Paço de Lanheses: diferenças entre revisões
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== Lendas e Histórias ==
Consta e é de tradição familiar que esteve aqui, em 1580, D. [[António Prior do Crato]] quando andava fugido dos castelhanos e a tentar reunir forças aliadas.<ref>Jorge Pereira de Sampaio, "Casas com Tradição em Portugal", Estar, Lisboa, 1998, p. 46.</ref>
== Elementos arquitectónicos ==
A sua construção iniciou-se no [[século XVI]] tendo sido totalmente remodelado no inicio do [[século XVIII]].
A sua arquitectura é toda ela setecentista excepto uma porta e uma janela que são quinhentistas, pertencentes a um corpo mais antigo que ficou integrado no restante edifício. Há inclusivamente a provar o que aqui é dito não só as duas pedras d´armas aí apresentadas que nos transportam para essa época, mas, também a informação que, em [[1723]], foi pedido à diocese de Braga para transferir de sitio a antiga capela, aumentado-a e tornando pública.<ref>Documento no Arquivo Distrital de Braga, maço "Capelas", referido por Gabriel Gonçalves, "Lanheses, Subsídios para uma Monografia", manuscrito</ref>
O solar forma um enorme L virado para um amplo terreiro, circundado por dois muros que o encerra.
Um deles baixo, mas, com um frondoso e apertado arbusto de [[buxo]], que o eleva a todo o comprimento, e outro alto, com ameias chanfradas e merlões, cortado a meio por um grande portão com uma primeira elaborada pedra de armas, virada para o exterior. Dos lados, dois pináculos completam a decoração. De cada lado do portal esse muro é rasgado por janelas gradeadas com "banquinhos namoradeiros".
A entrada faz-se pela ala virada a Norte e ao centro do edifício principal, por uma elegante escadaria de granito, ladeada por um elegante corrimão e tendo ao cimo um outro segundo brasão de armas, ladeado de trabalhados pináculos.
Esta dá acesso a uma bonita varanda em U, para dentro, com uma galeria de colunas de pedra igual a toda a volta. Por baixo dela e nas duas paredes laterais encontram-se quatro arcos de volta inteira. É precisamente no interior de um deles, virado poente/nascente, que se encontra a referida entrada da antiga capela.
De cada lado, dessas escadas de pedra, a água escorre de dois fontanários contemporâneos à restante construção e que ficam harmonicamente enquadradas, mas, que vieram da casa que a família possuía simultâneamente, nessa época até cerca de 1950, na capital deste distrito ([[Viana do Castelo]]). Esta propriedade tinha um outro a funcionar para a servir e para dar água gratuita aos viajantes e à população em geral, que vem de uma mina da família. Ainda se vêm vestígios dele, naquela que é hoje chamada a "carreira" ou "alameda de árvores" de acesso ao nosso portão e que antes fazia parte da antiga estrada Ponte de Lima/Viana do Castelo, e do outro com o mesmo propósito de generosidade ao serviço público, por ter sido transferido mais tarde para a nova estrada nacional encostada ao muro exterior de toda a quinta.
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Na ponta nascente do mesmo lado e de fora do referido muro ameado, encostada à casa, fica a tal capela, a mais significativa e importante que a primeira, e que é de invocação de Santo Cristo e São Sebastião.
Dentro de um dos seus jardins, está o [[Pelourinho de Lanheses]], outro Monumento Nacional, que representava o direito de justiça que os senhores desta Casa, antigamente, tinham sobre este desaparecido concelho e antes [[Vila Nova de Lanheses]].{{
== Classificação ==
Tem um parecer favorável, de [[23 de abril]] de [[2008]], por parte do Conselho Consultivo do [[IGESPAR]] para a sua classificação como "[[Imóvel de Interesse Público]]", [[Património cultural|património]] integrando o solar e a restante propriedade, a ela pertencente, desde os jardins, uma casa rural mais e os campos agrícolas circundantes. Estando tudo para já, desde a abertura do seu processo em [[9 de julho]] de [[1993]], como sendo um
É também hoje uma das referências de [[alojamento]] no [[turismo rural]]. Desde 1997, classificado como casa de [[Turismo de habitação|Turismo de Habitação]] pela [[Direcção Geral de Turismo]].<ref>[http://www.visitportugal.com/NR/exeres/43C42385-8367-4DFD-B6E3-4F226284AEEC,frameless.htm Paço de Lanheses, página oficial do Turismo de Portugal]</ref>
== Dados genealógicos para sua história ==
Os "Almadas", seus donos ou proprietários, descendem diretamente dos primeiros fundadores deste solar - João Martins (Ricalde ou da Rica) e sua mulher D. Ana da Rocha, filha do "chefe" dos "Rochas de Meixedo" [[comendatário]]s do [[Torre (Viana do Castelo)|Mosteiro de S. Salvador da Torre]], proprietário do [[Lanheses|Couto de Lanheses]].
Isso aconteceu, séculos depois, em 30 de Março de 1818, quando a filha única e herdeira dessa representação, D. Maria Francisca de Abreu Pereira Cirne Peixoto (senhora do Paço de Lanheses), casou com o [[morgado]] [[Antão José Maria de Almada|D. Antão José Maria de Almada (conde de Almada e Abranches)]],<ref>[http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=7513 Francisca de Abreu Pereira Cirne Peixoto, senhora do Paço de Lanheses, geneall]</ref>
Assim foi possível unir o [[senhorio]] de [[Lanheses]] e comendas de [[Vila Franca (Viana do Castelo)]] e de [[Ferreira do Zêzere|Ferreira (Zêzere)]],<ref>[http://www.jf-ferreiradozezere.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=50&Itemid=61 Freguesia de Ferreira do Zêzere, História]</ref>
▲Assim foi possível unir o [[senhorio]] de [[Lanheses]] e comendas de [[Vila Franca (Viana do Castelo)]] e de [[Ferreira do Zêzere|Ferreira (Zêzere)]]<ref>[http://www.jf-ferreiradozezere.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=50&Itemid=61 Freguesia de Ferreira do Zêzere, História]</ref> , que ela trazia como dote, aos de [[Pombalinho (Soure)]] e dos [[Senhorio dos Lagares d’El-Rei|Lagares d´El-Rei (Lisboa)]] que a família dele trazia há muito.
Passados anos foram todos extintos, por lei liberal, em 1835, excepto obviamente a posse das suas quintas e casas, que se mantiveram na posse da família, como é o caso desta aqui abordada.
{{Referências}}
== {{Bibliografia}} ==
* Carlos de Azevedo, "Solares Portugueses", Livros Horizonte, 1963 (
* Jorge Pereira de Sampaio, "Casas com Tradição em Portugal", Estar, Lisboa, 1998.
* Marquês de Ávila e Bolama, "Nova Carta Chorografica de Portugal", composto e impresso na Imprensa Lucas, Lisboa, 1914, pág. 436-439.
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* Viana de Outros Tempos e Sua Gente Através da Memória de Porto Pedroso, Arquivo do Alto Minho, volume IV da 2.ª Série (XIV) Tomo I, Viana do Castelo, 1965, pág. 38-43
== {{Ligações externas}} ==
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{{esboço-arquitectura}}
{{DEFAULTSORT:Paco Lanheses}}
[[Categoria:Lanheses]]
[[Categoria:Solares de Portugal]]
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[[Categoria:Imóveis de interesse público em Portugal]]
[[Categoria:Condes de Almada]]
[[Categoria:Senhorios de Portugal|Paço
[[Categoria:Turismo de habitação]]
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