Política do café com leite: diferenças entre revisões

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O poder financeiro das aristocracias rurais daqueles dois [[estado]]s, crescente durante o século anterior, havia permitido que seus políticos adquirissem projeção nacional. Desta forma, a política do café com leite consolidou o poder das famílias mais abastadas, formando as oligarquias. Os paulistas e os mineiros ocupavam os cargos de presidente da República, [[vice-presidente]] e os [[Ministério]]s da Justiça, das Finanças e da Agricultura, entre outros. Nos Estados, poucas famílias ocupavam os cargos de Governador do Estado; as secretarias das Finanças, Educação e Saúde; a [[prefeitura (Brasil)|prefeitura]] da capital; a chefia de Polícia Estadual; a diretoria da Imprensa Oficial; a presidência dos Bancos Estaduais; e a presidência da Assembléia Legislativa.
 
Em Minas Gerais, por exemplo, as principais famílias a controlar o poder durante a política do café com leite eram representadas por [[Cesário Alvim]]; [[Crispim Jacques Bias Fortes]]; [[Júlio Bueno Brandão]]; [[Afonso Pena]], que se tornou presidente; [[Francisco Sales]], que chegou a fundar um Banco; [[Artur Bernardes]], que também se tornou Presidente; entre outros. Para integrar a oligarquia mineira, contavam os "laços de família", educação e poder financeiro. Tal oligarquia estava
também aberta aos indivíduos talentosos que formavam-se principalmente em [[Direito]] nas Universidades do [[Universidade Federal do Rio de Janeiro|Rio de Janeiro]] e [[Universidade de São Paulo|São Paulo]]ruela. De volta ao estado, tornavam-se promotores públicos, juízes, casavam-se com moças da elite, e podiam tornar-se políticos elegendo-se vereadores, prefeitos e deputados. Ainda, a oligarquia mineira controlava o poder através do [[Partido Republicano Mineiro]] (PRM). A lista dos candidatos era organizada pela Comissão Executiva do PRM, que mandava os nomes para serem homologados pelo governador do estado. Para integrar essa lista, o candidato tinha de ser da confiança dos chefes políticos da região, os coronéis, ou indicados pelo governo devido ao talento e cultura. Não havia lugar no Partido Republicano Mineiro para os dissidentes, que eram expulsos.
 
A política do café com leite, que teve início com o governo de [[Campos Sales]] na [[década de 1890]], só terminou oficialmente com a [[Revolução de 1930|Revolução de 30]], quando [[Getúlio Vargas]] assumiu o governo do [[Brasil]]. Não obstante, mostrou alguns sinais de fraqueza já no decorrer da [[República Velha]], como, por exemplo, quando da eleição do gaúcho [[Hermes da Fonseca]] e do paraibano [[Epitácio Pessoa]] – ainda que sendo, ao final, concessos das oligarquias paulista e mineira.