Linguística comparativa: diferenças entre revisões

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'''Lingüística comparativa''' (originalmente '''filologia comparativa''') é um ramo da [[linguística histórica]] que se ocupa da comparação entre as [[idioma|línguas]] para estabelecer suas relações históricas ([[Relação genética (lingüística)|genéticas]]).
{{sem-notas|data=Maio de 2012}}
A história da '''lingüística comparativa''' tem início no [[século XIX]], com a hipótese genética ou genealógica. Na hipótese genética, são evocadas as questões referentes à natureza e pontuadas as relações entre as línguas. As línguas são classificadas em [[Famílias de línguas|famílias]] e consideradas como organismos vivos. A teoria dos primeiros gramáticos comparativos era que, no decorrer do tempo, as línguas passavam por progressos ou retrocessos através de mecanismos de mudança.
 
A história da '''lingüística comparativa''' temnasce no início no [[século XIX]], com a hipótese genética ou genealógica. Na hipótese genética, são evocadas as questões referentes à natureza e pontuadas as relações entre as línguas. As línguas são classificadas em [[Famílias de línguas|famílias]] e consideradas como organismos vivos. A teoria dos primeiros gramáticos comparativos era a de que, no decorrer do tempo, as línguas passavam por progressos ou retrocessos através de mecanismos de mudança.
== O Início da pesquisa lingüística comparativa ==
 
== O Início da pesquisa lingüísticalinguística comparativa ==
 
[[William Jones (filólogo)|William Jones]], linguista [[ingleses|inglês]], foi o primeiro a apontar as afinidades formais entre o [[Língua grega|grego]], o [[latim]], o [[Língua persa|persa]] e o [[sânscrito]]. Num discurso proferido perante a [[Sociedade Asiática]], em [[Calcutá]], no ano de [[1786]], Jones reconhecia uma relação entre estas línguas, limitando-se, porém, à descrição, não havendo em seu discurso qualquer sistema comparativo que explicasse as similaridades ou diferenças entre as línguas abordadas.
 
O interesse pela origem das línguas foi despertado pela influência sobre os filólogos[[filólogo]]s que o comparativismo exerceu sobre a [[anatomia]], a [[biologia]] e a [[paleontologia]]. Une-se a este fato o conhecimento, cada vez mais amplo, de semelhanças entre as línguas, evidência de algum parentesco lingüístico que ainda não tinha sido explorado substancialmente.
 
== Os comparativistas alemães ==
Após a conferência de Jones, [[Friedrich Vonvon Schlegel]] publicou, em [[1808]], a obra ''Über die Sprache und die Weisheit der Indier''. Na obra, Schlegel faz comparações sistemáticas e estabelece critérios de classificação entre as línguas. Há, para Schlegel, três tipos de língua: as ''isolantes'' (sem flexões), as ''sintéticas'' (com flexões) e as ''aglutinantes'' (seqüências de unidades presas). Dentro deste esquema comparativo, o [[sânscrito]] é visto como uma língua decadente, em oposição ao [[latim]], que é uma língua mais desenvolvida. OutrasOutra oposiçõesoposição feitasfeita por Schlegel é entre formas orgânicas e mecânicas, sendo as primeiras inflexionais para efeito de mudança, e as segundas passíveis de mudanças (<ref>MOUNIN, Georges. ''História da linguística : das origens ao século XX''. Porto: Despertar, 1970, p. 162)</ref> .
 
Após as importantes pesquisas de Schlegel, surgiram os estudos de [[August Von Schleicher]]. Na obra ''Compendium der vergleichenden Grammatik der indogermanischen Sprachen'', de 1861-1862, ele elaborou em seus estudos no indo-europeu a “teoria da árvore genealógica” (''Stammbautheorie''): há uma língua antepassada, cuja mudança gerou diversas ramificações. O resultado de sua pesquisa foi a definição de dois grandes ramos lingüísticos: o ocidental e o oriental. O método de pesquisa de Schleicher foi isolar as estruturas gramaticais e elementos lexicais de várias línguas indo-européias, analisando-os comparativamente. Ele o faz procurando reconstruir palavras por um parentesco hipotético entre as línguas, utilizando para isto uma “aplicação rigorosa de leis apropriadas do som” (BYNON, Theodora, 1992, p. 382).
 
