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[[Ficheiro:Hugo Energise.jpg|thumb|250px|right|<center>Perfume Hugo Energise<center/>]]
 
Hugo Ferdinand Boss nasceu dia 8 de julho de 1885 e nem pensava em ser um dos grandes nomes no mundo da moda. HugoComeçou Boss começou suaa carreira como um simples alfaiate. Após a Primeira Grande Guerra, aos 33 anos de idade, eleconseguiu fundoufundar sua própria confecção em Metzingen (1923) com o objetivo de fabricar roupas para trabalhadores. Nesta época, a produção contava apenas com 30 funcionários. Faleceu em 1948, em Metzingen, sua cidade natal com 63 anos.<br>
'''BIOGRAFIA RÁPIDA:'''<br>
Hugo Ferdinand Boss nasceu dia 8 de julho de 1885 e nem pensava em ser um dos grandes nomes no mundo da moda. Hugo Boss começou sua carreira como um simples alfaiate. Após a Primeira Grande Guerra, aos 33 anos de idade, ele fundou sua própria confecção em Metzingen(1923). Nesta época, a produção contava apenas com 30 funcionários. Faleceu em 1948, em Metzingen, sua cidade natal com 63 anos.<br>
 
Boss era filiado ao partido nazista. Fornecedor exclusivo dos uniformes negros das SS (Schutzstaffel), da Juventude Hitlerista e de outras agremiações nazistas (sempre muito preocupadas com a elegância), ganhou milhões entre 1934 e 1945 e para dar conta das encomendas, a solução foi apelarapelou para a mão de obra - compreensivelmenteextremamente baratíssimabarata – dos prisioneiros de guerra.<br>
Hugo Ferdinand Boss, alfaiate alemão, abriu a sua pequena empresa em [[1923]] com o objetivo de fabricar roupas para trabalhadores. Os seus planos quase que não deram certo com o inicio de uma crise na Alemanha no periodo da [[Primeira Guerra Mundial]].<br>
 
Hugo Boss durante a [[Alemanha Nazista]] confeccionou as roupas para [[SS]] entre 1933 e o final da [[Segunda Guerra Mundial]]. Além disso, era afiliado ao partido nazista. Hugo Boss faleceu em 1948.
 
'''Mais detalhes:'''<br>
Fornecedor exclusivo dos uniformes negros das SS (Schutzstaffel), da Juventude Hitlerista e de outras agremiações nazistas (sempre muito preocupadas com a elegância), ganhou milhões entre 1934 e 1945 e para dar conta das encomendas, a solução foi apelar para a mão de obra - compreensivelmente baratíssima – dos prisioneiros de guerra.<br>
 
De início, paralelamente à fabricação de uniformes, que era compartilhada com outras alfaiatarias, a Hugo Boss também produzia roupas normais para trabalhadores e camisas. Em 1938, a situação mudou com o reinício do recrutamento militar na Alemanha. O foco passou a ser exclusivamente a confecção de uniformes para as forças nazistas. A empresa chegou a contar com 300 funcionários nesta época.
Como era difícil encontrar mão de obra durante a guerra, a fábrica se beneficiou de 140 trabalhadores forçados, à maioria deles, mulheres. Outros 40 prisioneiros de guerra franceses trabalharam para a Hugo Boss de outubro de 1940 a abril de 1941.<br>
Após a Segunda Guerra Mundial, Hugo Ferdinand Boss foi processado e multado por sua participação no nazismo. <br>
Durante o período de desnazificação, com o fim do regime, em 1945, Boss foi considerado como "responsável". Apesar disso, ele foi autorizado a continuar tocando sua fábrica. Mas, não viveu tempo suficiente para ver sua empresa virar uma grife mundialmente famosa, morrendo aos 63 anos.
 
'''Fato - O passado nebuloso'''<br> Sinônimo de elegância e luxo, a HUGO BOSS é um produto “Made in Germany” altamente respeitado no mundo da moda. No entanto, a tradicional marca alemã carrega um passado de envolvimento nazista. Hugo Ferdinand Boss teve uma relação muito estreita com o nazismo. Em 1931 se filiou ao Partido Nacional-Socialista (NSDAP), de Adolf Hitler. Antes e durante a Segunda Guerra Mundial, a empresa desenhou e produziu uniformes de tropas e oficiais da Wehrmacht e SS. Além disso, a empresa foi acusada de usar mão-de-obra forçada, onde os trabalhadores tinham uma carga diária de 12 horas, com um curto período de intervalo. O empresário, após o término da guerra, foi tachado de “oportunista do Terceiro Reich“, multado em 80 mil marcos, e privado de seus direitos civis. “A fábrica de roupas fundada pelo senhor Hugo Boss produziu roupas de trabalho e achamos que também uniformes da SS. Até agora, nós não temos arquivos na companhia e nós estamos tentando descobrir o que aconteceu“, declarou Monika Steilen, porta-voz da empresa, em 1997, quando a notícia foi divulgada por uma revista austríaca.<br>
 
