José Maria do Casal Ribeiro: diferenças entre revisões

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{{Info/Biografia
[[Imagem:Jose Maria do Casal Ribeiro.jpg|thumb|350px|Retrato de José Maria do Casal Ribeiro.]]
|nome =José Maria Caldeira do Casal Ribeiro
'''José Maria Caldeira do Casal Ribeiro''' ([[Lisboa]], [[18 de Abril]] de [[1825]] — [[Madrid]], [[14 de Junho]] de [[1896]]), [[conde do Casal Ribeiro]], foi um importante [[jornalista]] e político português do ''[[rotativismo]]'' de finais do [[século XIX]].
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'''José Maria Caldeira do Casal Ribeiro''' ([[Lisboa]], [[{{dtlink|lang=pt|18 de Abril]] de [[|4|1825]]}} — [[Madrid]], [[{{dtlink|lang=pt|14 de Junho]] de [[|6|1896]]}}), [[conde do Casal Ribeiro]], foi um importante [[jornalista]] e político português do ''[[rotativismo]]'' de finais do [[século XIX]].
 
==Biografia==
José Maria Caldeira do Casal Ribeiro nasceu em [[Lisboa]], a [[18 de Abril]] de [[1825]], filho de José Vicente Caldeira do Casal Ribeiro, fidalgo-cavaleiro da Casa Real e desembargador da [[Casa da Suplicação]], que havia estado envolvido no processo que conduziu à execução de [[Gomes Freire de Andrade]], em 1817, e de Maria Henriqueta Gomes Ribeiro.
 
Depois de estudos preparatórios no [[Porto]], matriculou-se no curso de [[Direito]] da [[Universidade de Coimbra]], que frequentou entre [[1843]] e [[1848]], formando-se com distinção.
 
Durante os tempos de estudante em [[Coimbra]] manteve intensa actividade política, que o levou, por ocasião da [[Revolução da Maria da Fonte]] e da guerra civil da [[Patuleia]], a integrar a Junta Governativa que se formou em Coimbra no ano de [[1846]].
Influenciado pelo pensamento de [[Saint-Simon]], pelas [[Revoluções de 1848]], e pelos ideais da [[Segunda República Francesa]], Casal Ribeiro publicou os panfletos ''O Soldado e o Povo'', ''Hoje Não é Ontem'', ''É Tarde'' e ''A Imprensa e o Conde de Tomar'', que o notabilizaram como um combativo jovem político de inspiração republicana e socialista.
 
Após ter concluído o seu curso, fixou-se em [[Lisboa]] onde se dedicou ao jornalismo político, colaborando no jornal ''O Atheneu'', em 1850, e fundando o jornal ''A Civilização'' (1856-1857), de que foi financiador e redactor principal.
 
Casou em [[1850]] com D. Maria da Conceição Quintela Emaús, pertencente à [[Ordem das Damas Nobres de Espanha]], uma filha de [[Inácio Pedro Quintela Emaús]]. Iniciou então uma deriva ideológica para a direita, a partir de [[1851]], com o advento da [[Regeneração]]. Ingressou na Câmara dos Deputados no final de 1851, aderindo formalmente ao [[Partido Regenerador]] apenas em 1856.
Foi assim que depois de ter sido um revolucionário republicano em [[1848]], ingressou no campo regenerador, no qual seria várias vezes deputado e ministro.
 
Nos anos que se seguiram revelou-se um bom orador, falando com profundidade e conhecimento sobre questões financeiras, o que o guinda para os lugares cimeiros do círculo parlamentar regenerador.
 
Apoiante de [[João Oliveira e Daun, Duque de Saldanha|João Oliveira e Daun, marquês de Saldanha]], foi sucessivamente eleito deputado para as legislaturas de 1851-1852, 1853-1856, 1857-1858, 1860-1861, 1861-1864 e 1865. Nesta longa carreira parlamentar reforçou o seu prestígio como bom orador e como polemista temível, sendo durante boa parte deste período uma das vozes mais respeitadas na Câmara dos Deputados. Por carta régia [[de 8 de Setembro]] de [[1865]] foi elevado a [[Par do Reino]] vitalício, trocando assim o seu assento na Câmara dos Deputados por um lugar na Câmara dos Pares.
 
