Sancho I de Aragão: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
completo referencias, etc.
Linha 23:
 
'''Sancho I de Aragão''' também denominado '''Sancho Ramirez''' (ca. [[1043]]{{HarvRef|Lapeña Paúl|2004|p=22}} — [[4 de Junho]] de [[1094]]), ''Sancho Ramírez'' em [[castelhano]], rei de [[Reino de Aragão|Aragão]] entre [[1063]]-[[1094]] e de [[Reino de Navarra|Pamplona]] entre [[1076]]-[[1094]]. Conhecido como Sancho I de Aragão e como V de Pamplona.
Filho de [[Ramiro I de Aragão]] e [[Ermesinda de Foix]],{{HarvRef|Lapeña Paúl|2004|p=21-22}} casou-se em primeiras núpcias, possivelmente em [[1065]], com [[Isabel de Urgel]] de onde nasceria o futuro rei [[Pedro I de Aragão|Pedro I]].
 
== Biografia ==
Sucedeu a seu pai com 18 anos de idade, em [[1063]]<ref>Vicente Salas Merino, ''La Genealogía de los Reyes de España'', (Visionnet, 2007), 220.</ref>. Tomou [[Barbastro]] aos muçulmanos, em [[1064]], em união com [[Ermengol III de Urgel]]<ref>Antonio Ubieto Arteta, Creación y desarrollo de la Corona de Aragón, Zaragoza, Anubar (Historia de Aragón), 1987, pág. 44. ISBN 84-7013-227-X</ref>, [[Condado de Urgel|conde de Urgel]], que morreu na contenda, ainda que no ano seguinte, [[Ahmad al-Muqtadir|Al-Muqtadir]], rei da [[Taifa de Saragoça]], reagiu solicitando a ajuda de todo o [[Al-Andalus]], convocando à [[jihad]] e voltando a recuperar Barbastro em [[1065]]. Há que recordar que Barbastro era capital do distrito nordeste do [[reino de Saragoça]], e chave da rica [[várzea]] do Cinca, além de sede de um importante mercado.{{HarvRef|Lapeña Paúl|2004|p=159-160}}
 
Em [[1068]] Sancho Ramírez viaja a [[Roma]] para consolidar o jovem Reino de Aragão oferecendo em vasalagem ao [[Papa]]. Este vínculo está documentado inclusive na quantia do tributo de 600 marcos de ouro ao ano que devia pagar ao [[Estados Pontifícios|Estado Pontifício]] o [[Reino de Aragão]]. Alegou-se uma possível ligação desta relação feudo-vasalática com as armas de linhagem e a cor dos fios das fitas de lemnisco das quais pendiam os selos papais com o emblema de paus de ouro de gules que constituirá, a partir de [[Afonso II de Aragão]], o sinal real do rei de Aragão.<ref>Guillermo Fatás y Guillermo Redondo,[http://www.derechoaragones.es/es/catalogo_imagenes/grupo.cmd?posicion=72&path=1269&forma=&presentacion=pagina ''Blasón de Aragón: el escudo y la bandera''], Zaragoza, Diputación General de Aragón, D.L. 1995, pág. 68.</ref>
 
O rei de Navarra, [[Sancho Garcês IV de Pamplona]], primo de Sancho Ramires, foi assassinado pelo seu próprio irmão Ramón, em 1076 que numa caçada o lançou de uma elevada rocha. Os navarros, não querendo ser governados pelo fratricida, elegeram para seu rei Sancho Ramires, o qual incorporou a coroa de Pamplona à de Aragão.
 
Em [[1078]] devastou os campos de [[Saragoça]], construiu a fortaleza de Castellar, e mais tarde obrigou a pagar tributo o rei muçulmano dessa cidade. Em [[1083]] apoderou-se do castelo de [[Graus]], de [[Piedratajada]] e de [[Ayerbe]] que mandou repovoar. A conquista da planície ia-se assegurando com a construção de castelos que serviam de rampa de lançamento para as conquistas e posteriormente como protecção das terras conquistadas.
 
Mandou construir os castelos de [[Castelo de Loarre|Loarre]], Obanos, [[Castelo de Montearagão|Montearagão]], [[Castelo de Artasona|Artasona]], Castiliscar, etc.
 
