Giuseppe Occhialini: diferenças entre revisões
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Beppo voltou para Florença em 1934, mas pelo opressivo clima político, em 1937 aceitou um posto de professor e foi para a [[Universidade de São Paulo]], no [[Brasil]].<ref>{{citar web|url=http://www.agencia.fapesp.br/materia/12667/pioneiro-da-fisica-ganha-mostra.htm |titulo=Pioneiro da física ganha mostra |publicado=Agência FAPESP |acessodata=23 de agosto de 2010}}</ref> Convidado por Gleb Wataghin que, com alguns estudantes, deu inicio a um programa de pesquisas sobre raios cósmicos.
Com a entrada do Brasil na [[Segunda Guerra]] em agosto de 1942, Beppo foi considerado “inimigo”, precisando deixar sua posição e se refugiar por um tempo nas montanhas de [[Itatiaia (Rio de Janeiro)|Itatiaia]]. Nesse período, atuando como meteorologista e guia, escreveu um guia sobre [[alpinismo]] para aquela região (ele foi um [[alpinista]] experiente). Depois do armistício italiano em setembro de 1943, ministrou curso sobre [[raios X]] na USP e se tornou hóspede de [[Carlos Chagas]], permanecendo um ano no Laboratório de Biofísica do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] onde Chagas era diretor, antes de volta para a [[Europa]].
No fim de 1944 foi para o Laboratório H. H. Wills em [[Bristol]] (Inglaterra), chefiado por [[Cecil Powell]]. Lá, usando uma nova abordagem das emulsões para a detecção de [[partículas elementares]], contribuiu para o descobrimento do méson pi (ou píon), no início de 1947. Em 1948 Occhialini foi para a Universidade de [[Bruxelas]].
Em 1950, tornou-se professor da Universidade de [[Gênova]] e dois anos depois mudou-se para [[Milão]], onde trabalhou até o fim de sua vida acadêmica. Grupos de pesquisas foram fundados nesses locais sob sua liderança obtendo uma grande produção científica.
O retorno de Occhialini foi extremamente importante para o renascimento da física na Itália. Como um dos grandes especialistas mundiais na técnica das emulsões de traços nucleares (chapas fotográficas especiais), usada na [[física nuclear]]. As emulsões eram ferramentas baratas e as pesquisas de alguns laboratórios italianos puderam ser fartamente abastecidas pelo INFN. Esses laboratórios puderam contribuir significativamente para vários empreendimentos internacionais. Através da técnica das emulsões várias outras [[partículas subatômicas]] foram descobertas na [[raio cósmico|radiação cósmica]] ou em [[acelerador]]es, além do méson pi.
Quando as emulsões foram substituídas por outras técnicas, Beppo dirigiu sua atenção para física espacial. Nesse campo ele passou o ano de 1960 como professor visitante no [[Instituto de Tecnologia de Massachusetts]] (MIT) com seu mentor Bruno Rossi.
Beppo, junto com [[Edoardo Amaldi]] e outros,
A ''Sociedade Física Européia'' recebeu Occhialini em 1993 (no seu 25° aniversário) como um de seus Membros honorários. Giuseppe Occhialini recebeu o [[Prêmio Wolf de Física]] por suas contribuições e descobertas. Tornou-se um associado da ''Royal Society'', foi eleito para a ''Academia dei Lincei'' e participou de muitas outras sociedades importantes.
A influência de Beppo foi fundamental para que o cientista brasileiro [[César Lattes]] se decidisse pela física experimental, depois de um breve início como teórico. César Lattes foi seu aluno na Universidade de São Paulo no início da década de 1940. A convite de Occhialini, foi para a Universidade de Bristol logo depois do fim da Segunda Guerra, e lá a equipe do Laboratório H. H. Wills, chefiada por Cecil Powell, detectou, no início de 1947, o méson pi (ou píon)
== Reconhecimento ==
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