Palácio do Louvre: diferenças entre revisões
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Em seguida, Clovis e os seus sucessores não esqueceram que o seu domínio foi exercido, inicialmente, sobre a margem Norte do [[Sena]]. Enquanto negligenciavam o desenvolvimento de Paris da outra margem, que lhes resistiu por tanto tempo, criaram na margem direita uma cidade rival: uma nova Paris. Taranne, nas suas notas de tradução do [[poema]] de Abbon, faz a seguinte observação: ''Paris, cidade galo-romana, havia crescido consideravelmente a Sul; Paris, cidade franca, estendeu-se mais para Norte''.
A cidade crescia a cada dia em direcção ao Norte quando se encontrou sob a ameaça de uma outra conquista, da qual só lhe restaria ruínas e desolação. Os [[Normandos]], que podiam subir o Sena sem obstáculos, fizeram de Paris, pelo menos durante cinquenta anos, o seu principal destino de conquista. Para dar um ponto de apoio aos seus ataques - e aproveitrando que os parisienses ainda não tinham retomado para a defesa o lugar do qual já se haviam servido para atacá-los - foi no local do antigo campo forte de Clovis (e em volta de Saint-Germain-le-Rond, actual Igreja de Saint-Germain-l'Auxerrois de Paris), que os Normandos se estabeleceram. As suas muralhas
[[Imagem:Louvre medieval foundations flickr.jpg|thumb|right|300px|As fundações medievais ainda podem ser vistas no interior do museu.]]
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O advento de [[Henrique II de França|Henrique II]] viu o plano mudar um pouco: Pierre Lescot foi mantido à cabeça dos trabalhos, mas a escadaria (actual Escadaria Henrique II) foi afastada para Norte, permitindo a concepção de uma grande sala no rés-do-chão com capacidade para acolher os faustos da Corte (Sala das Cariátides). À morte do Rei, em [[1559]], o quarteirão em volta do Louvre adensou-se consideravelmente, mas o palácio ainda permanecia muito medieval, possuindo apenas uma ala em estilo Renascença.
[[Catarina de Médici]] retomou em seguida a restauração do palácio, permitindo a criação de importantes jardins e do [[Palais des Tuileries]]. Este último palácio foi iniciado em [[1564]], fora do recinto de Carlos V, cerca de um ano depois do resgate do terreno às fábricas de telhas que o ocupavam, daí o seu nome. O arquitecto, [[Philibert Delorme]], começou o projecto, sendo
Durante as [[Guerras de Religião da França]], o palácio serviu de local de residência à Família Real quando esta se deslocava a Paris, nomeadamente aquando do casamento de [[Margarida de Valois]] ([[1553]]-[[1615]]), o qual decorreu sobre o [[Massacre da noite de São Bartolomeu]]. A partir do reinado de [[Henrique III de França|Henrique III]], o Palácio do Louvre tornou-se a residência principal do Rei da França, assim permanecendo até ao final do reinado de [[Luís XIII de França|Luís XIII]].
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== O Louvre de Luís XIV à Revolução ==
A partir de [[1692]], o Louvre foi investido por academias: a de pintura e escultura instalou-se nesse ano no grande salão e nas salas vizinhas, enquanto que a de arquitectura, nesse mesmo ano, invadia os aposentos da Rainha. O ano de [[1697]] marcou a chegada da academia de política, a qual estendeu os seus mapas em relevo na grande galeria, e em [[1699]] foi a vez da academia de ciências. A tipografia Real instalou-se igualmente no palácio.
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Não devemos, no entanto, acreditar que o superintendente das construções do Rei, o Marquês de Marigny, irmão da [[Madame de Pompadour]], permanecia inactivo. Apesar de contar com um dos orçamentos mais limitados, fez terminar o pátio quadrado, por [[Jacques-Germain Soufflot]] e Gabriel, embora já não tenha posto em questão o Grande Propósito.
Em [[1779]], com a tomada de posse do superintendente D'Angivillers, o Louvre recupera uma certa fortuna. A ideia de constituir um museu a partir das colecções Reais, já avançada por [[Marigny]], foi retomada pelo novo superintendente, o qual
*a supressão da decoração inacabada de [[Nicolas Poussin|Poussin]];
*a construção de uma abóbada em tijolo para melhorar a protecção contra os incêndios;
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O Louvre havia perdido pouco a pouco a sua dimensão simbólica. Foi por isso poupado pelo ódio das multidões revolucionárias. Se por um lado já não pertencia ao funcionamento do rito monárquico, por outro ainda não pertencia ao povo. Isso viria a acontecer por intermédio do museu em que se tornaria.
Em [[1789]], D'Angivillers emitiu um projecto de museu situado no Louvre. Forçado à demissão, confiou-o aos estados gerais, que, no dia [[21 de Junho]], adoptaram a ideia, tanto mais que as colecções nacionais foram enriquecidas bruscamente graças à confiscação dos bens do [[clero]] ([[2 de Novembro]] de [[1789]]) e dos exilados ([[8 de Agosto]] de [[1792]]), e à supressão das academias ([[8 de Agosto]] de [[1792]]). A partir de [[1790]], a Assembleia Nacional (Assembleia Constituinte de 1789) tomou, realmente, consciência da necessidade de conservar as obras e de parar com as destruições
São reunidos depósitos em antigos conventos, agrupando estátuas de bronze para fundição e outras peças para venda. No dia [[6 de Junho]] de [[1791]], [[Alexandre Lenoir]], um pintor, foi nomeado director dos ''Petits-Augustins''. Viria a ser uma das personagens que contribuiria para a noção de património.
Em [[1794]], o [[Henri Grégoire|Abade Grégoire]] publicou uma memória sobre o vandalismo, condenando as destruições e encorajando a instauração de uma "''memória colectiva''". Outros grupos de pressão, instigados por artistas,
[[Imagem:Le Louvre - Aile Richelieu.jpg|thumb|200px|A Ala Richelieu à noite.]]
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