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{{Sem-fontes|data=abril de 2010}}
{{Nota:|Não deve ser confundido com [[Marco de fronteira]].}}
A '''Marcas''' eram regiões fronteiriças fortificadas do [[Reino Franco]] na [[carolíngios|época carolíngia]] ('''marca de fronteira''', '''marca carolíngia''').
 
À época de [[Carlos Magno]], o Reino Franco contava cerca de quatrocentas unidades administrativas (inicialmente chamadas ''pagus'', depois [[condado]]), chefiadas por [[conde]]s, designados pelo [[rei]] e dependentes deste. Nas regiões de fronteira, ou Marcas, os condes receberam poderes adicionais, pois estavam incumbidos de guardar os limites do reino. Este "conde de fronteira", com precedência sobre os demais condes, passou a chamar-se [[marquês]] (''marquis'', em [[Língua francesa|francês]]; ''Markgraf'', em [[língua alemã|alemão]]), designação posteriormente transformada em [[Título nobiliárquico|título de nobreza]].
 
No Reino Franco, Carlos Magno criou as Marcas da [[Espanha]] (contra os [[árabes]]), a [[Dinamarca]] (contra os dinamarqueses), a da [[Saxónia]] (contra os [[obotritas]]), a da [[Turíngia]] (contra os [[sorábios]]), a da [[Francónia]] (contra os [[checos]]), a dos Ávaros (contra os [[ávaros]], posteriormente chamada ''Marcha Orientalis''), a da [[Panónia]], a da [[Caríntia]] e a do [[Friuli]]. Seus sucessores mantiveram este sistema e criaram novas marcas: a do Norte (posteriormente, de [[Brandemburgo]]), a dos Sorábios, a de [[Meißen]], a de [[Zeitz]], a da [[Carníola]], a dos [[Billunger]] e outras.
 
O uso pelo reino carolíngio fez com que o termo se propagasse pela Europa e viesse a ser empregado no que se tornaria, posteriormente, a [[Dinamarca]] ("marca dos dinamaqueses"), a [[Alemanha]] ([[Neumark]], [[Potsdam-Mittelmark]] e outros), a [[Áustria]] ([[Estíria|Steiermark]]), a [[Itália]] ([[Marche]]), a [[Noruega]] (''Finnmark'', na fronteira com a [[Finlândia]]), a [[França]] (''comté de la Marche'', dentre outros) e a [[Inglaterra]] (''Welsh Marches'').
 
== Etimologia ==
A palavra ''marca'' vem do [[frâncico]] ''marka'' ("fronteira"), esta do [[proto-germânico]] ''marko'', que, por sua vez, se origina da raiz proto-[[indo-europeu|indo-europeia]] ''*mereg-'' ("borda", "fronteira"). Desta raiz veio o [[latim]] ''margo'' ("borda", "margem") e os vocábulos [[língua portuguesa|portugueses]] "margem", "marca" e "marcar", dentre inúmeros outros.
 
A palavra ''marca'' vem do [[frâncico]] ''marka'' ("fronteira"), esta do [[proto-germânico]] ''marko'', que, por sua vez, se origina da raiz proto-[[indo-europeu|indo-europeia]] ''*mereg-'' ("borda", "fronteira"). Desta raiz veio o [[latim]] ''margo'' ("borda", "margem") e os vocábulos [[língua portuguesa|portugueses]] "margem", "marca" e "marcar", dentre inúmeros outros.
 
De entre outras acepções, ''marca'' significa "fronteira ou limite", daí o uso do vocábulo para designar as marcas de fronteira.
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[[categoriaCategoria:Fronteiras]]
[[Categoria:Subdivisões de países]]