Bernal Díaz del Castillo: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Etiqueta: Espaçamento excessivo
m Revertidas edições por América I para a última versão por Vitor Mazuco, de 18h13min de 11 de junho de 2012 (UTC)
Linha 1:
[[Ficheiro:Bernal Diaz del Castillo.jpg|thumb|200px|right|Busto de Bernal Díaz del Castillo, Medina del Campo ([[Espanha]])]]'''Bernal Díaz del Castillo''' ([[Medina del Campo]], [[Espanha]] [[1492]] - [[Guatemala]], [[1584]]) foi um [[conquistador]] e [[cronista]] espanhol, que escreveu um relato da [[Conquista do México|conquista espanhola do México]] liderada por [[Hernán Cortés]], junto de quem serviu.
==O Autor==
 
Partiu para as [[Caraíbas]] em [[1514]], quando ainda era um jovem de pouco mais de vinte anos de idade. Era de baixa instrução escolar e que não contava com riquezas em sua terra natal. Permaneceu dois anos na recém-conquistada ilha de [[Cuba]] onde nenhuma oportunidade preencheu seus interesses.
'''Bernal Díaz del Castillo''' nasceu em [[Medina del Campo]] - [[Espanha]], aproximadamente em outubro de [[1495]] e março de [[1496]]. Filho de [[Francisco Díaz del Castillo]] e [[María Díaz Réjon]]. Sua família serviu a coroa espanhola e os reis católicos – [[Fernando e Isabel]]. Pertencia a uma família influente, sendo seu pai vereador da vila e parente de [[Gutierre Velazquez]], juiz do [[Conselho das Índias]].
 
Como a população nativa da ilha se esgotava, devido à submissão ao trabalho [[Escravatura|escravo]] e às epidemias trazidas pelos europeus, o então governador organizou uma pequena expedição às ilhas vizinhas do [[Caribe]], com o objetivo de capturar novos [[Povo indígena|índios]], para reduzi-los à escravidão e vendê-los aos fazendeiros e colonos espanhóis de Cuba.
Teve grande importância na [[Conquista do México]], participando como soldado e relator dos acontecimentos das expedições. Esses relatos deram origem à sua obra conhecida como: [[“História Verdadeira da Conquista da Nova Espanha”]].
 
Bernal fez parte desta expedição de [[1517]] que, sob as ordens do capitão [[Francisco Hernández de Córdoba]], descobriu as costas do [[Iucatã]], depois de penosas e perigosas travessias, regressando a Cuba no mesmo ano, em condições desastrosas.
Participou de expedições exploratórias da conquista da “Nova Espanha”, como por exemplo a conquista da [[capital Asteca ]] juntamente com [[Pedro de Alvorada]] e [[Hernán Cortés]] no período entre [[1514]]-[[1520]].
 
No final do ano seguinte, Bernal embarcou em outra expedição, desta feita comandada por [[Juan de Grijalva]] com a finalidade de explorar as terras então descobertas e, retornando a Cuba pela segunda vez, acabou se alistando com [[Hernán Cortés]], a quem seguiu definitivamente.
Através de documentos da época, sabe-se que Bernal Díaz em [[1539]] retorna à Espanha com cédulas reais atestando sua posse de terras na região da Guatemala. Porém, ao chegar na Guatemala e se dar conta que os índios são escassos e de pouco valor, retorna para Castilla em busca de maiores bens.
 
Bernal Díaz de Castillo foi testemunha e participante dos principais sucessos na queda das grandes civilizações mesoamericanas, tais como as dos Estados [[Civilização maia|Maias]] e Império [[Asteca]], escapando surpreendentemente da morte. Ele mesmo diz que :
Em 1549 se estabelece definitivamente na Guatemala. Conquista grande prestígio na sociedade, se dedica à agricultura e à prefeitura da Guatemala como vereador e casa-se com [[Teresa Becerra]], tendo dois filhos legítimos. É durante esse período de glória literária e militar que escreve suas crônicas.
:''... nenhum capitão nem soldado passou por esta [[Nova Espanha]] três vezes seguidas, uma atrás da outra, como eu; de maneira que sou o mais antigo descobridor e conquistador que tenha havido ou que haja na Nova Espanha...''.
 
Segundo parecer de vários historiadores, Bernal é pessoa idônea e autorizada para nos reportar sobre a epopéia dos espanhóis na América no [[Século XVI]].
Falece no dia 03 de Fevereiro de [[1584]], deixando filhos legítimos e ilegítimos – sem precisão de quantidade – e sem ver sua obra publicada.
 
Bernal frequentemente conversava com seus companheiros de armas sobre o tema da conquista da Nova Espanha; esse contínuo evocar dos acontecimentos foram formando nele algumas idéias que mais tarde deram lugar a um conjunto de narrações. Recorre a suas recordações reforçado por seus companheiros e é por isto que sua obra pode ser considerada coletiva o que a isenta de elementos subjetivos.
==A Obra==
 
Em sua obra ''[[História Verdadeira da Conquista da Nova Espanha]]'' nos adverte que ele não sabe latim nem foi à universidade mas isto não era impedimento porque ... escreve :
“Historia Verdadera de la conquista da Nueva España”, escrita no [[século XVI]], entre os anos de [[1550]] é [[1568]] descreve a história de Bernal Díaz del Castillo de [[1514]] – sua saída de [[Castill]]a – até se tornar vereador mais antigo da cidade de [[Coatzacoalcos]], na [[Guatemala]]. Essa obra foi financiada pela coroa espanhola no ano de 1575, publicada inicialmente na Espanha e na Guatemala.
:''... mas o que hoje vi e com que estive lutando, como boa testemunha ocular e o descreverei, com a ajuda de Deus, muito sinceramente, sem torcer nem para uma parte nem outra...''
 
