Le lotus bleu: diferenças entre revisões

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| tipo = tintim
| tipo2 = álbum
| imagem =
| legenda =
| titulo = Le Lotus bleu
| numero = 5
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| género = [[BD Franco-Belga]]
| autor = [[Hergé]]
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| tema = Aventura
| personagens = [[Tintim]]<br />[[Milu]]<br />[[Dupond e Dupont]]<br />[[Tchang]]
| local = [[Índia]]<br />[[República Popular da China|China]]
| época =
| titulo prt = O Lótus Azul
| editor =
| colecção = [[As Aventuras de Tintim]]
| edição =
| ISBN =
| numero de páginas =
| primeira publicação =
| outros =
| anterior = [[Les cigares du pharaon|Les Cigares du pharaon]]
| posterior = [[L'oreille cassée|L'Oreille cassée]]
}}
 
'''O Lótus Azul''' ('''Le lotus bleu''', no original em francês) é um álbum de [[história em quadrinhos]] da série ''[[As Aventuras de Tintim]]'', produzida pelo [[Bélgica|belga]] [[Hergé]], e lançado em [[1936]]. É uma continuação do álbum ''[[Les cigares du pharaon|Os Charutos do Faraó]]''.
 
== Sinopse ==
{{Revelações sobre o enredo}}
{{spoiler}}
Um mensageiro da China teria um encontro com Tintim e Rawajpoutalah, mas é acertado por uma pequena flecha envenenada com radjaïdjah, o veneno da loucura. Consegue apenas o tempo de pronunciar o nome Mitsuhirato. Tintim parte à procura deste, mas sofre diversos atentados frustrados. Depois de ter encontrado Mitsuhirato, que tenta convencê-lo a retornar à Índia, é levado por Wang Jen-Ghié, um velho homem que combate o tráfego de [[ópio]]. Após um atentado, o [[Japão]] invade a [[China]] e Tintim é preso no conflito. Entretanto, foge e salva a vida de Tchang, um jovem chinês que se torna seu amigo. No desfecho da história, descobre que a quadrilha é dirigida por [[Roberto Rastapopoulos]], que aparece nos ''Charutos do faraó'', e cura Didi, filho de Wang (que adota Tchang), da sua loucura. Com uma lágrima, Tintim deixa-os, partindo para a [[Europa]].
 
== Análise ==
Publicado no suplemento infantil ''Le Petit Vingtième'' entre [[9 de agosto]] de [[1934]] e [[17 de outubro]] de [[1935]], O ''Lótus Azul'' foi publicado como álbum em 1936, em preto-e-branco. Em [[1946]], foi colorido.
 
O ''Lótus Azul'' marcou uma etapa na criação de Hergé, em que melhorou a qualidade de seu trabalho (o desenho, a documentação, o cenário). Isto explica a conservação dos desenhos originais na versão colorida, salvo as três primeiras páginas, ao contrário dos três álbuns anteriores, que foram inteiramnte redesenhados antes da coloração. A partir deste álbum, Hergé torna sério seu trabalho. No início, não imaginava que Tintim faria sucesso, tratava seu trabalho como uma brincadeira ou um jogo.
 
No final do álbum ''Os Charutos do Faraó'', Hergé informava que Tintim continuaria suas aventuras no [[Extremo Oriente]]. Alguns dias depois, recebe uma carta do abade Gosset, capelão dos estudantes da universidade de Louvain. O abade lhe recomendava informar-se sobre a China. Hergé fez amizade com em [[Zhang Chongren]], um estudante chinês que fazia parte da Academia de Belas Artes de Bruxelas. Tiveram várias conversas sobre a China. Hergé perderia rápido todos os seus preconceitos sobre este país e se livraria dos esteótipos do povo chinês: os habitantes com os olhos puxados que usavam tranças, comiam ninhos de andorinhas e jogavam criancinhas nos rios. Zhang supervisionou todos os desenhos, escrevendo várias frases em [[mandarim]] que podiam ser lidas em faixas e nos muros da cidade de [[Xangai]]. As frases diziam "Abaixo o Imperialismo", referência a [[política]] [[Japão|japonesa]].
 
A próxima aventura de Tintim não seria portanto uma acumulação de [[estereótipo]]s europeus sobre a China, mas uma imagem realista do país. Hergé tinha logo uma grande responsabilidade: combater os mitos infundidos.
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O contato com Zhang Chongren foi importante aos olhos de Hergé, que o integra no ''Lótus Azul'' como o personagem [[Tchang Tchong-Jen]]. Neste álbum, Tchang é um verdadeiro amigo para Tintim, seguindo-o, ajudando-o e até fazendo-o chorar.
 
Se Hergé escolheu defender a causa chinesa, é porque nesta época a [[Segunda Guerra Sino-Japonesa]] estava bastante presente na atualidade mundial. O conflito que se encontra na aventura é próximo da realidade. Hergé faz uma crítica aos ocidentais, que privilegiavam o Japão. Logo após o aparecimento da aventura, representantes japoneses de Bruxelas criticaram e protestaram contra Hergé.
 
Manifestando o problema do leste asiático, O Lótus Azul é o mais engajado dos álbuns de Hergé, e muitos o consideram a obra-prima do artista belga.
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== Curiosidades ==
{{Curiosidades|data=fevereiro de 2012}}
* O personagem "cônsul da Poldévia", preso por Tintim na casa de consumo de ópio, faz alusão a um famoso chato da época.
* A edição em cores que conhecemos data de 1946.
* Observar que ''O lótus azul'' nunca foi editado no Japão, que parece ser evidentemente devido ao forte tom antijaponês do álbum. Isto explica-se também pelo fato de que o álbum faz alusão ao incidente de Mukden, muito provavelmente cometido pelos japoneses, e que foi a causa da invasão japonesa à Manchúria.
 
== {{Ver também}} ==
* [[Anexo:Os 100 livros do século do Le Monde|Anexo:Os 100 livros do século do ''Le Monde'']]
 
{{Tintim}}
 
{{Portal3|Literatura|Música}}
 
{{DEFAULTSORT:Le Lotus Bleu}}
[[Categoria:Livros de Tintim]]