Variação linguística: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Etiqueta: Referências removidas
GRS73 (discussão | contribs)
Desfeita a edição 32361008 de 186.225.61.22
Linha 33:
Certos registros profissionais, como o chamado ''legalês'', mostram uma variação na gramática da linguagem padrão. Por exemplo, jornalistas ou advogados [[Inglaterra|ingleses]] freqüentemente usam [[Modos e tempos verbais|modos verbais]], como o [[modo subjuntivo|subjuntivo]], que não são mais usados com freqüência por outros falantes. Muitos registros são simplesmente um conjunto especializado de termos (veja [[jargão]]).
 
==Tipo de variação==
 
 
* Variação histórica: acontece ao longo de um determinado período de tempo e pode ser identificada ao serem comparados dois estados de uma língua. O processo de mudança é gradual: uma variante inicialmente utilizada por um grupo restrito de falantes passa a ser adotada por indivíduos socioeconomicamente mais expressivos. A forma antiga permanece ainda entre as gerações mais velhas, período em que as duas variantes convivem; porém com o tempo a nova variante torna-se normal na fala, e finalmente consagra-se pelo uso, na modalidade escrita. As mudanças podem ser de [[grafia]] ou de [[significado]].
Linha 43:
*Variação estilística: refere-se às diferentes circunstâncias de comunicação em que se coloca um mesmo indivíduo: o ambiente em que se encontra (familiar ou profissional, por exemplo) o tipo de assunto tratado e quem são os receptores. Sem levar em conta as graduações intermediárias, é possível identificar dois limites extremos de estilo: o informal, quando há um mínimo de reflexão do indivíduo sobre as normas linguísticas, utilizado nas conversações imediatas do cotidiano; e o formal, em que o grau de reflexão é máximo, utilizado em conversações que não são do dia-a-dia e cujo conteúdo é mais elaborado e complexo. Não se deve confundir o estilo formal e informal com [[língua escrita]] e [[língua falada|falada]], pois os dois estilos ocorrem em ambas as formas de comunicação.
 
As diferentes modalidades de variação linguística não existem isoladamente, havendo um interrelacionamento entre elas: uma variante geográfica pode ser vista como uma variante social, considerando-se a migração entre regiões do país. Observa-se que o [[meio rural]], por ser menos influenciado pelas mudanças da sociedade, preserva as variantes mais antigas. O conhecimento do padrão de maior prestígio pode ser um fator de [[mobilidade social]] ascendente. Camacho observa que "além de proporcionar ao aluno o número maior possível de formas alternativas de expressão verbal, o professor poderá torná-lo capaz de distinguir entre uma e outra, colocando-as em situações diversas de comunicação, para que o indivíduo discente possa aprender a selecionar sem a imposição do certo-e-errado, pondo-se de acordo, unicamente, com o grau de formalidade relativa da situação".<ref>CAMACHO, R. (1988), "A variação linguística", In: ''Subsídios à proposta curricular de língua portuguesa do 1º e 2º graus''. São Paulo: SE/ CENP/UNICAMP, 1988, v. I., p. 29 -41, ''apud'' MESSIAS, Rozana A. L. [http://www.ichs.ufop.br/conifes/anais/EDU/ededu1006.htm "A Linguagem Oral e o Ensino de Língua Portuguesa"]</ref>
 
{{referências}}