 
 
Simplificação grosseira:<br>
Após a derrota do III Reich, foi levado aos tribunais mas pegou penas brandas, condenado a indenizar as famílias dos trabalhadores forçados.<br><br>
 
Como era difícil encontrar mão de obra durante a guerra, a fábrica se beneficiou de 140 trabalhadores forçados, à maioria deles, mulheres. Outros 40 prisioneiros de guerra franceses trabalharam para a Hugo Boss de outubro de 1940 a abril de 1941.<br> Eles tinham uma carga diária de 12 horas, com um curto período de intervalo. Após a Segunda Guerra Mundial, Hugo Ferdinand Boss foi processado e multado por sua participação no nazismo.
'''Mais detalhes da marca:'''<br>
Em 1993, os dois netos de Hugo Boss, que fez a empresa e sua linha de roupas masculinas de alta qualidade, aposentaram-se. Sessenta e quatro por cento das ações foram vendidas a Leyton House.<br>
 
DuranteO empresário, após o períodotérmino deda desnazificaçãoguerra, comfoi otachado fimde “oportunista do regimeTerceiro Reich“, multado em 194580 mil marcos, Bosse foiprivado consideradode seus comodireitos "responsável"civis. Apesar disso, ele foi autorizado a continuar tocandoos trabalhos de sua fábrica. Mas, não viveu tempo suficiente para ver sua empresa virar uma grife mundialmente famosa. Faleceu no ano de 1948 em Metzingen, morrendosua cidade natal, aos 63 anos.
Na primeira marca criada, Hugo, era dirigida para homens mais jovens. Esta linha de roupas foi mais chique que o adapte às originais e ao custo do consumidor, bem menor.
Em 1998, com o lançamento da Hugo Woman, pela primeira vez a marca criou peças para o público feminino.<br>
No início dos anos de 1990 a coleção cresceu e surgiram camisas, gravatas, malhas e casacos de pele. Além das roupas, também os cosméticos, óculos e perfumes passaram a fazer parte do catálogo da marca alemã.<br>
A Hugo Boss recuperou prestígio e os resultados financeiros de 2010 e 2011 foram record para a marca.<br>
A outra marca que foi instituída é a Baldessarini. O nome veio do designer italiano, que produziu fatos de alta qualidade para Hugo Boss. Esta linha de vestuário foi o homem destinado a executivos, que poderiam pagar mais por seus ternos. Estes fatos de alta qualidade foram criados com alta qualidade de tecidos italianos. Foi quando a empresa foi adquirida pelo grupo de moda italiano Marzotto.<br>
 
“A fábrica de roupas fundada pelo senhor Hugo Boss produziu roupas de trabalho e achamos que também uniformes da SS. Até agora, nós não temos arquivos na companhia e nós estamos tentando descobrir o que aconteceu“, declarou Monika Steilen, porta-voz da empresa, em 1997, quando a notícia foi divulgada por uma revista austríaca.
 
Em 1993, os dois netos de Hugo Boss, que fez a empresa e sua linha de roupas masculinas de alta qualidade, aposentaram-se. Sessenta e quatro por cento das ações foram vendidas a Leyton House.<br>
'''Sobre seu PASSADO NAZISTA:'''<br>
A marca alemã Hugo Boss emitiu um pedido formal de desculpas dia 22 de setembro de 2011, por ter usado mão de obra escrava na produção de uniformes nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
No comunicado, a empresa expressa o seu profundo pesar às vítimas que sofreram na fábrica dirigida por Hugo Ferdinand. “Nós nunca escondemos nada e sempre buscamos trazer clareza ao que aconteceu no passado. É nossa responsabilidade com a empresa, com nossos funcionários, nossos clientes e com todos os interessados na história da Hugo Boss.”<br>
O pedido de desculpas foi realizado após o lançamento de um novo livro que revela a ligação do estilista alemão com o nazismo. Segundo a publicação, Hugo Boss, não somente era o estilista preferido de Hitler como também um fervoroso adepto do partido nazista.<br>
 