Sua obra está constituída pelo que viu e nela plasma sua experiência pessoal. Durante o transcurso de suas narrações nos indica quais os sucessos que presenciou, quais a ele foram contados por seus companheiros e quais houve por bem saber por papéis escritos que acessou.
Essa obra é composta pela junção de três manuscritos de Bernal Díaz del Castillo, sendo esses anotações de viagem encaminhadas à coroa espanhola com o objetivo de retratar essas expedições.
 
[[Categoria:Conquistadores|Diaz Castillo]]
Para a conclusão da obra, Bernal apoia-se em seus manuscritos, dialoga com testemunhos orais de companheiros de viagem e de obras de outros cronistas como Gómora, cartas de Hernán Cortés e documentos pertencentes à coroa relativos ao mesmo período.
[[Categoria:Exploradores da Espanha|Diaz Castillo]]
[[Categoria:Historiadores da Espanha|Diaz Castillo]]
[[Categoria:Mortos em 1584]]
 
[[ca:Bernal Díaz del Castillo]]
Seus manuscritos são três no total: o primeiro denominado ''Remón'', enviado a Madri, o segundo ''Guatemala'' , conhecido também como ''Original'' ou ''Rascunho'', que pouco se diferenciava do primeiro, e o último o manuscrito ''Alegría''.
[[cs:Bernal Díaz del Castillo]]
 
[[de:Bernal Díaz del Castillo]]
Segundo seus relatos, foi participante de [[expedições exploratórias]], como as de [[1514]] para [[Caraíbas]], uma ilha localizada em [[Cuba]], [[1517]] para as costas de [[Iucatã]] e no final do ano seguinte (1518) retorna à mesma para melhor explorar as terras recém-descobertas.
[[en:Bernal Díaz del Castillo]]
 
[[eo:Bernal Díaz Del Castillo]]
Entretanto, sua principal expedição foi a realizada conjuntamente com [[Hernan Cortés]] à capital [[Asteca]]. É nela em que há maior número de relatos sobre os movimentos iniciais de Hernán Cortés, bem como a preparação para a invasão e o ataque de [[Tenonchtitlan]] no dia 30 junho de 1520, conhecida como [[“Noche Triste”]], ocasionando muitos mortos, dentre eles [[Monteczuma II]].
[[es:Bernal Díaz del Castillo]]
 
[[fi:Bernal Díaz del Castillo]]
Bernal Díaz não se prende à ordem cronológica dos acontecimentos e datas – para isso podem ser consultados os escritos de [[Hernán Cortés]] – mas sim em captar o ambiente humano, utilizando de testemunhos orais de seus companheiros de viagem e da experiência pessoal. Descreve com precisão o apoderamento de índios que serviram como intérpretes para os espanhóis, seus costumes, sua relação com os conquistadores, a nova terra, as atitudes de mesquinhez dos espanhóis pela busca do ouro e a influência da religião no processo colonizador.
[[fr:Bernal Díaz del Castillo]]
 
[[id:Bernal Díaz del Castillo]]
Diferentemente de outros cronistas da época – como [[Las Casas]] – Bernal descreve que a finalidade dos [[expedicionários]] não era os escravos, sendo obrigados pelos chefes das missões colonizadoras a escravizá-los. Outro ponto em que se difere é a questão do financiamento das expedições. Na descrição do cronista, dá-se a impressão de que essas expedições eram realizadas pelos próprios expedicionários, ocultando qualquer financiamento de sócios capitalistas.
[[it:Bernal Díaz del Castillo]]
 
[[ja:ベルナル・ディアス・デル・カスティリョ]]
Sua narração é ampla, sendo mestre na descrição e na captação de diálogos dos viajantes. Porém, não sendo um especialista das letras, a gramática, a concordância e a grafia em seu texto não estão sempre corretos e a maneira como escreve é irregular, dificultando, muitas vezes, sua leitura e interpretação.
[[lt:Bernal Díaz del Castillo]]
 
[[nl:Bernal Díaz]]
 
[[pl:Bernal Díaz del Castillo]]
'''REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS'''
[[ro:Bernal Díaz del Castillo]]
 
[[ru:Диас дель Кастильо, Берналь]]
______DÍAZ Del Castillo, Bernal. ''Historia Verdadera de la conquista de la Nueva Espana''. Madrid: Espasa- Calpe, 1997. 10ª Edição.
[[sv:Bernal Díaz del Castillo]]
 
[[uk:Берналь Діас дель Кастільо]]
 
[[zh:貝爾納爾·迪亞斯·德爾·卡斯蒂略]]
______MARÍA, Carmelo Saenz de Santa. ''Historia de una Historia''. Madri: Consejo Superior de Investigaciones Científicas. Instituto Gonzalo Fernández de Oviedo, 1984. Edição única.
 
 
______TODOROV, Tzvetan. ''A conquista da América: a questão do outro''. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2003. 3ª edição.