Dinastia dos cometópulos: diferenças entre revisões

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O nome real da dinastia é desconhecido e "Cometopuli" é meramente o nome pelo qual os historiadores bizantinos faziam referências aos governantes da dinastia, pois seu fundador, o ''[[boyar]]'' Nikola, era um ''comes'' (governador, [[cognato]] a "conde"; {{lang-el|Κóμης}}, vindo do [[latim]]; {{lang-bg|Комита}} - ''komita''), provavelmente da região de [[Sredets]] ([[Sófia]]). De acordo com algumas fontes, a dinastia era de origem [[armênios|armênia]]<ref>Em suas obras do século XI, [[Asoghik]] afirmou que Samuil tinha apenas um irmão. De acordo com o autor, que vivia em [[Tercan|Derjan]], uma cidade na região armênia do Império Bizantino, Samuil também era de lá e tinha origem armênia.</ref><ref>A versão de Asoghik é apoiada pelo historiador [[Nicholas Adontz]], que analisou em profundidade os eventos e os fatos da época e chegou à conclusão que Samuil tinha apenas um irmão - David.</ref>. Em 969 e depois da [[Invasão da Bulgária por Sviatoslav|conquista russo-bizantina da Bulgária Oriental]], o conde Nikola assumiu o controle das terras búlgaras a oeste dos rios [[Iskar (rio)|Iskar]] e [[Struma (rio)|Struma]]. Na época da conquista bizantina de [[Preslav]] e a deposição do tsar [[Bóris II da Bulgária|Bóris II]] em 972, Nikola foi assassinado e o governo passou para os seus quatro filhos, David, [[Arão da Bulgária|Arão]], [[Moisés da Bulgária|Moisés]] e [[Samuel da Bulgária|Samuel]] (''Samuil''). David liderava a defesa da região sudoeste e morava em Prespa; Moisés, do sudeste e morava em [[Strumica]]; Arão governava a região de Sredets enquanto que Samuel estava encarregado do norte da Bulgária, com sua capital em [[Vidin|Bdin]].
 
David e Moisés perderam suas vidas logo no início - David assassinado por nômades [[valáquios]] e Moisés durante o cerco de [[Serres (Grécia)|Serres]]. Um conflito irrompeu entre Samuel e Arão conforme este último se tornava mais e mais pró-Bizâncio até que, em 14 de junho de 976, Arão foi executado perto de [[Dupnitza]]. Posteriormente, no mesmo ano, o deposto Bóris II e seu irmão, [[Romano I da Bulgária|Romano]], conseguiram escapar da prisão em [[Constantinopla]] e chegaram até a fronteira búlgara, Bóris foi morto por engano pela guarda de fronteira. Como resultado, Romano é quem foi coroado como tsar búlgaro, ainda que poder de fato e o controle do exército estivessem nas mãos de Samuel.
 
Samuel se mostrou um líder vitorioso, infligindo uma séria derrota aos bizantinos comandados pelo [[imperador bizantino|imperador]] [[Basílio II]] nas [[Batalha das Portas de Trajano|Portas de Trajano]] e retomando o nordeste da Búlgaria. Suas campanhas expandiram as fronteiras da Bulgária até a [[Tessália]] e [[Épiro]] e, em 998, ele conquistou o principado de [[Duklja]]. No ano anterior, ele já havia sido proclamado imperador da Bulgária após a morte do governante legítimo, Romano. Após a morte de Samuel, em 1014, a coroa passou para o seu filho, [[Gavril Radomir]] (r. 1014 – 1015), que, no ano seguinte, foi assassinado pelo seu primo e filho de Arão, [[Ivan Vladislav]]. Com a morte deste em 1018, terminou também o [[Primeiro Império Búlgaro]], ainda que alguns nobres e o exército tenham se juntado a [[Presian II da Bulgária|Presian II]], filho de Ivan, como sucessor. Ele e seus irmãos Arão e [[Alusiano da Bulgária|Alusiano]] lideraram uma determinada oposição à conquista bizantina baseada na montanha de [[Tomorr]] em 1018. Eventualmente, todos foram forçados a se render e acabaram integrados à corte em [[Constantinopla]]. Uma tentativa de restaurar a independência búlgara ocorreu vinte anos depois na [[revolta de Pedro Delyan]] (r. 1040-1041), filho de [[Gravril Radomir]]. Ele, auxiliado por seu primo Alusiano, organizou uma revolta e conseguiu expulsar os bizantinos de [[Ohrid]] por um breve período, mas acabou traído por Alusiano, que recebeu para si e para seus filhos, títulos e terras no [[Império Bizantino]].