Na primeira marca criada, Hugo, era dirigida para homens mais jovens. Esta linha de roupas foi mais chique que o adapte às originais e ao custo do consumidor, bem menor. Em 1998, com o lançamento da Hugo Woman, pela primeira vez a marca criou peças para o público feminino. No início dos anos de 1990 a coleção cresceu e surgiram camisas, gravatas, malhas e casacos de pele. Além das roupas, também os cosméticos, óculos e perfumes passaram a fazer parte do catálogo da marca alemã. A Hugo Boss recuperou prestígio e os resultados financeiros de 2010 e 2011 foram record para a marca.
'''OUTROS PASSADOS:'''<br>
A Hugo Boss não é a única empresa a encomendar estudos independentes para resgatar os laços com o nazismo no passado. Em 2011 também, a Quandts, família de industriais e acionistas majoritárias da BMW, quebrou seu silêncio. Ela admitiu ter feito uso de milhares de trabalhadores forçados e de terem fechado vários negócios com o governo nazista.<br>
Em 1999, Deutsche Bank encomendou uma investigação interna sobre as práticas de empréstimo da companhia durante o período nazista. Foi revelado que créditos do banco foram usados para erguer o campo de concentração de Auschwitz.<br>
O Ministério alemão de Assuntos Estrangeiros também fez uma busca sobre seu passado e descobriu que muitos de seus diplomatas dos anos 1950 e 1960 tiveram passado nazista.<br>
Segundo estudos, cerca de 90% das empresas alemãs se beneficiaram do trabalho escravo ou semiescravo durante a Segunda Guerra Mundial. Calcula-se que no final de 1944 havia, em toda a Alemanha, 7,7 milhões de trabalhadores forçados em todo o país.<br>
Para compensar as vítimas, o governo alemão estabeleceu um fundo de reparação no final dos anos 1990. Empresas com passado nazista disponibilizaram recursos para o fundo, entre elas a Hugo Boss.<br>
 
A outra marca que foi instituída é a Baldessarini. O nome veio do designer italiano, que produziu fatos de alta qualidade para Hugo Boss. Esta linha de vestuário foi o homem destinado a executivos, que poderiam pagar mais por seus ternos. Estes fatos de alta qualidade foram criados com alta qualidade de tecidos italianos. Foi quando a empresa foi adquirida pelo grupo de moda italiano Marzotto.<br>
'''A marca no mundo'''<br> Os produtos da '''HUGO BOSS''', como coleções de roupas, óculos, perfumes, sapatos e relógios, divididos em três sub-marcas principais, estão disponíveis em 124 países através de 1.500 lojas da grife (somadas as unidades próprias, franqueadas e parcerias) e em mais de 5 mil lojas de departamento e multimarcas. Aproximadamente 62% de suas vendas são geradas no continente Europeu, com a América respondendo por outros 22%. A linha BOSS BLACK corresponde a 68% do faturamento da empresa alemã. Os produtos da marca são fabricados em vários locais, como por exemplo, em Izmir na Turquia (sua fábrica mais importante); Radom na Polônia (sapatos); Morrovalle na Itália (sapatos e artigos de couro); Cleveland nos Estados Unidos (ternos); e Metzingen na Alemanha.<br>
<br>
'''A linha do tempo:'''<br>
1985<br>
● Após 70 anos dedicando-se à moda, a grife lança seu primeiro perfume masculino, BOSS, ingressando assim em mais um rentável segmento de consumo.<br>
1987<br>
● Lançamento do perfume masculino BOSS SPORT.<br>
1989<br>
● Lançamento do BOSS WHITE, primeiro perfume feminino da marca alemã.<br>
1993<br>
● Lançamento da HUGO, linha voltada às criações mais jovens. A linha feminina foi lançada no mercado em 1998.<br>
● Lançamento da BALDESSARINI, linha de luxo mais independente cuja direção artística ficou a cargo do austríaco Werner Baldessarini. Essa marca foi vendida em meados de 2006 quando a recém lançada BOSS BLACK SELECTION a superou em vendas.<br>
1995<br>
● Lançamento do perfume HUGO MAN, que impulsionou a marca em todo o mundo, se transformando em um dos mais bem-sucedidos lançamentos em sua história. O tradicional perfume inovou também na forma de seu frasco, inspirado em um autêntico cantil militar, contendo um cinturão de lona verde que prende a tampa. Em 2009, foi lançada uma edição especial com um novo frasco desenvolvido pelo designer karim Rashid, cuja tiragem foi de apenas 1.000 unidades.<br>
1998<br>
● Lançamento do perfume masculino BOSS BOTTLED.<br>
1999<br>
● Lançamento da BOSS ORANGE, uma marca masculina com tendência esportiva e casual, separando-se da imagem sofisticada da HUGO BOSS. A linha feminina seria introduzida em 2005. Esta linha foi relançada em 2010 com roupas mais casuais.<br>
● Lançamento do perfume masculino HUGO DARK BLUE.<br>
2000<br>
● Lançamento da BOSS WOMAN, composta da primeira coleção de prêt-à-porter feminina, criada num estúdio independente em Milão e sob o comando de um estilista de fora da empresa. A expansão não atingiu o sucesso esperado, levando seus dirigentes a redirecionarem a produção feminina à Alemanha, onde os estilistas da casa conseguiram salvar o projeto.<br>
2002<br>
● Lançamento da BOSS GREEN (antes conhecida como BOSS SPORT), linha onde a roupa esporte converge com a moda atual, combinando materiais funcionais com um vestuário esportivo. A linha é composta por peças especiais para a prática de golfe, contemplando homens ativos e ligados à moda A linha feminina foi lançada em 2010.<br>
● Lançamento de uma série limitada de bicicletas feitas em alumínio e visual retrô.<br>
● Lançamento do perfume masculino BOSS IN MOTION.<br>
2003<br>
● Lançamento da BOSS BLACK SELECTION, grife que enxerga a moda como manifestação moderna do luxo. A atenção aos detalhes, aos tecidos mais seletos do mercado e a elaboração artesanal caracterizam esta linha.<br>
● Inauguração de sua loja âncora em plena Avenida Champs-Elysées, em Paris.<br>
● Lançamento do perfume feminino BOSS INTENSE.<br>
2005<br>
● Lançamento da BOSS SKIN, sua linha de cosméticos masculinos.<br>
2007<br>
● Lançamento do perfume feminino BOSS FEMME.<br>
2009<br>
● Lançamento do perfume feminino BOSS ORANGE.<br>
● Lançamento do perfume HUGO ELEMENT.<br>
2011<br>
● Lançamento do perfume JUST DIFFERENT, que contou com o ator e músico Jared Leto como garoto-propaganda.<br>
● Lançamento do perfume BOSS ORANGE MAN, que tinha como garoto-propaganda o ator Orlando Bloom, escolhido por simbolizar o estilo de vida do homem metropolitano que a marca reflete.<br>
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<br>
'''Você sabia?'''<br>● Tendo começado como um negócio familiar, nenhum membro da família Boss tem alguma participação nos negócios hoje em dia.
 