Após as importantes pesquisas de Schlegel, surgiram os estudos de [[August Von Schleicher]]. Na obra ''Compendium der vergleichenden Grammatik der indogermanischen Sprachen'', de 1861-1862, ele elaborou em seus estudos nodo indo-europeu a “teoria''teoria da árvore genealógica”genealógica'' (''Stammbautheorie'')<ref>BASSETTO, Bruno Fregni. [http://books.google.com.br/books?id=gqDLA29h2o4C&pg=PA81&lpg=PA81&dq=teoria+da+%C3%A1rvore+geneal%C3%B3gica&source=bl&ots=nD28ZFcydJ&sig=upfN4Ukblvm6yS7wwd_-WVX2vsM&hl=pt-BR&sa=X&ei=YMtTUcGaDYPk9ASD0YGYCA&ved=0CEkQ6AEwAw#v=onepage&q=teoria%20da%20%C3%A1rvore%20geneal%C3%B3gica&f=false ''Elementos de filologia românica'']. [[Edusp]], 2001, p. 81-82.</ref>: há uma língua antepassada, cuja mudança gerou diversas ramificações. O resultado de sua pesquisa foi a definição de dois grandes ramos lingüísticos: o ocidental e o oriental. O método de pesquisa de Schleicher foi isolar as estruturas gramaticais e elementos lexicais de várias [[línguas indo-européias]], analisando-os comparativamente. Ele o faz procurando reconstruir palavras por um parentesco hipotético entre as línguas, utilizando para isto uma “aplicação"aplicação rigorosa de leis apropriadas do som”som." (<ref>BYNON, Theodora. "August Schleicher". In: BRIGHT, William (Ed.). ''Internacional Encyclopedia of Linguistics''. Vol. 3. Oxford: Oxford University Press, 1992, p. 382).</ref><ref> BYNON, Theodora; PALMER, F. Frank Robert. [http://books.google.com.br/books?id=bRTWYyhIm3gC&pg=PA143&lpg=PA143&dq=BYNON,+Theodora.+%22August+Schleicher%22++sound+%22Studies+in+the+History+of+Western+Linguistics%22&source=bl&ots=ZfS5IebPu1&sig=o9FICtGB9BhkX0_6b2ArZhL3z94&hl=pt-BR&sa=X&ei=08dTUdbTNJSA9QSQ6ICAAg&ved=0CDsQ6AEwAg#v=onepage&q=BYNON%2C%20Theodora.%20%22August%20Schleicher%22%20%20sound%20%22Studies%20in%20the%20History%20of%20Western%20Linguistics%22&f=false ''Studies in the History of Western Linguistics'']. Cambridge University Press, 2009, p.129s.</ref>
Após a análise das estruturas gramaticais feita por Schleicher, [[Franz Bopp]] publicou, em 1816, a obra ''Über das Conjugationssystem der Sanskritsprache: In Vergleichung mit jenem der griechischen, lateinischen, persischen und germanischen Sprache''. Na obra, Bopp destaca elementos morfológicos: trata da importância das inflexões na conjugação dos verbos, comparando este fenômeno lingüístico em várias línguas distintas.
 
== O comparativismo dinamarquês: Rasmus Rask ==
Na [[Dinamarca]], [[Rasmus Christian Rask|Rasmus Rask]] publicou um ensaio manuscrito intitulado ''Undersøgelse om det gamle nordiske Eller Islandske sprogs oprindelse'', escrito em 1814 e publicado em 1818. Nesta obra, Rask analisou diferentes formas de diferentes línguas usando a metodologia comparativa. Seus princípios são muito semelhantes à “Lei[[Lei de Grimm”Grimm]], com a diferença de que foi uma pesquisa independente e anterior à obra ''Deutsche Grammatik''.
 
