Nakba: diferenças entre revisões

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A [[Resolução 194 da Assembleia Geral das Nações Unidas|Resolução 194]] da [[Assembleia Geral das Nações Unidas]] de [[11 de dezembro]] de 1948 seria a primeira de uma série de resoluções da ONU a mencionar a necessidade de se chegar a um acordo equitativo e justo para o retorno dos refugiados ou para compensá-los pelas perdas e danos sofridos.<ref>[http://domino.un.org/unispal.nsf/0/c758572b78d1cd0085256bcf0077e51a?OpenDocument Resolução 194] da Assembleia Geral das Nações Unidas.</ref> A ONU considera também os descendentes dos refugiados de 1948, de modo que o número total de refugiados registrados seria, atualmente, superior a 4 milhões.<ref>UNRWA. [http://www.unrwa.org/userfiles/reg-ref(2).pdf Número de refugiados registrados 1950-2008].</ref>
 
em 1948, o [[historiador]] [[Síria|sírio]] [[Constantine Zureiq]] utilizou pela primeira vez o termo ''Nakba'' para se referir ao acontecimento, em seu livro ''Ma'na al-Nakba'' ("O significado do Desastre")<ref>[[Elias Khoury|Khoury, Elias]]. [http://www.nytimes.com/2008/05/18/opinion/18khoury.html "For Israelis, an Anniversary. For Palestinians, a Nakba"], ''[[The New York Times]]'', 18 de maio de 2008.</ref> Para o historiador [[israel]]ense [[Ilan Pappé]], o termo ''Nakba'' foi adotado, por razões compreensíveis, como uma tentativa de se contrapor ao peso moral do [[Holocausto]] dos [[judeus]] (''[[Shoah]]''), mas, ao se referir mais ao desastre em si e não a quem ou o que causou o desastre, o termo pode ter contribuído para a contínua negação pelo mundo da [[limpeza étnica]] da Palestina, a partir de 1948.<ref name ="Pappe">Pappé, Illan. [http://pt.scribd.com/doc/36703781/Ilan-Pappe-The-Ethnic-Cleansing-of-Palestine-full-copy ''The Ethnic Cleansing of Palestine'']. One World Publication 2006 (versão integral). Prefácio, p. xvii.</ref><ref>[http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=4715 The Ethnic Cleansing of Palestine by Ilan Pappe]. Resenha de Stephen Lendman. ''Global Research'', 19 de outubro de 2011.</ref>
 
Segundo o acadêmico palestino [[Nur-eldeen Masalha]] mais de 80% dos habitantes [[árabes]] da região que viria a ser o Estado de Israel abandonaram suas cidades e aldeias.<ref>[[Nur-eldeen Masalha|Masalha, Nur]] (1992). ''Expulsion of the Palestinians: the concept of "transfer" in Zionist political thought, 1882-1948''. Instituto para Estudos Palestinos, ed. 2001, p. 175.</ref> O avanço dos judeus, como o ocorrido em [[Haifa]], somado ao medo de um [[massacre]], após o ocorrido em [[Massacre de Deir Yassin|Deir Yaassin]],<ref>Morris, Benny. ''The Birth of the Palestinian Refugee Problem Revisited'', Cambridge University Press, 2004, pp. 239&ndash;240. ISBN 978-0-521-81120-0</ref> e o colapso da liderança palestina fizeram com que muitos dos habitantes árabes fugissem devido ao pânico. Uma série de leis israelenses sobre a propriedade da terra, aprovadas pelo primeiro governo israelense, impediu que os árabes palestinos retornassem posteriormente aos seus lares ou fizessem valer seus direitos de propriedade. Essas pessoas e muitos dos seus descendentes continuam a ser considerados [[Refugiados palestinos|refugiados]].<ref>Kodmani-Darwish, p. 126; Féron, Féron, p. 94.</ref>