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=== História cronológica ===
A banda surgiu em Março de [[1981]], formada por Pedro Ares de Magalhães, Pedro Paulo Gonçalves e Carlos Maria Trindade, após o fim do grupo [[Corpo Diplomático]] em finais do ano anterior. A estes músicos juntaram-se António José de Almeida (baterista dos Tantra) e Rui Pregal da Cunha, que se iniciava nas coisas da música. Na realidade, o futuro vocalista era o único sem um passado com experiência musical, pois todos os outros elementos, ou tinham formação musical ou já haviam participado em projectos anteriores.
 
A escolha do nome «Heróis do Mar», tirado do primeiro verso do hino nacional português, [[A Portuguesa]], não foi um mero acaso, pois pretendia-se representar Portugal, a sua história e a sua arte greco-romana.
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Numa época em que a memória do [[Estado Novo]] estava ainda muito fresca, o visual da banda, caracterizado por uma estética nacionalista e algo neo-militarista, e letras de canções que reflectiam a glorificação de um Portugal passado, não agradou a muita gente tendo-se instalado a polémica em torno do grupo, acusado dum nacionalismo exacerbado, e inclusivamente fascista e neonazi. Aliás, membros da banda afirmaram mesmo estarem proibidos de actuar a sul do rio Tejo.
 
Em Agosto de 1981, é lançado o primeiro single que continha os temas «Saudade» e «Brava dança dos heróis»,. ondeOs sedois envolviamtemas fontes de raiz portuguesa com a sonoridade do fenómeno neo-romântico que floresciaaparecem no Reino Unido, para depois aparecer o LP de estreia, ''Heróis do Mar'', lançado em Outubro do mesmo ano.
 
Em Junho de 1982 é editado a canção «Amor», que se tornaria um grande sucesso comercial e disco de platina, e projectaria a banda para a primeira parte dos concertos de King Crimson e de Roxy Music em Portugal no verão desse mesmo ano, e para a actuação nas primeiras parte da banda de Bryan Ferry em França.
 
Em 1983, o grupo lança o álbum ''Mãe'', bem recebido pela crítica, mas não tão bem recebido pelo público. Entretanto, a canção também lançada em 1983, «Paixão», torna-se um sucesso de rádio, levando a revista musical inglesa ''The Face'' a considerar a banda como o melhor grupo de rock da Europa continental.
 
O mini-LP lançado em [[1984]] intitulado ''O Rapto'', apenas o single «Só gosto de ti», conseguiu ter algum êxito. Em [[1985]], o single «A alegria», resulta num sucesso de rádio.
 
O visual neo-militarista deu lugar a um visual mais ousado, menos polémico, mas mesmo assim ainda demasiado arrojado para a época, com muito cabedal e calças de ganga rasgadas.
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Os cinco músicos começaram a empenhar-se em projectos a solo, Pedro Ayres Magalhães assumiu a direcção da editora Fundação Atlântica, produzindo discos de Né Ladeiras, de Anamar e dos [[Delfins]]. Heróis do Mar colaboraram no último disco de António Variações ''Dar e receber'', no qual Magalhães e Trindade foram responsáveis pela produção e pelos arranjos.
 
O mini-LP intitulado ''O Rapto'', lançado em [[1984]], continha o tema «Só gosto de ti» que conseguiu ter algum êxito. Em [[1985]] lançam o single «A alegria» que resulta num novo sucesso de rádio. Em [[1985]], surgiram rumores de que Rui da Cunha poderia vir a abandonar o grupo, o que não chegou a acontecer. Mudam entretanto para a [[Emi-Valentim de Carvalho]].
 
Em [[1986]] é lançado o álbum ''Macau'', recebido com elogios por parte da crítica, que renovou o fôlego e o vigor do grupo.
 
Em [[1986]] é lançado o álbum ''Macau'', recebido com elogios por parte da crítica, que renovou o fôlego e o vigor do grupo. No ano seguinte lançam o single e máxi-single ''O Inventor''. O último álbum, [[Heróis do Mar IV|Heróis do Mar]], é editado em [[1988]] já sem a presença de Tozé Almeida.
Em [[1989]], o grupo separa-se devido a conflitos internos. No entanto todos os elementos continuaram a dedicar-se à música, com excepção de Tozé Almeida, que acabou por se dedicar à produção de programas televisivos, publicidade e alguns [[telediscos]].
 
Em [[1989]], odecidem grupo separaseparar-se devido a conflitos internos. No entanto todos os elementos continuaram a dedicar-se à música, com excepção de Tozé Almeida, que acabou por se dedicar à produção de programas televisivos, publicidade e alguns [[telediscos]].
Considerados um grupo inovador, a sua música ficou, mas sem novos lançamentos, a banda acabou por cair no esquecimento de muitos.
 
A história da banda é revisitada no documentário ''Brava dança'' por Jorge Pereirinha Pires e José Pinheiro. O documentário, diz a revista ''Blitz'', «propõe ainda uma reflexão sobre Portugal e a música do pós-25 abril».
 
Actualmente, são influência chave para alguns projectos da cena musical portuguesa, dos quais o que obteve mais destaque foi o projecto editorial deda [[Amor Fúria]].
 
== Discografia ==
=== Álbuns ===
* [[Heróis do Mar (álbum)|Heróis do Mar]] (LP, Polygram, 1981)
* Mãe (LP, Polygram, 1983)
* O Rapto (Mini-LP, Polygram,1984)
* A Lenda dos Heróis do Mar (1981-1984) (Compilação, Polygram,1985)
* Macau (LP, EMI, 1986)
* [[Heróis do Mar IV]] (LP, EMI, 1988)
 
=== Singles ===
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Fado/Fado (Versão a Guitarra) (Single, EMI, 1986)
* Só No Mar/Canhões ... (Single, EMI, 1987)
* O Inventor/Homenagem (Máxi, EMI, 1987)
* O Inventor/Homenagem (Máxi, EMI, 1987)
* Eu Quero (Mistura Possessiva)/Rossio/Eu Quero (Máxi, EMI, 1988)
* Africana/Eu Não Mereci/D.F.S. (Máxi, EMI, 1989)