No ano [[1086]], tendo conquistado [[Monzón]], ofereceu esta praça com título de reino ao seu filho D.o infante Pedro, que já o era de [[Sobrarbe]] e [[Condado de Ribagorza|Ribagorza]].<ref>Antonio Ubieto Arteta,[http://www.derechoaragones.es/es/catalogo_imagenes/grupo.cmd?posicion=116&path=1452&presentacion=pagina ''Historia de Aragón, vol. 1. La formación territorial''], Zaragoza, Anubar, 1981, pág. 100. ISBN 84-7013-181-8.</ref><ref>Lema Pueyo (2008:32-33, 47)</ref>
 
Para estabelecer relações cordiais com Castela, ajudou a Afonso VI na batalha de [[Batalha de Zalaca|Sagrajas]] ([[1086]]) e na defesa de [[Toledo]] ([[1090]]) e, finalmente, assinou um tratado de ajuda mútua com [[El Cid|El Cid Campeador]] ([[1092]]).
 
Completou o cerco de [[Huesca]] fortificando [[Abiego]], [[Labata]] e [[Santa Eulalia la Mayor]] ([[1092]]).
 
Morreu a [[4 de Junho]] do ano de [[1094]] de uma flecha que recebeu ao sitiar [[Huesca]]. O seu corpo foi levado para o [[Castelo de Montearagón|mosteiro de Montearagão]], e transferido posteriormente para o de [[Mosteiro de San Juan de La Peña|San Juan de La Peña]].
 
Durante o seu reinado o rito romano foi introduzido em diversos mosteiros sob a sua jurisdição ([[1071]]). A sua segunda mulher foi [[Felicia de Roucy]], da qual teve o infante D. Fernando de Navarra, [[Afonso I de Aragão]] e [[Ramiro II de Aragão]].
 
== Matrimonio e descendência ==
Casou-se em primeiras nupcias, possivelmente em [[1065]]1062/1063, com [[Isabel de Urgel]], filha do conde [[Armengol III de Urgel]]<ref>Antonio{{HarvRef|Lapeña Ubieto Arteta, Creación y desarrollo de la Corona de Aragón, Zaragoza, Anubar (Historia de Aragón), 1987, pág. 44. ISBN 84Paúl|2004|p=59-7013-227-X</ref>61}} e de Clemência de Bigorre. Divorciou-se em [[1071]]. Desta união nasceu:
Foi filho de [[Ramiro I de Aragão]] ([[Aibar]], [[Navarra]], [[1015]] - [[Batalha de Graus]], [[8 de Maio]] de [[1063]]) que foi o primeiro rei de [[Aragão]], tendo reinado entre [[1035]] e [[1063]]<ref>{{cita web |url=http://books.google.es/books?id=l4JQIkW1yrsC&lpg=PA48&dq=&pg=PA48#v=onepage&q=&f=false |título=Diccionario de historia de España |fechaacceso=26 de septiembre |añoacceso=2011 |apellido=Alvar Ezquerra |nombre=Jaime |año=2001 |formato=pdf |editor=Ediciones Istmo |ubicación=Tres Cantos. Madrid |página=48 |doi=ISBN 84-7090-366-7 |cita=Ramiro I (1035-1063) es considerado el primer rey privativo de Aragón, aunque es probable que no llegara a utilizar el título ''rex''.}}</ref> e de Ermesinda de Foix (c. [[1020]] - [[1049]]) filha de [[Bernardo I Rogério de Foix]] ([[981]] — [[1036]]/[[1038]]), [[Condado de Foix|conde de Foix]].
 
Casou-se em primeiras nupcias, possivelmente em [[1065]], com [[Isabel de Urgel]], filha do conde [[Armengol III de Urgel]]<ref>Antonio Ubieto Arteta, Creación y desarrollo de la Corona de Aragón, Zaragoza, Anubar (Historia de Aragón), 1987, pág. 44. ISBN 84-7013-227-X</ref> e de Clemência de Bigorre. Divorciou-se em [[1071]]. Desta união nasceu:
#[[Pedro I de Aragão]] ou '''Pedro I Sánchez''' ''"o Católico"'' (cerca 1068 - 1104), rei de Pamplona e Aragão em (1094 - 1104) casou por duas vezes, a primeira em [[Jaca (Huesca)|Jaca]] no ano de 1086 com Inês da Aquitânia (morreu 6 junho 1095){{HarvRef|Lapeña Paúl|2008|p=33-36}} e a segunda em [[Huesca]] no dia 16 de Agosto de 1097 com Berta.
Linha 58 ⟶ 56:
#[[Afonso I de Aragão]] ou '''Afonso I Sánchez''' ''"o Batalhador"'' (1073 - 15 de Setembro de 1134), rei de Pamplona e Aragão em 1104 - 1134, casado com [[Urraca I de Leão e Castela]].
#[[Ramiro II de Aragão]] ou '''Ramiro II Sánchez''' ''"o Monge"'' (24 de abril de 1086 - 24 de agosto de 1157), rei de Aragão em [[1134]] - [[1137]], casado com [[Inês da Aquitânia]].
 
== Notas ==
<references group="n." />
 
{{Referências|col=2}}