Luis de Góngora y Argote: diferenças entre revisões
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Era filho de Francisco de Argote, jurista e corregedor em Córdoba, e de sua esposa, Leonora de Argote, pertencendo assim a uma das famílias privilegiadas da cidade.
Aos 15 anos foi para [[Salamanca]] para cursar os estudos jurídicos e filosóficos na sua [[Universidade de Salamanca|Universidade]]. Cursou a Universidade sem destaque, e decidindo-se enveredar pela carreira eclesiástica, tomou ordens menores em
Iniciou a sua carreira eclesiástica com um emprego na catedral de Córdova, mas a sua vida boémia e a mordacidade de algumas das suas poesias trouxeram-lhe a reprovação dos seus superiores na igreja, sendo-lhe negada a ordenação sacerdotal.
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Nesta fase da sua vida viajou consideravelmente por terras de [[Reino de Castela|Castela]], [[Navarra]] e [[Galiza]], tendo vivido em [[Madrid]] e [[Valladolid]], granjeando crescente fama como poeta inspirado.
Em
Pelos pleitos, documentos e sátiras do seu grande rival, [[Francisco de Quevedo]], sabemos que era jovial e falador, muito sociável e amante do luxo e das diversões profanas, como por exemplo os jogos de cartas e os toiros, a ponto de ter sido muito frequentemente censurado pelo pouco que dignificava os hábitos eclesiásticos. Na época foi tido por mestre da sátira, embora não tenha usado os extremos expressionistas de Quevedo nem as negríssimas tintas de [[Juan de Tassis y Peralta]], o segundo [[conde de Villamediana]], um dos seus melhores discípulos poéticos e de quem foi amigo.
Em
== Obra ==
Góngora aparentemente não tinha grande apreço pela [[tipografia]] e pelas vantagens do [[livro]] impresso. Apesar de ter tido desde muito cedo admiradores da sua obra, apenas em
Em resultado dessa divulgação não impressa, são múltiplas as cópias existentes das diversas obras, algumas com variantes eventualmente do autor. Entre as variantes conhecidas, é considerada como preservando o texto mais fidedigno a contida no chamado ''Manuscrito Chacón'', copiado para o [[Conde-Duque de Olivares]], já que contém anotações autógrafas de Góngora e a cronologia de cada poema.
No ano em que faleceu (1626) o impressor [[Juan López Vicuña]] publicou uma antologia intitulada ''Obras en verso del Homero español'', a primeira edição impressa dedicada exclusivamente às obras de Góngora. Apesar de uma dedicatória ao censor geral, a edição foi mandada recolher pela [[Inquisição]], tendo pouca divulgação. Nova edição surgiu em
Apesar destas dificuldades iniciais, as obras de Góngora, como as de [[Juan de Mena]] e [[Garcilaso de la Vega]], começaram a ser amplamente glosadas e comentadas por personagens como [[José de Pellicer]], [[Salcedo Coronel]], [[Salazar Mardones]], [[Pedro de Valencia]] e outros.
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Estes eram os traços mais marcantes da estética barroca de Góngora, a que depois em sua honra se chamou ''gongorismo'' . Deste ''[[Gongorismo]]'' nasceu o hoje depreciativo epíteto de ''gongórico'' por vezes aplicado à linguagem prolixa e convoluta. Outra designação dada ao estilo cultivado por Góngora foi a de ''[[culteranismo]]'', inicialmente considerada pejorativa por analogia com a palavra ''luteranismo'', já que os adversários de Góngora, que cunharam o termo, consideravam os poetas ''culteranos'' como os hereges da poesia.
A crítica, desde [[Marcelino Menéndez Pelayo]], tem distinguido tradicionalmente duas épocas, ou dois estilos ou maneirismos, na obra de Góngora: o ''príncipe da luz'', que corresponderia à sua primeira etapa como poeta, quando compôs romances e poemetos unanimemente louvados desde época Neoclássica; e o ''príncipe das trevas'', quando a partir de
Esta teoria do dualismo na obra de Góngora foi rebatida por [[Dámaso Alonso]], que
=== Poemas ===
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Luis de Góngora compôs também duas peças teatrais: ''Las finezas de Isabela'' e ''El doctor Carlino''. Estas obras não tiveram grande aceitação, não sendo consideradas entre as suas melhores produções literárias.
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* [http://www.cervantesvirtual.com/info_autor/00000126.shtml Monografia sobre Luis de Góngora na Biblioteca Virtual Cervantes.]
* [http://www.brown.edu/Departments/Hispanic_Studies/gongora/ Obras completas de Góngora.]
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[[an:Luis de Góngora]]
[[bs:Luis de Góngora]]
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