Cavaleiro do Conselho: diferenças entre revisões

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'''Fidalgo do Conselho''' era a designação dada aos fidalgos [[Portugal|portugueses]] nomeados pelo soberano para fazerem parte do que depois veio a chamar-se [[Conselho de Estado]].
 
==Conselho de Fidalgos==
Eram um pequeno grupo fechado de grande importância social e política. Sendo muito poucos os nomeados, que com essa honra adquiriam grande proximidade e influência sobre o rei, avisando os seus pareceres sobre os negócios graves do Reino, era este um foro grande da Casa Real muito disputado e cobiçado, acima do de [[Fidalgo Cavaleiro da Casa Real]], e concedia honras de Marquês aos seus detentores, idênticas às que gozavam os Ministros no exercício de pasta.
 
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Os Fidalgos do Conselho tomavam posse jurando previamente absoluto sigilo sobre todas as matérias e deliberações do Conselho régio, quer na assistência a este do monarca, quer na sua ausência.
 
==Conselho de Estado==
A transição jurídica entre o [[Conselho do Rei]] e o Conselho de Estado ocorrera inicialmente em [[1821]], regressado D. João VI a Lisboa por exigência das Cortes Constituintes do [[Reino Unido de Portugal, Brasil, e Algarves]].
 
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Por curiosidade, refira-se que o principal impulsionador desta reforma, o então ministro e fidalgo do Conselho referido, José da Silva Carvalho, passou automaticamente à nova categoria de [[Conselheiro de Estado]] que ajudara a criar.
 
Sob o [[liberalismo]] oitocentista, consolidado dificlmente e apenas depois de [[1834]], as honras (meramente honoríficas, no entanto, como se disse) de [[Conselheiro de Sua Majestade Fidelíssima]], sujeitas a elevadíssimos impostos com boa receita para os cofres públicos, foram muito cobiçadas em Portugal, instalando-se a necessidade de se distinguir aqueles que eram verdadeiros Conselheiros, dos que o eram só honorificamente. Nasceu assim a referida designação de Conselheiro de EstadaEstado, reservando-se a de Conselheiro de Sua Majestade Fidelíssima para agraciar serviços prestados à Coroa ou ao paísPaís. O título de Conselheiro de Sua Majestade Fidelíssima, abreviado como Cons.º de SMF, embora conferisse nobreza hereditária, não era no entanto transmissível à descendência, ao contrário de outros títulos nobiliárquicos.
 
Os Fidalgos do Conselho eram tratados, na falta de outro título superior, por "meu Fidalgo", ou "meu Senhor", pelos seus inferiores; e os Conselheiros por "Conselheiro", ou "Senhor Conselheiro", pelos seus iguais na escala social. Tinham como se disse, quer uns quer outros, direito também ao tratamento de Excelência, que era dos ministros, e superior ao mais genérico chamamento de Vossa Excelência.
 
Tendo-se no final da Monarquia Portuguesa difundido exageradamente os pedidos ao Governo do título de Cons.º de SMF, começou este a não ser tão bem visto como antes, levando à troça privada, e mesmo pública, dos agraciados, ironia de que é exemplo a imortal figura do [[Conselheiro Acácio]], criada por [[Eça de Queirós]].
 
== Lista de Fidalgos do Conselho (até 1834) ==
* [[José da Silva Carvalho]], depois Conselheiro de Estado.
* [[Rui de Sousa|Dom Rui de Sousa, negociador do Tratado de Tordesilhas]]
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[[Categoria:Império Português]]
[[Categoria:Fidalgos de Portugal| ]]
[[Categoria:Conselheiros do Reino de Portugal| ]]