Lêmingue: diferenças entre revisões

'''Lêmingues''' medem cerca de 7 a 15 cm e pesam cerca de 30 a 120 gramas. Apresentam pelo longo, macio, com cauda curta. São [[herbívoros]], se alimentando de folhas, [[gramíneas]] , brotos, ervas [[Cyperaceae]] e ainda de raízes e [[Bolbo (botânica)|bolbos]]. Como os demais [[roedor]]es, tem seus [[incisivos]] crescendo continuamente, o que lhes permite sobreviver em locais de [[Forragem animal |forragem]] muito dura.

Há concepções equivocadas sobre os lêmingues que vem de muitos séculos. Em 1530, o [[geografia|geógrafo]] Zeigler De [[Estrasburgo]] apresentou a teoria de que essas criaturas caíam dos céus durante o periodo de tempestades (também consta do [[folclore]] dos [[Inupiat]]/[[Iupik]] do [[Norton Sound]]), vindo a morrer de forma súbita quando a grama voltava a crescer na primavera.<ref>[http://www.abc.net.au/science/k2/moments/s1081903.htm ABC.net.au - Lemmings Suicide Myth]</ref> Esse mito foi refutado pelo especialista em [[história natural]] [[Olaus Wormius]], que aceitava que os animais caíssem do céu, mas teriam que ter sido levados pelo vento, nunca com uma [[Abiogênese|geração espontânea]]. Foi Worm quem pela primeira vez publicou sobre [[dissecção]] de lêmingues, mostrando que eles eram anatomicamente similares a maioria dos demais roedores. Os trabalhos de [[Carolus Linnaeus|Lineu]] provou que os animais têm todos origens naturais.<ref>{{cite book |author=Bondeson, Jan |title=The Feejee Mermaid and Other Essays in Natural and Unnatural History |publisher=[[Cornell University#Press|Cornell University Press]] |accessdate= 2009-01-11 |year=1999|url=http://books.google.ca/books?id=zsQAc_QlB5cC&pg=PA256&lpg=PA256&dq=Ole+Worm+Lemmings&source=web&ots=Z9vd5s3Vp9&sig=q6O8AjDgtEGZtZow5wKqCgDCNSY&hl=en&sa=X&oi=book_result&resnum=9&ct=result#PPA256,M1 |pages=256–257 |isbn=978-0801436093}}</ref><ref> ''Museum Wormianum seu historia rerum rariorum'' Ole Worm (1655)</ref>

[[Image:LemmingCorpse.jpg|thumb|250px|Como muitos lêmingues se deslocam, inevitavelmente muitos deles se afogam o ao cruzar rios e lagos, como esse na Noruega]]

Movidos por urgências biológicas de sobrevivência, algumas espécies de lêmingues migram em grandes grupos, sempre que a densidade populacional se torna insustentável. Os lêmingues não nadam e podem, nessa desesperada procurar por novo habitat, optar por cruzar um curso de água. <ref>[http://www.wildlifenews.alaska.gov/index.cfm?adfg=wildlife_news.view_article&issue_id=6&articles_id=56 Lemming Suicide Myth Disney Film Faked Bogus Behavior]</ref> Esse fato e as enormes inesperadas flutuações na população dos lêmingues noruegueses devem ter contribuído para o desenvolvimento dos mitos.

O mito dos Lêmingues praticando “suicídio” em massa já vem de muito tempo e foi popularizado por diversos fatores e eventos. Em 1955, o ilustrador [[Carl Barks]] da [[The Walt Disney Company|Disney]] criou o desenho "The Lemming with the Locket (Medalhão)", com “Uncle Scrooge” (Tio Patinhas), no qual havia inspiração de um artigo de 1954 da [[National Geographic]] que mostrava uma enorme massa de lêmingues se lançando em abismos na Noruega.<ref>Blum, Geoffrey. 1996. "One Billion of Something," in: ''Uncle Scrooge Adventures by Carl Barks'', #9</ref> Maior ainda foi a influência de outra produção da Disney ''White Wilderness (film)'', de 1958, ganhador do [[Oscar de melhor documentário]], onde se apresentava uma cena com centenas de lêmingues saltando para morte certa num abismo, depois de falsas cenas de migração em massa. <ref>[http://www.snopes.com/disney/films/lemmings.asp snopes.com: White Wilderness Lemmings Suicide<!-- Bot generated title -->]</ref> Um documentário da [[Canadian Broadcasting Corporation]], de nome ''Cruel Camera'', denunciou que os Lêmingues usados em ''White Wilderness'' foram em realidade lançados na [[Baía de Hudson]], [[Calgary]], [[Alberta]]. Eles não se lançaram, foram, em verdade lançados num abismo com o uso de uma mesa giratória. <ref>[http://www.cbc.ca/fifth/cruelcamera/video.html Cruel Camera], Time slice: 14:01-15:27</ref>

******* [[Dicrostonyx kilangmiutak]] (''Lêmingue de colar do Norte'')