Ramon Muntaner: diferenças entre revisões

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Após um passo por [[Maiorca]], foi governador da ilha de [[Djerba]], localizada nas costas da [[Tunísia]], entre 1309 e 1315, a serviço de [[Frederico II da Sicília]]. Estabeleceu-se depois em [[Valência (Espanha)|Valência]], Maiorca e [[Ibiza]], lugares onde ocupou cargos administrativos.
 
Durante sua última estadia em Valência escreveu a chamada ''[[Crónica de Muntaner]]'', uma [[Crónica (historiografia)|crónica histórica]] que abrange desde pouco antes do reinado de [[Jaime I de Aragão]] (1205) até a coroação de [[Afonso IV de Aragão|Afonso IV]] (1328). Sua obra revela grande admiração pela coroa de Aragão e é dominada pela ideia de que os reis eram favorecidos por Deus. O nascimento de Jaime I, por exemplo, é comparado ao de [[Jesus]], e a tomada da Sicília da mão dos franceses por [[Pedro III de Aragão|Pedro III]] com a liberação dos judeus do cativeiro do Egito por [[Moisés]]. As virtudes de Pedro III e do comandante almogárave, [[Roger de Flor]], são comparadas por Muntaner às dos herois literários [[Rolando]] e [[Lancelote]]. A coroação de Afonso IV, da qual foi testemunha como enviado de Valência, é narrada de maneira esplêndida.
 
Em geral, apesar de algumas inconsistências, sua ''Crónica'' é uma grande fonte histórica sobre os reis aragoneses da época, assim como sobre as ações da Companhia Catalã e suas táticas de guerra. O tom épico e a narrativa foram de grande inspiração para a historiografia catalã subsequente e também para a literatura, particularmente para o ''[[Tirante o Branco]]'' (''Tirant lo Blanc''), a principal novela de cavalaria do século XV catalão.