Camilo José Cela: diferenças entre revisões

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Ele ofereceu seus serviços como informante para o regime de [[Francisco Franco|Franco]] e mudou-se voluntariamente de [[Madrid]] a [[Galiza]] durante a [[Guerra Civil Espanhola|Guerra Civil]], a fim de se juntar àquelas forças franquistas.<ref>{{Citar livro|url=http://undpress.nd.edu/book/P01373 |autor= |coautor= |título=Unearthing Franco's Legacy |subtítulo= |idioma=inglês |edição= |editor=Carlos Jerez-Farrán e Samuel Amago |local=Paris |editora=University of Notre Dame Press |ano= |página=15 |páginas= |isbn=0-268-03268-8 |acessodata=17 de janeiro de 2013 }}</ref>
 
Foi membro da [[Real Academia Espanhola]] desde [[1957]] até a sua morte. Recebeu o [[Nobel de Literatura]] de [[1989]].<ref name="InfoEscola"/>
 
== Biografia ==
Começou o curso de Medicina na Universidade Complutense e assistiu a algumas aulas de Filosofia e Letras na Universidade de Madrid.
 
Lutou na [[Guerra Civil Espanhola|Guerra Civil]], integrado no exército nacionalista de [[Franco]], até que foi ferido por uma granada errante, tendo aí terminado a sua vida militar. Uma vez finda a guerra, dedicou-se ao jornalismo e ocupou vários empregos de carácter essencialmente burocrático, entre os quais o de censurador, que mais tarde o faria ser bastante criticado.<ref name="InfoEscola">{{citar web |url=http://www.infoescola.com/biografias/camilo-jose-cela/ |título=Camilo José Cela |acessodata=17 de janeiro de 2013 |autor=Roseliane Saleme |coautores= |data=23 de dezembro de 2009 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=InfoEscola |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref>
 
Em 1944 casou com Rosario Conde Picavea, com quem teve um filho, Camilo José Cela Conde, nascido em 1946.
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No meio de um panorama caracterizado pela abundância de romances de escassa capacidade renovadora, em 1942 se produz um acontecimento de singular importância literária: a publicação de ''A família de Pascual Duarte'' (uma dura história ambientada num pequeno povoado: reflecte o mundo popular e [[Camponês|campesino]] e a seres primitivos, de instintos primários e grandes paixões, onde destacam o ódio e a violência). Escrita com uma prosa brutal e crua, foi todo um acontecimento e deu lugar mesmo a uma corrente, conhecida como «[[Tremendismo]]».
 
Em 1943, ''Pavilhão de repouso'',<ref name="InfoEscola"/> sucessão de monólogos dos tuberculosos de um sanatório, aprofunda a linha existencialista, que em ''A família de Pascoal Duarte'' se tinha manifestado na caracterização da vida como algo absurdo.
 
Em 1948, ''Viagem a Alcarria'' descrevia, ainda que sem excessiva crueza, um mundo rural atrasado e marginalizado, semelhante ao de ''A família de Pascual Duarte''.
 
''A colméia'', a obra mais importante de Cela, inaugura o realismo social dos anos cinquenta. Seria editado em 1951 em [[Buenos Aires]], já que a censura tinha proibido sua publicação na Espanha por causa de suas passagens eróticas.<ref name="InfoEscola"/>
 
Sempre inquieto e desejoso de procurar novos caminhos narrativos, sua seguinte novela, ''Mrs. Caldwell fala com seu filho'' (1953), afasta-se do realismo para mergulhar na mente de uma louca que dialoga com seu filho morto.
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Depois de um longo parêntese, em 1969 publica ''São Camilo 1936'', novela experimental que, mediante um único monólogo interior, oferece uma descrição surrealista do primeiro dia da guerra civil num bordel de Madri.
 
Entre suas últimas novelas destacam ''Mazurca para dois mortos'' (1983), ambientada na Galiza, e ''Cristo contra Arizona'' (1994), que continua sua linha experimentalista. Sua última obra publicada é ''Madeira de lei'', e tem como argumento a vida dos pescadores da Costa da Morte.<ref name="InfoEscola"/>
 
===Herança===