== Wilhelm Vonvon Humboldt e a classificação das línguas ==
As pesquisas continuaram com [[Wilhelm von Humboldt]], que classificou as línguas como ''isolantes'', ''aglutinantes'' e ''flexionais''. Na obra ''Über die Versschiedenheit des menschlichen Sprachbaues und ihren einfuss auf die geistige Entuwickelung des Menschengerschlechts'', estabeleceu critérios estruturais para as mesmas e definiu regras de aglutinação e substituição. Humboldt ainda afirma, nesta obra, ser a estrutura das línguas consiste numum reflexo do ''Volksgeist'' (espírito do povo). Ao mesmo tempo, esta manifestação coletiva, que é a língua, reflete a individualidade do espírito humano, que impõe sobre o mundo a sua ação. Afirma Von Humboldt:
 
''A força do espírito, que desde a profundidade e plenitude de seu interior impõe sua ação sobre o curso das coisas deste mundo, é o verdadeiro princípio criador que rege a evolução a um tempo escondida e misteriosa da humanidade, e é o que mais conduz à frente a evolução manifesta, visivelmente composta de concatenações de causas e efeitos. Esta peculiaridade singular do espírito dá novo alcance ao conceito de intelectualidade humana, já que, quando se manifesta, se fazé de forma inesperada''... ''Quando assim ocorre, a forma antiga da língua seé fragmentafragmentada e mesclada com elementos estranhos, seu verdadeiro organismo se decompõe, e as forças que lutam para impelir-se impor não conseguem fazer dela o fundamento de uma nova via sem insufarinsuflar-lhe um princípio vital que ofereça novo impulso ao espírito''. (VON <ref>HUMBOLDT, Wilhelm von. [http://books.google.com.br/books?id=QaFygO4orf8C&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false ''Sobre la diversidad de la estructura del lenguaje humano y su influencia sobre el desarrollo spiritual de la humanidad'']. Trad. e prólogo de Ana Agud. Barcelona: Centro de Publicaciones del MEC, 1990, p. 35-36), ''apud'' [http://www.briankibuuka.com.br/aulalinguisticasecxix.pdf "A Linguística no século XIX: origens e proposições da gramática moderna em seus primórdios"], por Brian Gordon Lutalo Kibuuka. UFRJ, abril de 2010.</ref>
== Wilhelm Von Humboldt e a classificação das línguas ==
As pesquisas continuaram com [[Wilhelm von Humboldt]], que classificou as línguas como isolantes, aglutinantes e flexionais. Na obra ''Über die Versschiedenheit des menschlichen Sprachbaues und ihren einfuss auf die geistige Entuwickelung des Menschengerschlechts'', estabeleceu critérios estruturais para as mesmas e definiu regras de aglutinação e substituição. Humboldt ainda afirma, nesta obra, ser a estrutura das línguas consiste num reflexo do Volksgeist (espírito do povo). Ao mesmo tempo, esta manifestação coletiva, que é a língua, reflete a individualidade do espírito humano, que impõe sobre o mundo a sua ação. Afirma Von Humboldt:
 
Percebe-se que Humboldt entende que a linguagem seja uma habilidade criadora humana, com caráter universal, e que a língua seja fruto da capacidade do falante em produzir um número infinito de atos da fala. De igual modo, estes inúmeros atos, dentro da coletividade, também representam o espírito coletivo da comunidade de falantes, o que implica dizer que “cada"cada língua tem fundamento no espírito dos povos e nas famílias dos respectivos povos” (VON povos".<ref>HUMBOLDT, 1990, p. 40</ref>). Há em Humboldt uma abordagem da linguagem e da língua na perspectiva individual e coletiva.
A força do espírito, que desde a profundidade e plenitude de seu interior impõe sua ação sobre o curso das coisas deste mundo, é o verdadeiro princípio criador que rege a evolução a um tempo escondida e misteriosa da humanidade, e é o que mais conduz à frente a evolução manifesta, visivelmente composta de concatenações de causas e efeitos. Esta peculiaridade singular do espírito dá novo alcance ao conceito de intelectualidade humana, já que, quando se manifesta, se faz de forma inesperada... Quando assim ocorre, a forma antiga da língua se fragmenta e mesclada com elementos estranhos, seu verdadeiro organismo se decompõe e as forças que lutam para impelir-se não conseguem fazer dela o fundamento de uma nova via sem insufar-lhe um princípio vital que ofereça novo impulso ao espírito (VON HUMBOLDT, 1990, p. 35-36)
 
Percebe-se que Humboldt entende que a linguagem seja uma habilidade criadora humana, com caráter universal, e que a língua seja fruto da capacidade do falante em produzir um número infinito de atos da fala. De igual modo, estes inúmeros atos, dentro da coletividade, também representam o espírito coletivo da comunidade de falantes, o que implica dizer que “cada língua tem fundamento no espírito dos povos e nas famílias dos respectivos povos” (VON HUMBOLDT, 1990, p. 40). Há em Humboldt uma abordagem da linguagem e da língua na perspectiva individual e coletiva.
 
