Agência de classificação de risco de crédito: diferenças entre revisões

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==História==
Esse tipo de atividade começa a existir em meados do [[século XIX]], nos [[Estados Unidos]], quando algumas empresas forneciam aos comerciantes informações sobre a [[solvabilidade]] dos seus clientes, avaliando a capacidade desses cliente para honrar os pagamentos devidos em uma determinada obrigação financeira, tendo em vista a qualidade dos fiadores.<ref name=UNCTAD>[[Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento]] (UNCTAD). [http://www.unctad.org/en/docs/gdsddf20081_en.pdf ''Compedium on Debt, Sustainability and Development''. Chapter VIII. "Credit Rating Agencies and their potential impact on developing countries"]. United Nations. Nova York e Genebra, 2009.</ref> <ref FEIO, Diogo e CARNEIRO, Beatriz Soares, O Poder das Agências, matéria prima editores, Lisboa 2012 </ref>
 
Historicamente, as primeiras agências de classificação de risco foram [[Fitch Ratings]], [[Moody's]] e [[Standard & Poor's]]. Essas agências operam, sob remuneração, por solicitação de empresas e eventualmente de [[estado]]s que desejam ser classificados, mas com independência em relação aos solicitantes.
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As agências classificam tanto um devedor, quanto um título específico. Eventualmente, a depender das garantias ou cláusulas contratuais, um determinado título pode ser mais garantido do que o patrimônio do emissor, no seu conjunto. Nesse caso, a classificação do título pode superar a classificação do emissor.
 
Essas agências também atribuem notas aos chamados [[produtos financeiros estruturados]] (ou simplesmente "produtos estruturados"), que são [[derivativos]] de crédito ou títulos oriundos da [[securitização]] de créditos concedidos por bancos comerciais (incluindo [[hipoteca]]s residenciais securitizadas), combinados com algum tipo de derivativo. Em meados de junho de [[2007]], por exemplo, diante de rumores de que dois ''[[hedge funds]]'', geridos pelo [[Bear Stearns]], cujos ativos eram garantidos por hipotecas ''[[subprimes]]'', haviam sofrido perdas e que o banco tinha vendido [[USD]] 3,8 bilhões em bônus para fazer frente à reposição de garantias, as agências de classificação de risco começaram a rebaixar as notas de inúmeros títulos garantidos por hipotecas residenciais, tais como os RMBS (''Residential-Mortgage-Backed Securities''), e títulos estruturados de múltiplas ''[[tranche]]s'', como a CDO (''Collateralized debt obligation'').<ref>[http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-31572009000300017&script=sci_arttext A arquitetura do sistema financeiro internacional contemporâneo], por Maryse Farhi e Marcos Antonio Macedo Cintra. ''Revista de Economia Política'', vol. 29 n° 3. São Paulo, julho-setembro de 2009. ISSN 0101-3157.</ref>
 
== Críticas ==