tico-Tico no Fubá}}
* {{Link|en|2=http://www.imdb.com/title/tt0181855 |3=IMDB}}
 
==== Brasileirinho ====
* {{Link||2=http://www.cineminha.com.br/noticias.asp?ID=2664 |3=Diretor de Brasileirinho fala sobre seu último filme}}
* {{Link||2=http://dn.sapo.pt/2005/02/21/artes/chorinho_e_rocknroll_levam_brasil_a_.html |3=Chorinho e rock'n'roll levam Brasil a Berlim}}
* {{Link||2=http://www.editionsmontparnasse.fr/brasil |3=(Em francês)}}
* {{Link|en|2=http://www.imdb.com/title/tt0456321 |3=IMDB}}
 
=== Em outros países ===
==== Israel ====
* {{Link||2=http://www.chorole.com |3=Chorolê}}
 
==== Alemanha ====
* {{Link||2=http://www.abdallahharati.com |3=Abdallah Harati |4=, violão 7 cordas e chorão em Munique}}
* Camerata do Choro http://www.paulo-gouveia.com/de-ensembles-camerata-de-choro.html, Hamburgo
* Canto do Rio http://www.wilfriedberk-clarinet.de/canto_do_rio.html, Grupo de Choro em Hannover
 
==== Canadá ====
* {{Link||2=http://www.pedecana.com |3=Pe de Cana trio de Vancouver-Canada}}
 
==== Itália ====
* {{Link||2=http://www.choronamanga.com |3=Choro na Manga}}
* {{Link||2=http://www.choronamanga.com/prt/rodas/ |3=Rodas do Clube de Choro de Turim}}
* {{Link||2=http://www.raffaelebella.it/ita/pubblicazioni.htm |3=Texto sobre o choro na Itália}}
 
==== Japão ====
* {{Link||2=http://www.choro-flauta.com/portugues/release.html |3=Página do Choro – da flautista japonesa Naomi Kumamoto}}
* {{Link||2=http://www.players.co.jp/~choro/prof-p.html |3=CHORO CLUB do Japão}}
 
==== França ====
* {{Link||2=http://clubduchorodeparis.free.fr |3=Clube do Choro de Paris}}
* {{Link||2=http://voixdubresil.com/index.php?option=com_content&view=article&id=45&Itemid=131 |3=Casa de Choro de Toulouse}}
* {{Link||2=http://jack7.free.fr/bossa/choro/choros.html |3=Choro de Lille}}
* {{Link||2=http://bando.do.chorao.free.fr |3=Bando do Chorão}}
 
==== Portugal ====
* {{MySpace|rodadechorodelisboa |Roda de Choro de Lisboa}}
* {{MySpace|raspadetachoband |Grupo de Choro Raspa de Tacho}}
 
==== Estados Unidos ====
* {{Link||2=http://daniellathompson.com/Texts/EssentialChoroDiscography.htm |3=Discografia sobre Choro no site Daniella Thompson}}
* {{Link||2=http://www.danuziolima.com/Choro/clbchoro.html |3=Clube do Choro de Miami}}
* {{Link||2=http://www.doisnochoro.com |3=Dois no Choro com Julie Koidin, flauta e Paulinho Garcia, violão/cantor}}
* {{Link||2=http://www.maria-brazil.org/choros.htm |3=Informações sobre Choro no site Maria - Brazil}}
* {{Link||2=http://www.choroensemble.com |3=Choro Ensemble - Grupo de choro estadunidense}}
 
== {{Bibliografia}} ==
* [[Henrique Cazes|CAZES]], Henrique. ''Choro: do quintal ao municipal''. São Paulo: Ed. 34, 1998.
* [[Vasco Mariz|MARIZ]], Vasco. ''A Canção Brasileira''. Rio de Janeiro: MEC, 1959, página 151-190.
* [[André Diniz da Silva|DINIZ]], André. ''Almanaque do Choro: História do Chorinho, o que Ouvir, o que Ler''. Rio de Janeiro: JZE, 2003.
* ZORZAL, Ricieri Carlini. ''Dez Estudos para Violão de Radamés Gnattali: estilos musicais e propostas técnico-interpretativas''. São Luis/MA: EDUFMA, 2009 [http://www.eufma.ufma.br/]
 
{{DEFAULTSORT:Choro}}
{{Bom interwiki|es}}
 
[[Categoria:Choro| ]]
 
[[ca:Xoro]]
[[de:Choro]]
[[en:Choro]]
[[es:Choro (música)]]
[[fa:شورو]]
[[fi:Choro]]
[[fr:Choro]]
[[he:שורו (מוזיקה)]]
[[it:Choro]]
[[ja:ショーロ]]
[[pl:Choro (muzyka)]]