== Jacob Grimm e os princípios flexionais ==
Uma obra muito importante na história da pesquisa da gramática comparativa é a ''Deutsche Grammatik'', de [[Jacob Grimm]], cuja primeira edição é de [[1819]], e a segunda de [[1922]]. Na obra, foram trazidos novos e importantes princípios flexionais. O primeiro princípio, o ''Ablaut'', marca as mudanças nas formas verbais das línguas a partir de uma forma indo-européia. O segundo princípio, o ''Umlaut'', consiste um novo processo que ocorre nas línguas germânicas, marcando alterações de natureza distinta. Por descrever os processos de mudança fonológica e correspondência fonética, os critérios que estabeleceu passaram a ser conhecidos como “Lei"[[Lei de Grimm”Grimm]]". Nesta lei são considerados processos recorrentes, fenômenos de massa, dados fora do controle humano e confusão entre letras e sons como elementos fundamentais para modificações no plano fonológico das línguas pertencentes ao mesmo [[tronco lingüísticolinguístico]].
 
== ''Die Darwinsche Theorie und die Sprachwissenschaft'' e a pesquisa sobre o indo-europeu ==
Mais uma vez, [[August Schleicher]] alcançou importância quando, em [[1863]], publicou ''Die Darwinsche Theorie und die Sprachwissenschaft''. Nesta obra, Schleicher isolou estruturas aglutinantes e estruturas inflexionáveis. Explicou estes fenômenos afirmando que as línguas são orgânicas, e por isto têm um comportamento que pode ser descrito, analisado e previsto.
Os gramáticos comparativos são responsáveis pela pesquisa do [[Indo-europeu|idioma indo-europeu]]. O indo-europeu é uma língua hipotética, sugerida a partir das evidências de uma origem comum para um grupo de línguas que eram faladas num passado remoto entre a Europa (extremo ocidental) e a Índia (extremo oriental). O vocábulo “indo-europeu” foi utilizado pela primeira vez pelo filólogo [[Johann Christoph Adelung]]. O primeiro a observar sistematicamente o idioma indo-europeu dentro do espectro da gramática comparativa foi [[Franz Bopp]]. Em sua gramática comparada de [[1816]] entre o [[sânscrito]], o [[Língua grega|grego]], o [[latim]], o [[Língua persa|persa]] e o [[Línguas germânicas|germânico]]. A segunda gramática de Bopp foi lançada em [[1833]], tratando do sânscrito, do [[Zend-Avesta|zend-avéstico]], do [[latim]], do [[Língua lituana|lituano]], do [[Língua gótica|gótico]] e do [[Língua alemã|alemão]]. No término da publicação, com o advento do segundo volume, foi acrescentado o [[Línguas eslavas|antigo eslavo]].
 
O mérito de Bopp foi evitar generalizações vagas, renovando o estudo das línguas. Porém, além de se deter na [[morfologia]] (raiz, ou atributo; cópula ou predicação; e pessoa ou sujeito), desprezando a evolução fonética e suas regras, o emprego das formas lingüísticas e a estrutura da frase; Bopp ainda considerava mudanças lingüísticas como desintegração da estrutura original organizada. Em suas pesquisas, Bopp concluiu que o sânscrito era a língua que havia conservado os aspectos morfológicos “originais”. Percebe-se em Bopp a influência das concepções dos [[Gramática de Port-Royal|gramáticos de Port-Royal]]. Além das contribuições de Bopp no campo da morfologia, Schleicher e seu discípulo, J. Schmidt, trataram do fonetismo indo-europeu.
 
== A semântica comparativista ==
Entre os gramáticos comparativos, havia aqueles que procuravam descrever a atribuição do sentido às palavras numa língua. A obra ''Semasiologie'', publicada em [[1825]] por [[Karl Christian Reisig]], aborda o significado dos princípios que governam o desenvolvimento do sentido das palavras, considerando a [[sintaxe]] e a [[etimologia]] na [[filologia]] latina. Também [[Hermann Paul]], em ''Prinzipien der Sprachgeschichte'', de 1880; e [[Arsène Darmesteter]], em ''La vie des mots étudiée dans leurs significations'', de [[1887]], tratam da questão. Porém [[Michel Bréal]] é o primeiro a usar o termo “semântica” na obra ''Les lois intellectuelles du langage'', de [[1883]]. As leis descritas por Bréal são psicologicamente motivadas, ou seja, as mudanças na língua são motivadas pela necessidade de uma melhor comunicação e clareza no discurso.
 