A marca alemã Hugo Boss emitiu um pedido formal de desculpas dia 22 de setembro de 2011, por ter usado mão de obra escrava na produção de uniformes nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. No comunicado, a empresa expressa o seu profundo pesar às vítimas que sofreram na fábrica dirigida por Hugo Ferdinand. “Nós nunca escondemos nada e sempre buscamos trazer clareza ao que aconteceu no passado. É nossa responsabilidade com a empresa, com nossos funcionários, nossos clientes e com todos os interessados na história da Hugo Boss.”<br> O pedido de desculpas foi realizado após o lançamento de um novo livro que revela a ligação do estilista alemão com o nazismo. Segundo a publicação, Hugo Boss, não somente era o estilista preferido de Hitler como também um fervoroso adepto do partido nazista.
 
A Hugo Boss não é a única empresa a encomendar estudos independentes para resgatar os laços com o nazismo no passado. Em 2011 também, a Quandts, família de industriais e acionistas majoritárias da BMW, quebrou seu silêncio. Ela admitiu ter feito uso de milhares de trabalhadores forçados e de terem fechado vários negócios com o governo nazista. Em 1999, Deutsche Bank encomendou uma investigação interna sobre as práticas de empréstimo da companhia durante o período nazista. Foi revelado que créditos do banco foram usados para erguer o campo de concentração de Auschwitz. O Ministério alemão de Assuntos Estrangeiros também fez uma busca sobre seu passado e descobriu que muitos de seus diplomatas dos anos 1950 e 1960 tiveram passado nazista. Segundo estudos, cerca de 90% das empresas alemãs se beneficiaram do trabalho escravo ou semiescravo durante a Segunda Guerra Mundial. Calcula-se que no final de 1944 havia, em toda a Alemanha, 7,7 milhões de trabalhadores forçados em todo o país. Para compensar as vítimas, o governo alemão estabeleceu um fundo de reparação no final dos anos 1990. Empresas com passado nazista disponibilizaram recursos para o fundo, entre elas a Hugo Boss.
 
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