Jesuíno do Monte Carmelo: diferenças entre revisões

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Comenta [[Octávio Tarquínio de Sousa]] em ''História dos Fundadores do Império do Brasil'', volume VII: «Singular vida a desse mulato de Santos! Sobrinho-bisneto, pelo lado materno, de [[Alexandre de Gusmão|Alexandre]] e [[Bartolomeu de Gusmão]], com dons artísticos pouco comuns, pintor e arquiteto, casou-se em Itu, teve cinco filhos, e, enviuvando, fez-se padre. Antes e depois de ordenar-se, pintou várias igrejas da vila, traçou o plano e construiu quase até o fim a de Nossa Senhora do Patrocínio. Além disso, compôs músicas sacras. Mais do que tudo, porém, tinha aquela bondade contagiosa que tão fundo tocou o temperamento algo ríspido de Feijó e soube atrair tantas outras almas inquietas e enfaradas do quotidiano.»
 
Dois de seus filhos foram padres: [[Elias do Monte Carmelo]] e [[Simão Stock do Monte Carmelo]] e faziam parte da congregação do Patrocínio. Elias foi fundador de hospitais e recolhimentos, em vida ativa. Os ´padres do Patrocínio´ como eram chamados, não eram uma ordem ou congregação religiosa canônicamente organizada, com existência autorizada pela Igreja, mas uma simples sociedade de clérigos seculares que se reuniam para aprofundar a prática das doutrinas cristâs, trocando conselhos e edificando-se reciprocamente pelos exemplos de uma vida de grande pureza. Rezavam o ofício em comum, observavam rigorosa austeridade de costumes. Nos exercícios, era o padre Feijó um dos mais assíduos. A Itu se chamou com ênfase de Roma brasileira e o cônego [[Fernandes Pinheiro]] não temeu falar de ´Porto Real de Itu´, um Port Royal ituano (Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, tomo 32, 2º («Os Padres do Patrocínio ou o Porto Real de Itu»).
 
A Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, tomo 25, pg. 80, publica a «Oração fúnebre feita pelo Padre [[Diogo Antônio Feijó]] no 2º Aniversário da Morte do Padre Jesuíno do Monte Carmelo» em que diz: ´Na verdade, senhores, um não sei quê tinha aquele semblante de amável e lisonjeiro que atraía, cativava e docemente arrebatava os que o ouviam. Eu mesmo à primeira vista senti os encantos deste encanto; eu não me fartava de vê-lo, de ouvi-lo, de estar em sua companhia; eu contava por uma felicidade ter parte em seu coração: este fenômeno raro não foi encontro de amor ou inclinação, foi uma necessidade de admirar, de amar a inocência e a virtude.»
 
Pelo Padre Jesuíno, com efeito, Feijó tinha transformado radicalmente sua vida, transferindo residência de São Carlos para Itu, com o maior fervor, em ânsia de perfeição moral. Tornou-se ali o confessor do padre Jesuíno.
 
Os ´padres do Patrocínio´ como eram chamados, não eram uma ordem ou congregação religiosa canônicamente organizada, com existência autorizada pela Igreja, mas uma simples sociedade de clérigos seculares que se reuniam para aprofundar a prática das doutrinas cristâs, trocando conselhos e edificando-se reciprocamente pelos exemplos de uma vida de grande pureza. Rezavam o ofício em comum, observavam rigorosa austeridade de costumes. Nos exercícios, era o padre Feijó um dos mais assíduos. A Itu se chamou com ênfase de Roma brasileira e o cônego [[Fernandes Pinheiro]] não temeu falar de ´Porto Real de Itu´, um Port Royal ituano (Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, tomo 32, 2º («Os Padres do Patrocínio ou o Porto Real de Itu»).
 
Bibliografia: