Władysław Gomułka: diferenças entre revisões

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Após a morte do primeiro-ministro estalinista [[Bolesław Bierut]] em 1956, seguiu-se um breve período de desestalinização, que aumentou a esperança do povo nas reformas. Em Junho desse ano, ergueu-se uma insurreição em [[Poznań]]. Os trabalhadores protestavam contra a escassez de comida e de bens de consumo, as casas de fraca qualidade, a redução do salário real e das exportações para a [[União Soviética]] e a fraca gestão da economia. O governo polaco respondeu apelidando os manifestantes de ''"provocadores, contra-revolucionários e agentes do imperialismo"''. As forças de segurança mataram e feriram inúmeros manifestantes. Não demorou muito tempo até que a hierarquia do partido se apercebesse que os protestos tinham acordado sentimentos nacionalistas e depressa inverteram a sua opinião. Os manifestantes tornaram-se então "trabalhadores honestos, com reivindicações legítimas". Os salários foram aumentados em 50% e foram prometidas mudanças económicas e políticas<ref>Rothschild and Wingfield: ''Return to Diversity, A Political History of East Central Europe Since World War II'' OUP 2000</ref><ref name=swiatlo>[http://72.14.205.104/search?q=cache:rzl7Kx-O8ZcJ:www.ciaonet.org/olj/int/int_0302c.pdf+The+defection+of+Jozef+Swiatlo&hl=en&ct=clnk&cd=4 The defection of Jozef Swiatlo and the Search for Jewish Scapegoats in the Polish United Workers' Party, 1953-1954, Harriman Institute, Columbia University, New York City, 1999]</ref>
 
Edward Ochab, o primeiro-ministro polaco da altura, convidou o então recém-reabilitado Gomułka para o cargo de primeiro secretário do partido. Gomułka reivindicou poderes reais para poder levar a cabo reformas. Uma das suas exigências foi o afastamento do marechal soviético [[Konstantin Konstantinovich Rokossovskiy]], que ordenara o levantamento de tropas contra os trabalhadores de PoznanPoznań, do politburo polaco e do ministério da defesa, algo que Ochab concordou fazer.
 
Em [[19 de Outubro]], a maioria dos dirigentes polacos, com o apoio do exército e das forças de segurança internas, levou Gomułka e seus apoiantes para o politburo e nomeou-o primeiro secretário do partido. Estes eventos na Polónia alarmaram os dirigentes soviéticos. Em simultâneo com movimentos militares na fronteira polaco-soviética, foi enviada uma delegação de alto nível do comité central soviético para a Polónia, liderada por [[Khrushchev]] e includindo Mikoyan, Bulganin, [[Molotov]], Kaganovich e o marechal Konev, entre outros. Gomułka deixou claro que as tropas polacas resistiriam a uma invasão soviética, mas assegurou também que as reformas em curso eram de carácter interno e que a Polónia não tinha qualquer intenção de abandonar nem o comunismo, nem os tratados com a União Soviética. Os Soviéticos cederam.<ref>[http://www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB76/doc5.pdf Notes from the Minutes of the CPSU CC Presidium Meeting with Satellite Leaders, October 24, 1956, George Washington University: The National Security Archive, 2002]</ref> Gomułka acabou por ser confirmado no seu novo cargo. A notíca dos eventos na Polónia acabaria por chegar à [[Hungria]] através da rádio, despoletando manifestações naquele país, pedindo reformas semelhantes, que viriam a culminar na [[Revolução Húngara de 1956]].