Problema do mal: diferenças entre revisões

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O problema do mal é uma das mais poderosas objeções ao [[teísmo]] tradicional.<ref name=swinburne05 /> O problema do mal vai exatamente contra aquilo que o homem mais deseja: a felicidade. Afinal, se o homem, em sua dimensão teleológica, busca a felicidade, por que o Deus todo poderoso e bondoso criaria e deixaria existir o mal? A presença do mal parece implicar a ausência de Deus. Às vezes a desorientação causada por esta revolta interior raia ao desatino e inspira as atitudes mais contraditórias. Por causa do mal se nega a existência de Deus, mas muitas vezes, o que se quer realmente é responsabilizar a Deus pelo sofrimento das suas criaturas: “''Mas de onde vem o mal se Deus é bom e fez todas as criaturas boas?''” <ref> Confissões, VII, p.172 - Santo Agostinho</ref>
 
A primeira vista, a existência do mal parece ser contraditória a com a existência de um Deus bondoso e poderoso, mas nao é. Algunsalguns religiosos argumentam que para o homem ser feliz, ele necessita executar ações, atos de caridade e de heroismo, por exemploheroísmo, que não seriam possíveis de serem executadas se não existisse o mal. Entretanto, a maioria dos teístas responde que um deus perfeito pode ainda permitir um certo mal, insistindo que a concessão de um bem maior, como o [[livre arbítrio]], não pode ser alcançada sem alguns males.<ref name=swinburne05>{{Citar enciclopédia|first=Richard |last=Swinburne |authorlink=Richard Swinburne |year=2005 |title=Evil, the problem of |editor=Ted Honderich |encyclopedia=The Oxford Companion to Philosophy |isbn=0199264791}}</ref> Uma defesa contra o problema do mal é estabelecer que os [[atributos divinos]] são logicamente consistentes com a existência do mal, mas que isso não significa que o mal derive deles, ou que deles se possa retirar uma explicação quanto as razões pelas quais o mal existe ou ocorre. Uma [[teodicéiateodiceia]], por outro lado é uma tentativa de fornecer tais justificativas para a existência do mal.<ref>{{Citar enciclopédia|first=Ted |last=Honderich |authorlink=Ted Honderich |year=2005 |title=Theodicy |encyclopedia=The Oxford Companion to Philosophy |isbn=0199264791 |quote=''[[John Hick]], por exemplo, propõe uma teodicéiateodiceia, enquanto [[Alvin Plantinga]] formula uma defesa. A idéia do livre arbítrio aparece freqüentemente em ambas as estratégias, mas de modos diferentes.''}}</ref>
 
[[Richard Swinburne]] sustenta que não faz sentido assumir que existe esse bem maior, a não ser que se saiba o que ele é, ou seja, até que tenhamos uma boa teodicéiateodiceia <ref name=swinburne05 />. Muitos filósofos contemporâneos discordam. O Ceticismo teísta, que se baseia na posição de que seres humanos nunca podem esperar entender o divino, é talvez a mais popular resposta ao problema do mal entre os filósofos da religião contemporâneos.