Argumento ontológico: diferenças entre revisões

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Um '''argumento ontológico''' para a existência de [[Deus]], em [[teologia]] e em [[filosofia da religião]], é um argumento de que a existência de Deus pode ser provada ''a priori'', com um [[silogismo]], isto é, bastando apenas a [[intuição]] e a [[razão]], não sendo necessária, portanto, uma prova material, ou seja, ''a posteriori'', porque sua comprovação material é a própria realidade do ser, daí o termo [[ontologia|ontológico]].
 
Deus é o ser perfeito ao máximo, não pode haver um ser mais perfeito do que ele. Ora, um atributo da perfeição é o existir, logo Deus deve forçosamente existir, sem o que ele não seria perfeito; sua existência faz parte do seu ser. Esse argumento foi diversas vezes reabilitado ao longo da história, mas também criticado por pretender passar da ordem lógica à ordem da realidade. Foi proposto pela primeira vez pelo [[doutor da Igreja]], '''[[Anselmo de Cantuária]]''', dito Santo Anselmo. De qualquer forma, tal argumento mostrou-se como mera falácia, refutado, nomeadamente, por David Hume (1711-76) e Immanuel Kant (1724-1804). Com o mesmo tipo de raciocínio, é possível "provar" a inexistência de Deus, conforme o australiano Douglas Gasking demonstrou, esclarescendo, por fim, que existência ou não de Deus é uma pergunta grande demais para ser decidida por uma "prestidigitação dialética".
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