Comunhão dos Santos: diferenças entre revisões

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A doutrina da Comunhão dos Santos é baseada em ''1 Coríntios 12'', onde [[São Paulo]] compara os cristãos e a [[Igreja]] a um único organismo. "Santos" refere-se aos cristãos como indivíduos, independentemente da sua santidade pessoal, sendo assim chamados, porque eles são consagrados a Deus e à Cristo. O uso da palavra "santo" encontra-se cerca de cinquenta vezes no [[Novo Testamento]]. A alegação de que todos os cristãos estão em comunhão com Cristo, e são beneficiários de todos os seus dons é citado em ''Romanos 8:32'', ''1 Coríntios 6:17'' e ''1 João 1:3''.
 
A [[Igreja Católica]], a [[Igreja Ortodoxa]], a [[Igreja Anglicana]] e a [[Igreja Assíria do Oriente]] apontam para essa doutrina, em apoio de sua prática de se pedir a [[intercessão]] dos santos no céu<ref name="Com2" />, cujas orações (''Apocalipse 5:8'') ajudam os seus companheiros cristãos na Terra.
 
Na [[Doutrina da Igreja Católica#Comunh.C3.A3o dos santos|doutrina católica]], a [[comunhão dos Santos]] tem dois significados intimamente relacionados: "''«comunhão nas coisas santas, sancta», e «comunhão entre as pessoas santas, sancti»''". O primeiro significa a participação de todos os membros da Igreja nas coisas santas: a [[fé]], os [[sacramento]]s (nomeadamente a [[Eucaristia]]), os [[carisma]]s e os outros dons espirituais. O segundo significa a união viva e espiritual de todos os fiéis cristãos e membros da Igreja que, "''pela [[graça]], estão unidos a Cristo''", formando um único [[Corpo Místico de Cristo]] e sendo por isso "''pessoas santas (sancti) em Cristo''". Logo, esta comunhão de santos forma "''uma só família, a Igreja''", que está organizada em três estados espirituais diferentes:<ref name="Com1">{{Referência a livro|autor=IGREJA CATÓLICA|título=Compêndio do Catecismo da Igreja Católica|local=Coimbra|editora=Gráfica de Coimbra|ano=2000|id=ISBN 972-603-349-7|páginas='''N. 194 e 195'''}}</ref><ref name="Com2">{{citar web | titulo= Santos intercessores e seu culto | publicado = Paróquia São Leopoldo Mandic | url=http://web.archive.org/web/20070112211218/http://www.psleo.com.br/d_os_santos_intercessores.htm | acessodata=6 de Junho de 2009}}</ref><ref name="Cat1">{{Referência a livro|autor=IGREJA CATÓLICA|título=[[Catecismo da Igreja Católica]]|local=Coimbra|editora=Gráfica de Coimbra|ano=2000|id=ISBN 972-603-208-3|páginas='''N. 946-948, 954, 955, 960-962'''}}</ref>
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* a Igreja triunfante, composta pelos habitantes do [[Céu (religião)|Céu]] (desconhecidos/anónimos ou oficialmente [[canonização|reconhecidos]] pela Igreja), que alcançaram a eterna e definitiva santidade e que, portanto, são os [[intercessão|intercessores]] dos homens junto de Deus.<ref name="Com1" /><ref name="Com2" />
 
Todos os membros da Igreja destes três diferentes estados espirituais, unidos espiritualmente em Cristo, podem por isso interceder e ajudar-se mutuamente, através de orações, [[boas obras]], sacrifícios e [[indulgência]]s, ou seja, através da "''comunicação dos bens espirituais''".<ref name="Com2" /><ref name="Cat1"/> Esta união viva é sustentadosustentada na crençadoutrina católica de que "''todos os crentes formam [[Corpo Místico de Cristo|um só corpo]], [logo] o bem duns é comunicado aos outros [...]. E assim, deve-se acreditar que existe uma comunhão de bens na Igreja. [...] Mas o membro mais importante é Cristo, que é a Cabeça [...]. Assim, o bem de Cristo é comunicado a todos os membros, comunicação que se faz através dos [[Sacramentos católicos|sacramentos da Igreja]]»''". Esta união espiritual, em última análise, é fundamentada "''no mesmo amor de Deus e do próximo''" que todos os católicos comungam, "''embora de modo e grau diversos''", formando assim uma só Igreja.<ref name="Cat1"/>
 
A [[Igreja Católica]], a [[Igreja Ortodoxa]], a [[Igreja Anglicana]] e a [[Igreja Assíria do Oriente]] apontam para essa doutrina, em apoio de sua prática de se pedir a [[intercessão]] dos santos no céu<ref name="Com2" />, cujas orações (''Apocalipse 5:8'') ajudam os seus companheiros cristãos na Terra.
 
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