Joaquim António de Aguiar: diferenças entre revisões

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Tendo-se doutorado, no ano de [[1816]], foi opositor a uma das cadeiras da Faculdade de Direito, sendo seleccionado com o voto unânime da congregação universitária. Começou então a exercer funções docentes, que acumulava com as de fiscal da Fazenda e de conservador da Universidade.
 
=== Início de carreira ===))
Sendo conhecido pelas suas ideias liberais, foi preterido na nomeação para um lugar nas colegiaturas dos Colégios de São Pedro e de São Paulo da Universidade de Coimbra, a favor de outros candidatos considerados de menor mérito. Essa situação foi levada às [[Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa]], então reunidas em Lisboa na sequência da [[Revolução Liberal de 1820]], as quais deliberaram, depois de acalorada discussão, admiti-lo, sem mais formalidade, no lugar da colegiatura de São Pedro, o que lhe granjeou grandes inimizades. Em resposta, Joaquim António de Aguiar publicou em Setembro de [[1822]] um folheto em que demonstrava as suas ideias de assumido liberal.
 
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Voltou então a Coimbra, mas foi logo intimado pelo conservador da Universidade que, por ordem do Governo, devia sair da cidade no prazo de 24 horas, desterrado para [[Tabuaço]]. Não considerando prudente ir para aquela vila, recolheu-se ao Porto, mas logo se viu obrigado a emigrar para [[Londres]]. No entretanto, foi declarado rebelde em Portugal e banido para sempre da Universidade de Coimbra.
 
Junto da emigração liberal portuguesa em Londres exerceu grande actividade, sendo um dos maiores aliados de [[Pedro de Sousa Holstein]], então [[marquês de Palmela]], na condução da política do governo no exílio e na preparação teórica da implantação do liberalismo em Portugal.
 
Participou na expedição de socorro à ilha [[Terceira]] que foi comandada por [[João Oliveira e Daun, Duque de Saldanha|João Carlos Oliveira e Daun]], o futuro [[marechal Saldanha]], e que se gorou devido ao bloqueio britânico então imposto às forças liberais acantonadas nos Açores. Teve então de procurar refúgio em [[Brest]], de onde pouco depois conseguiu atingir a ilha Terceira. Estando integrado no Corpo dos Voluntários da Rainha, foi transferido para o Corpo Académico então estacionado na vila da [[Praia da Vitória|Praia]].
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A [[1 de Maio]] de [[1860]] foi chamado à presidência do gabinete ministerial, mas o seu governo foi efémero, já que foi demitido a [[4 de Julho]] daquele mesmo ano.
 
Já no período agudo de instabilidade do regime da [[Monarquia Constitucional]] portuguesa que se seguiu ao falhanço da [[Regeneração]], voltou ao poder, pela última vez, a [[4 de Setembro]] de [[1865]], mas governou por apenas alguns meses, já que a [[4 de Janeiro]] de [[1866]] foi derrubado pelo movimento da [[Janeirinha]].
 
=== Últimos anos e morte ===