Assumiu pela primeira vez funções governativas como [[Ministro dos Negócios da Fazenda]] no ministério inicialmente presidido por [[António José de Sousa Manuel de Menezes Severim de Noronha]], o [[duque da Terceira]], que esteve em funções entre [[16 de Março]] de [[1859]] e [[20 de Julho]] de [[1860]]. Durante este mandato procedeu à substituição dos impostos de transacção e das sisas pela contribuição de registo. Na fase final desse ministério, na sequência dos acontecimentos que rodearam o falecimento a [[26 de Abril]] de [[1860]] do duque da Terceira, ocupou interinamente a pasta dos Negócios Estrangeiros, entre [[24 de Abril]] e [[4 de Junho]] de [[1860]].
 
Em [[1866]], em consequência da formação do ''[[Governo da Fusão]]'', voltou ao executivo, agora presidido por [[Joaquim António de Aguiar]], retomando a pasta dos Negócios Estrangeiros no período de [[9 de Maio]] de [[1866]] a [[4 de Janeiro]] de [[1868]]. Neste mandato, acumulou interinamente o cargo de [[Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria]], entre [[9 de Maio]] e [[6 de Junho]] de [[1866]].
 
Pouco depois de sair do Governo, foi convidado por [[Nuno José Severo de Mendonça Rolim de Moura Barreto]], [[duque de Loulé]], que então presidia ao ministério, para o cargo de ministro plenipotenciário de Portugal em Paris. Aceitou o cargo, fixando-se naquela cidade, mas pediu a sua exoneração na sequência do golpe de Estado de [[19 de Maio]] de [[1870]], a conhecida ''[[Saldanhada]]'', e regressou a Portugal.
 
Ainda nesse ano, foi agraciado pelo rei D. [[Luís I de Portugal|Luís I]] com o título de [[conde do Casal Ribeiro]], em duas vidas, por Decreto de [[28 de Maio]] de [[1870]]. Em [[1872]] foi feito Conselheiro de Estado efectivo.
 
Como par do reino, foi em [[1884]] um dos principais opositores à lei eleitoral proposta por [[Fontes Pereira de Melo]] e [[Barjona de Freitas]] que pretendia alargar o sufrágio a um maior número de leitores. Por essa altura, comprovando a evolução das suas ideias de um republicanismo de inspiração francesa para um conservadorismo de matriz religiosa, anunciou a intenção de formar um novo partido conservador, desiderato que nunca chegou a concretizar. Esta sua iniciativa teve contudo continuadores, estando na origem do aparecimento, entre [[1903]] e [[1910]] e já muito depois da sua morte, do [[Partido Nacionalista]] liderado por [[Jacinto Cândido da Silva]]. Esteve ainda envolvido, em 1894, na formação do [[Centro Católico Parlamentar]], que acabaria por terminar sem resultados.
 
Entre 1886 e 1892 desempenhou as funções de ministro plenipotenciário de Portugal em Madrid. Foi nesta cidade que veio a falecer, em 1896, depois de lá ser ter deslocado para assistir a uma conferência proferida pelo seu amigo [[Antonio Sanchez Moguel]].
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*TENGARRINHA, José, “RIBEIRO, José Maria do CASAL”, in SERRÃO, Joel (dir.), ''Dicionário de História de Portugal'', vol.V, Porto, Livraria Figueirinhas, 1992, pp.343-344.
 
=={{Ligações externas}}==
*[http://www.sgmf.pt/NR/rdonlyres/3C8C8E37-0357-4168-8EB8-7578ADC06557/3018/Jos%C3%A9MariaCaldeiradoCasalRibeiro.pdf José Maria Caldeira do Casal Ribeiro]
*[http://www.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/01369514321236163632457/p0000001.htm#I_0_ ''Portugal y España'']
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[[Categoria:Rotativismo]]
[[Categoria:Regeneração]]
[[Categoria:MortosNaturais emde 1896Lisboa]]
 
[[es:José Maria Caldeira do Casal Ribeiro]]