Torquato Neto: diferenças entre revisões
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Torquato envolveu-se ativamente na cena cultural soteropolitana, onde conheceu, além de Gil, [[Caetano Veloso]], [[Gal Costa]] e [[Maria Bethânia]]. Em [[1962]], mudou-se para o [[Rio de Janeiro]] para estudar jornalismo na universidade, mas nunca chegou a se formar. Trabalhou para diversos veículos da imprensa carioca, com colunas sobre cultura no [[Correio da Manhã (Brasil)|Correio da Manhã]], [[Jornal dos Sports]] e [[Última Hora]]. Torquato atuava como um agente cultural e polemista defensor das manifestações artísticas de vanguarda, como a [[Tropicália]], o [[Cinema Marginal]] e a [[Concretismo|Poesia Concreta]], circulando no meio cultural efervescente da época, ao lado de amigos como os poetas [[Décio Pignatari]], [[Augusto de Campos|Augusto]] e [[Haroldo de Campos]], o cineasta [[Ivan Cardoso]] e o artista plástico [[Hélio Oiticica]]. Nesta época, Torquato passou a ser visto como um dos participantes do Tropicalismo, tendo escrito o breviário "Tropicalismo para principiantes", onde defendeu a necessidade de criar um "pop" genuinamente brasileiro: "Assumir completamente tudo que a vida dos trópicos pode dar, sem preconceitos de ordem estética, sem cogitar de cafonice ou mau gosto, apenas vivendo a tropicalidade e o novo universo que ela encerra, ainda desconhecido". Torquato também foi um importante letrista de canções icônicas do movimento tropicalista.
No final da [[década de 1960]], com o AI-5 e o exílio dos amigos e parceiros Gil e Caetano, viajou pela Europa e Estados Unidos com a mulher Ana Maria e morou em [[Londres]] por um breve período. De volta ao Brasil, no início dos [[anos 1970]], Torquato começou a se isolar, sentindo-se alienado tanto pelo [[regime militar]] quanto pela
Torquato se matou um dia depois de seu 28º aniversário, em 1972. Depois de voltar de uma festa, trancou-se no banheiro e abriu o gás. Sua mulher dormia em outro aposento da casa. O escritor foi encontrado na manhã seguinte pela empregada da família.
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