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[[Ficheiro:Maginot Linie Karte.jpg||direita|thumb|300px|A linha Maginot.]]
A '''Linha Maginot''' ([[Língua francesa{{lang-fr|francês]] ''ligne Maginot''}}) foi uma linha de fortificações e de defesa construída pela [[França]] ao longo de suas fronteiras com a [[Alemanha]] e a [[Itália]], após a [[Primeira Guerra Mundial]], mais precisamente entre [[1930]] e [[1936]].
 
O termo ''linha Maginot'' designa às vezes o sistema inteiro, e às vezes unicamente as defesas contra a Alemanha. As defesas contra a Itália são chamadas ''linha [[Alpes|Alpina]]''.
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O primeiro a propor a construção de um sistema de defesa ao longo da fronteira alemã foi o [[Joseph Jacques Césaire Joffre|Marechal Joffre]] em [[1927]]. O princípio da linha Maginot, batizada com o nome do ministro da Defesa francês [[André Maginot]] (1877-1932), veterano mutilado da [[Primeira Guerra Mundial|guerra de 1914-1918]], foi debatido na França durante quase 10 anos pelo Conselho Superior de Guerra, sob a presidência do [[marechal]] [[Philippe Pétain|Pétain]]. Os planos definitivos foram aprovados em [[1929]] por [[Paul Painlevé]], então ministro da Guerra.
 
Neste mesmo ano, o [[Parlamento]] votou um primeiro financiamento de mais de 11000 bilhãomilhões de francos franceses, e os trabalhos começaram em [[1930]]. Os trabalhos foram realizados pela STG (''Section Technique du Génie''), sob a supervisão da CORF (''Commission d'Organisation des Régions Fortifiées''). Maginot tornou-se ministro da Guerra em 1929 e foi um ardente defensor da fortificação, mas morreu de intoxicação alimentar por [[ostra]]s em [[1932]] e jamais pôde ver realizado seu grande sonho de defesa.
 
A maior parte dos trabalhos estava terminada em [[1936]], no momento em que a ameaça [[Adolf Hitler|hitlerista]] parecia lhe dar toda a justificação de que precisava: era a mais formidável linha defensiva militar jamais construída no mundo, e era de grande complexidade tecnológica e militar. Seu custo total foi de 55000 bilhõesmilhões de FF (da época). Planejada durante a [[década de 1920]], a linha Maginot foi pensada para "guerra de trincheiras". Com suprimentos próprios de energia, munição e alimentos, a linha era uma série de fortalezas e estruturas interligadas, paralela à fronteira franco-germânica. Era composta de 108 edificações principais (fortes) a 15 km de distância uns dos outros, mais edificações menores e [[casamata]]s, e mais de 100 km de galerias.
 
== O ataque alemão ==
[[Ficheiro:Maginot Line 1944.jpg|esquerda|thumb|250px|Soldados dos [[Estados Unidos]] examinam a Linha Maginot em 1944.]]
A linha Maginot não evitou a derrota da França no início da [[Segunda Guerra Mundial]], em [[1940]], na medida em que as divisões alemãs contornaram-na atacando a região de [[Sedan]], além da sua extremidade oeste. Os exércitos aliados foram, assim, cortados ao meio: uma parte das tropas francesas, [[Reino Unido|britânicas]] e [[Bélgica|belgas]] foi cercada e empurrada até as praias de [[Dunquerque]], para onde os britânicos enviaram centenas de embarcações para recuperar os soldados presos nessa armadilha, no que ficou conhecido como a [[Operação Dínamo]]. As tropas do leste e regimentos dispostos atrás da linha ficaram presos entre a fronteira alemã e as divisões mecanizadas alemãs, que haviam alcançado a fronteira [[suíçaFronteira Alemanha-Suíça|fronteira com a Suíça]].
 
No início de junho as forças alemãs já haviam isolado a linha do resto da França, e o governo francês já dava sinais que aceitaria um [[armistício]], que foi assinado em [[22 de junho]] em [[Compiègne]]. Mas a linha ainda estava intacta e ocupada por um número considerável de oficiais desejando manter a posição e continuar a guerra; o avanço italiano foi contido com sucesso. Ainda assim, [[Maxime Weygand]] assinou a rendição e as tropas foram feitas prisioneiras.
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Além disso, a [[neutralidade]] da [[Bélgica]] confortava os argumentos daqueles que não acreditavam em uma ofensiva inimiga a oeste da linha Maginot.
 
Foi assim que se desenvolveu um sentimento de segurança com a linha Maginot, onde praticamente cada francês estava convencido de que estava protegido de toda agressão alemã. No entanto, era preciso seralguma ingênuoingenuidade ou incompetenteincompetência para imaginar que a linha pudesse resistir suficientemente a um ataque violento e localizado, apoiado pela artilharia pesada e pela aviação moderna. Sem contar com a tática alemã do [[Blitzkrieg]] e de contornamento da linha pelas Ardenas. No pior dos casos, a linha poderia conter um ataque surpresa frontal durante o tempo necessário à França para organizar uma mobilização geral.
 
Neste contexto, os pedidos ansiosos do [[Charles de Gaulle|general De Gaulle]] e de [[Paul Reynaud]] em [[1935]] em favor do desenvolvimento de divisões blindadas para assegurar a defesa do território não coberto pela linha Maginot faziam sentido, mas não foram ouvidos. O general Maurin, então ministro da Guerra, durante um debate no Parlamento, respondeu a Paul Reynaud : ''« Como se pode ainda pensar em termos de ofensiva quando gastaram-se bilhõesmilhares de milhões para estabelecer uma fronteira fortificada ? »''
 
No dia seguinte a essa declaração, [[Adolf Hitler|Hitler]] rasgava simbolicamente o [[tratado de Versalhes]] e instituía a conscrição compulsória para 500 000500000 homens.
 
== A linha depois da II Guerra Mundial ==