João da Nova: diferenças entre revisões

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[[Image:Joao da Nova.jpg|thumb|250px|João da Nova]]
 
'''João da Nova''' ([[Maceda (Espanha)|Maceda]], c. [[1460]] - [[Cochim]], [[1509]]) foi um explorador [[Galiza|galego]], aoa serviço dode rei[[Manuel I de Portugal]]. Deu o seu nome a uma pequena ilha no [[Canal de Moçambique]], a [[ilha de João da Nova]], hoje administrada pela [[França]] e dependente de [[Reunião]]. Foi [[alcaide (magistrado)|alcaide]] de [[Lisboa]].
 
Em [[1501]], o Rei atribuiu-lhe o comando da terceira armada à [[Índia]], composta por três [[nau]]s e uma [[caravela]]. Financiada pelo [[banqueiro]] [[Florença|florentino]] [[Bartolomeu Marchionni]] - que vivia em [[Lisboa]] e já havia financiado a viagem de [[Cabral]] - a armada zarpou no dia 10 de março de 1501, um ano e um dia após a partida de Cabral, que nesse momento já havia iniciado a viagem de volta - mas isso D. Manuel ainda não sabia. João da Nova havia recebido instruções explícitas do Rei para fazer pouso no [[Brasil]], seguindo o conselho de [[Gaspar de Lemos]], cuja caravela havia retornado à Lisboa em junho de 1500, trazendo notícias do Brasil.<ref name="bueno">[[Eduardo Bueno|BUENO, E.]] '''Náufragos, Traficantes e Degredados: as primeiras expedições ao Brasil'''. [[Rio de Janeiro]]: [[Editora Objetiva]], [[2006]], pg. 31-32.</ref>
Natural da Galiza, este fidalgo nasceu em data incerta.
 
Em abril de 1501, enquanto Cabral dobrava o [[Cabo da Boa Esperança]], voltando do [[Oceano Índico]], João da Nova avistava o [[cabo de Santo Agostinho]], em [[Pernambuco]] - provavelmente o quarto navegador europeu a chegar ao nordeste brasileiro em um período de pouco mais de um ano, depois de [[Vicente Pinzón]], [[Diego de Lepe]] e Cabral. No entanto, nada se sabe sobre a sua permanência no Brasil, que deve ter sido muito breve - apenas o necessário para limpar os cascos e encontrar água fresca. Tanto que depois a escala brasileira não foi julgada "conveniente e necessária para a navegação da Índia"<ref name="bueno" />.
[[Manuel I de Portugal]] deu-lhe o cargo de [[alcaide (magistrado)|alcaide]] de [[Lisboa]] e, em [[1501]], o mesmo monarca atribuiu-lhe o comando de uma armada composta por cinco naus, enviada à [[Índia]]. Um dos navios, de um mercador de [[Florença]], seguia na sequência da sugestão feita pelo Rei a mercadores para comerciarem com aquelas terras. Esta frota, a caminho da Índia, descobriu, a [[13 de Maio]] de [[1501]], na [[latitude]] de 8º S, uma ilha que denominou como ''Ilha da Conceição'', atual [[Ilha de Ascensão]]<ref>[[Duarte Leite]]. O mais antigo mapa do Brasil. In: [[Carlos Malheiros Dias]] (Coord.). ''História da Colonização Portuguesa do Brasil''. p. 252-253 e il. à p. 249.</ref>.
 
[[Manuel I de Portugal]] deu-lhe o cargo de [[alcaide (magistrado)|alcaide]] de [[Lisboa]] e, em [[1501]], o mesmo monarca atribuiu-lhe o comando de uma armada composta por cinco naus, enviada à [[Índia]]. Um dos navios, de um mercador de [[Florença]], seguia na sequência da sugestão feita pelo Rei a mercadores para comerciarem com aquelas terras. Esta frota, a caminho da Índia, descobriu, a [[13 de Maio]] de [[1501]], na [[latitude]] de 8º S, uma ilha que denominou como ''Ilha da Conceição'', atual [[Ilha de Ascensão]]<ref>[[Duarte Leite]]. O mais antigo mapa do Brasil. In: [[Carlos Malheiros Dias]] (Coord.). ''História da Colonização Portuguesa do Brasil''. p. 252-253 e il. à p. 249.</ref>.
 
Na costa da Índia, este fidalgo arrasou a frota do samorim de [[Calecute]], que pretendia barrar a sua passagem, nessa batalha foi utilizada pela primeira vez a formatura naval em coluna de um modo sistemático e consciente, táctica que duraria até à [[Segunda Guerra Mundial]] e fundou uma nova feitoria portuguesa, em [[Cananor]]. Voltou ao Reino e, em [[1505]], empreendeu uma nova viagem à Índia, na companhia de [[Francisco de Almeida (vice-rei da Índia)|Francisco de Almeida]]. Retornou no entanto a Portugal, uma vez que o Vice-Rei não lhe reconheceu o posto de Capitão-mor.