== Letra e fonema ==
Também entre os gramáticos comparativos surgiu o conceito de “[[letra]]” e “[[fonema]]”. Grimm, em 1822, usava o termo “letra” (''Buchstabe'') para nomear o símbolo gráfico e o som. O primeiro a diferenciar ambos foi [[A. Dufriche-Desgenettes|Dufriche-Desgenettes]] que, em 1873, usou a palavra ''phonème'' (fonema) para a unidade sonora de uma língua. Sweet, em 1877, estabeleceu um modelo de transcrição fonética, com símbolos distintos para sons distintos. Os fonemas ainda foram descritos por Saussure em 1879, que comparou as diferentes descrições dos fonemas em [[alfabeto]]s de diferentes línguas. Para Kryszewski, em 1879, os fonemas eram unidades psicologicamente autônomas. [[Jan Niecisław Baudouin de Courtenay|Baudouin de Courtenay]] estabeleceu, em [[1882]], uma distinção abstrata entre [[som]] e [[fala]].
 
== Os neogramáticos ==
Depois do período dos gramáticos comparativistas do período de Grimm, as evoluções fonéticas continuaram a ser estudadas pelos chamados “neogramáticos” (''Junggrammatiker''). A escola surgiu após a dissidência de um grupo de jovens estudantes alemães, que romperam com seu mestre [[Curtius]]. Entre os principais representantes desta escola, estão [[Hermann Osthoff]] e [[Karl Brügmann]], além de [[Hermann Paul]]. Segundo Davies, o ponto principal de discordância entre Curtius e os neogramáticos é a seguinte:
 
“Em"Em 1870, na Alemanha, o anti-organicismo foi associado a um grupo de jovens estudantes congregados em torno do eslavoeslavista [[August Leskien]], de [[Leipzig]]; eles assumiram o nome ''Junggrammatiker'' (Neogramáticos"neogramáticos" é a tradução usual). No prefácio do ''Morphologische ntersuchungen'', de 1878, considerado o manifesto do movimento, [[Karl Brügmann]] e [[Hermann Osthoff]] defendem que a língua não pode ser estudada em separado da fala". (<ref>DAVIES, Anna Morpurgo. "History of linguistics: comparative-historical linguistics". In: BRIGHT, 1992William (Ed.). ''Internacional Encyclopedia of Linguistics''. Vol. 2. Oxford: Oxford University Press, 1992. p. 162159-163.</ref><ref>SANDERS, Carol (ed) [http://books.google.com.br/books?id=KRy-xWG1MvIC&pg=PA16&lpg=PA16&dq=morpurgo+%22August+Leskien%22&source=bl&ots=0Miymu47Uo&sig=kSpIRs9waUY7giJrp73brDbI3N4&hl=pt-BR&sa=X&ei=SsRTUcnhL5Kw8ASG5IDoAQ&ved=0CGIQ6AEwCA#v=onepage&q=morpurgo%20%22August%20Leskien%22&f=false ''The Cambridge Companion to Saussure'']. Cambridge University Press, 2004, p. 16.</ref>
 
{{referências}}
== Referências bibliográficas ==
* BYNON, Theodora. August Schleicher. In: BRIGHT, William (Ed.). Internacional Encyclopedia of Linguistics. Vol. 3. Oxford: Oxford University Press, 1992. p. 382.
* DAVIES, Anna Morpurgo. History of linguistics: comparative-historical linguistics. In: BRIGHT, William (Ed.). Internacional Encyclopedia of Linguistics. Vol. 2. Oxford: Oxford University Press, 1992. p. 159-163.
* VON HUMBOLDT, Wilhelm. Sobre la diversidad de la estructura del lenguaje humano e su influencia sobre el desarrollo spiritual de la humanidad. (Trad. e prólogo de Ana Agud). Barcelona: centro de Publicaciones del MEC, 1990. 435 p.