Movimento Nacional-Sindicalista: diferenças entre revisões

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[[Francisco Rolão Preto]] anunciou a fundação do '''Movimento Nacional-Sindicalista''' (MNS), em Fevereiro de [[1933]], através de vários comícios que comemoravam o primeiro ano de publicação do jornal "[[Revolução (jornal)|Revolução]]", Diário Académico Nacionalista da Tarde, que aparecera em 15 de Fevereiro de [[1932]] e que em 27 de Agosto de 1932 tinha adoptado o subtítulo Diário Nacional-Sindicalista da Tarde.
 
O MNS era um movimento político conhecido também pela designação "[[Camisas Azuis]]", que usavam como uniforme. Era um movimento de inspiração [[catolicismo|católica]] (usavam a Cruz de Cristo como símbolo máximo). Fizeram comícios uniformizados, durante os quais utilizavam a [[saudação romana]] em voga nas organizações nacionalistas da época, conseguindo forte apoio nas universidades e na oficialidade mais jovem do Exército português. É um movimento inspirado nanas las '''Juntas de Ofensiva Nacional Sindicalista''', mais tarde coligadas com a [[Falange Espanhola]] Tradicionalista, fundada no mesmo ano também de índole Nacional-Sindicalista, e influenciado pela [[Doutrina Social da Igreja]], pelo [[personalismo]] cristão e pelo [[Integralismo]] ([[Integralismo Lusitano]]) que pretendia estabelecer uma representação orgânica - municipalista e sindicalista - em [[Portugal]], opondo-se ao [[comunismo]], ao [[capitalismo]] liberal e ao [[fascismo]]. Definia-se como [[anticomunista]], [[antiliberal]], [[antidemocrático]], [[antiburguês]], [[anticapitalista]], [[anticonservador]] e [[familiar]], [[municipalista]], [[sindicalista]], [[corporativista]], [[representativo]], [[autoritário]], [[nacionalista]]. Nos gestos e nos emblemas, Rolão Preto arremedava o chefe do [[Nacional-Socialismo]] alemão, [[Adolf Hitler]], que precisamente em 1933 subiu ao poder. Mas esse efémero surto de fascismo português não sobreviveu à nota oficiosa que lhe intimou a dissolução e que convidou os seus membros a entrar na [[União Nacional]].<ref>"História de Portugal", Direção de José Hermano Saraiva, Volume Três 1640 - Atualidade, p. 596</ref>
 
Rolão Preto, o fundador e líder do MNS, realizou um discurso no banquete do Movimento Nacional-Sindicalista a 18 de Fevereiro de 1933 e um outro discurso [[oposição à ditadura portuguesa|anti-salazarista]], a 16 de Junho de 1933, numa sessão no [[Teatro Nacional de São Carlos|São Carlos]]. Criticou o Estado Novo por ter adoptado o Partido Único tipicamente fascista e por não ter feito o máximo pela representação corporativa em Portugal (criticou o corporativismo de Estado e o apoio do regime aos ricos comerciantes capitalistas). Devido a esse acontecimento o jornal nacional - sindicalista "[[Revolução (jornal)|Revolução]]" acabou por ser suspenso em 24 de Julho.