José Travassos Valdez: diferenças entre revisões

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|nome =José Travassos Valdez
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|imagem_legenda =1.º [[barão do Bonfim|barão]] e 1.º [[conde do Bonfim]]
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|nome_completo =José Lúcio Travassos Valdez
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'''José Lúcio Travassos Valdez''' ([[Elvas]], {{dtlink|lang=pt|23|2|1787}} — [[Lisboa]], {{dtlink|lang=pt|10|7|1862}}), primeiro [[barão]] (1835) e desde 1838 primeiro '''[[conde do Bonfim]]''', foi um estadista e [[político]] [[Portugal|português]] no tempo da [[monarquia]].
 
==Vida==
Em sua juventude, o futuro [[conde]] do Bonfim estudou [[Direito]] na [[Universidade de Coimbra]] e participou a partir de 1808 da revolta portuguesa contra a [[Guerra Peninsular|ocupação napoliônica]] de sua [[Portugal|terra]]. Ele serviu como voluntário sob o comando de [[Gomes Freire de Andrade]] e participou das batalhas da [[Batalha de Roliça|Roliça]] (17 de Agosto de 1808) e de [[Batalha do Vimeiro|Vimeiro]] (21 de Agosto de 1808) contra os [[França|franceses]]. Até ao fim da [[Guerra Peninsular]] entrou em muitas batalhas, dando sempre provas de grande energia e coragem. Mesmo depois da expulsão dos franceses, Bonfim permaneceu no [[Exército]] português. Em Junho de 1821 foi promovido a [[coronel]] e em 1823, quando em [[Trás-os-Montes (ComUrb)|Trás-os-Montes]] se deu o [[Guerras liberais|levante absolutista]], promovida pelo [[conde de Amarante]], foi nomeado comandante da divisão ligeira, perseguiu os revoltosos, e entrou na [[Espanha]] chegando até [[Astorga (Espanha)|Astorga]], [[León]] e [[Gradefes]]. Voltando para Portugal foi dirigir uma coluna de operações na [[Beira (Portugal)|Beira]], sendo escolhido para marchar à frente das forças destinadas a opor-se à insurreição de [[Vilafrancada]] liderada pelo [[Miguel I de Portugal|infante D. Miguel]] nos últimos dias de Maio de 1823. Tendo [[João VI de Portugal|D. João VI]] aderido ao movimento iniciado por seu filho, foi dissolvida a coluna do coronel Valdez, e este intimado a residir em [[Mora (Portugal)|Mora]], de onde conseguiu, com o auxílio de alguns dos seus amigos e antigos companheiros de armas, ser transferido para [[Setúbal]]. Só depois de promulgada a [[Pedro IV de Portugal|Carta constitucional de 1826]], sendo ministro da guerra o general [[João Carlos Gregório Domingos Vicente Francisco de Saldanha Oliveira e Daun|Saldanha]], é que ao coronel Valdez se deu novamente o comando de um regimento. Mandado com o seu regimento e outras forças combater o [[absolutismo|movimento absolutista]] que aparecera em [[Bragança (Portugal)|Bragança]], e tendo sido obrigado pelos revoltosos, depois de duro combate, a recolher-se ao [[Bragança (Portugal)|castelo da vila]], viu-se forçado a capitular no dia 26 de Novembro de 1826, e foi conduzido para [[Miranda do Douro|Miranda]] e depois para [[Torre de Moncorvo|Moncorvo]]. Sabendo que existia ali um depósito de armas, tratou com os seus companheiros de se apoderar delas e tentar cruzar o [[rio Douro]] a fim de juntar-se às tropas fieis à Carta, sendo porém acossado pelas numerosas guerrilhas que então infestavam a província de [[Trás-os-Montes e Alto Douro|Trás-os-Montes]], teve de atravessar a fronteira, e as autoridades [[Espanha|espanhola]]s o mandaram para [[Salamanca]] e depois para [[Valladolid]]. Passado alguns dias retornou ele a Portugal, chegando a [[Lisboa]] pediu um conselho de guerra para se justificar da capitulação de Bragança, e sendo-lhe a sentença não só favorável mas até honrosa, Valdez foi pouco depois nomeado, em 7 de Abril] de 1827, [[governador]] e capitão-general da [[Madeira]] e [[Porto Santo]].
liderada pelo [[Miguel I de Portugal|infante D. Miguel]] nos últimos dias de Maio de 1823. Tendo [[João VI de Portugal|D. João VI]] aderido ao movimento iniciado por seu filho, foi dissolvida a coluna do coronel Valdez, e este intimado a residir em [[Mora (Portugal)|Mora]], de onde conseguiu, com o auxílio de alguns dos seus amigos e antigos companheiros de armas, ser transferido para [[Setúbal]]. Só depois de promulgada a [[Pedro IV de Portugal|Carta constitucional de 1826]], sendo ministro da guerra o general [[João Carlos Gregório Domingos Vicente Francisco de Saldanha Oliveira e Daun|Saldanha]], é que ao coronel Valdez se deu novamente o comando de um regimento. Mandado com o seu regimento e outras forças combater o [[absolutismo|movimento absolutista]] que aparecera em [[Bragança (Portugal)|Bragança]], e tendo sido obrigado pelos revoltosos, depois de duro combate, a recolher-se ao [[Bragança (Portugal)|castelo da vila]], viu-se forçado a capitular no dia 26 de Novembro de 1826, e foi conduzido para [[Miranda do Douro|Miranda]] e depois para [[Torre de Moncorvo|Moncorvo]]. Sabendo que existia ali um depósito de armas, tratou com os seus companheiros de se apoderar delas e tentar cruzar o [[rio Douro]] a fim de juntar-se às tropas fieis à Carta, sendo porém acossado pelas numerosas guerrilhas que então infestavam a província de [[Trás-os-Montes e Alto Douro|Trás-os-Montes]], teve de atravessar a fronteira, e as autoridades [[Espanha|espanhola]]s o mandaram para [[Salamanca]] e depois para [[Valladolid]]. Passado alguns dias retornou ele a Portugal, chegando a [[Lisboa]] pediu um conselho de guerra para se justificar da capitulação de Bragança, e sendo-lhe a sentença não só favorável mas até honrosa, Valdez foi pouco depois nomeado, em 7 de Abril] de 1827, [[governador]] e capitão-general da [[Madeira]] e [[Porto Santo]].
[[Imagem:Debret-djoãoVI-MHN.jpg|thumb|right|<center>D. João VI]]