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* ''[[Sola gratia]]'' (somente a graça);
* ''[[Soli Deo gloria]]'' (glória somente a Deus).
este foi um dos principais motivos por qual martinho lutero protestou contra a igreja.
A reforma nasceu em busca de se contrapor a uma série de práticas relativas à igreja católica romana. Um motivo não foi só novas idéias. Mas a análise da conduta dos representantes da igreja. Muitos destes aproveitavam-se de seus cargos e do conceito popular de que eram intercessores dos homens perante Deus, para abusar dos seus privilégios, enriquecer e entrar na política. Toda essa má conduta serviu para estimular a divisão da religião.
Outro motivo foi na formação das monarquias nacionais, onde a igreja passou a ser encarada como barreira ao progresso econômico. Porque a igreja possuía muitas propriedades em vários países, que na época pagavam tributo a Roma. Mas com a queda de Roma, as monarquias começaram a desenvolver-se e uma consciência nacional começou a surgir, fazendo que o poder do rei ficasse em oposição ao da igreja.
Na economia, as teorias de condenação à usura, ou seja, a cobrança de juros ia de encontro com a atividade bancária.
Na conduta, houve uma crise moral, que serviu como motivo para a reforma. Já que “eles pregavam, mas eles próprios não praticavam”. Essa corrupção moral atingia a todos os níveis clericais.
A igreja deu motivos para uma divisão: vida sem regras, luxo do clero, venda de cargos, relíquias sagradas e indulgências( perdão papal pelos pecados).
A reforma teve vários líderes ao longo do seu tempo de ação, mas, sem dúvida, Martinho Lutero,foi o principal,ele adotava, entre outras ideias, a de que todos os fiéis deveriam ter acesso a sua própria Bíblia. Lutero fez a publicação de uma lista de 95 teses de sua autoria e esse documento foi o marco para o rompimento da igreja católica com Lutero e também apontado por alguns historiadores como o começo da reforma.
O acesso à Bíblia e a outras fontes de conhecimento era restrito, primeiro pelo fato de muitos não saberem ler e mesmo os que sabiam não tinham acesso aos livros, que eram censurados e controlados pela igreja. Somente monges e padres que viviam nos conventos tinham acesso a esse conhecimento, sendo que, no mesmo local, eram designados escribas para fazer cópias, à mão, desses conteúdos.
 
O que aconteceu durante a reforma religiosa?
Mesmo antes de Martinho se levantar contra alguns dogmas da igreja, John Wycliffe, teólogo inglês e Jan Hus, pensador boêmio, já haviam questionado algumas posições da igreja. Foram os propulsores da reforma religiosa e deram inicio a esse movimento questionando a atuação da igreja nas decisões políticas Questionavam também, a riqueza da igreja e defendia que a mesma deveria ser pobre como havia sido anteriormente.
Seguidos a esses pensadores, Martinho Lutero, mesmo sendo monge e vivendo sob as leis da igreja, se opôs a princípios que o regiam. Martinho teve acesso às escrituras da Bíblia e obteve destaque ao fazer sermões contra as indulgências. No dia 31 de outubro de 1517, foi colocado á público as 95 teses de Lutero que estavam abertas às discussões. Dentre elas, estava a que condenava a “avareza e o paganismo” que estavam impregnados na igreja e também sobre as indulgências, prática que Lutero era contrário.Em novembro de 1518, repelia a autoridade do papa e apelava para o concílio ecumênico; em julho de 1519, alcançava a Bíblia como fonte exclusiva da fé; em dezembro de 1520, apoiado pelos humanistas, pelos cavalheiros revolucionários e pelo príncipe eleitor da Saxônia, rompeu todos os laços com Roma, queimando em praça pública a bula pontifícia de excomunhão: já então, condenava o celibato clerical, os votos monásticos, a veneração às imagens dos santos, o purgatório e a celebração da missa.
Além de Melanchton, seu inseparável companheiro de pregação pela Alemanha, apoiaram-no frades de diversas ordens religiosas: Lang, Guttel e Stiefeld, de seu próprio Instituto; Urbano Rhegio, do Carmelo; Bernadino Ochino, franciscano capuchinho; e o beneditino Ecolampádio. Motivos de ordem moral e política fizeram agregar ao cisma inúmeros bispos - príncipes alemães; o rei Gustavo Wasa, da Suécia, Henrique VIII e Elizabeth I, da Inglaterra. Identificando-se a verdade religiosa com o arbítrio dos príncipes de cada região, a ‘Reforma’ iniciava-se sob o grave risco de diluição interna pela contradição – por faltar-lhe a indispensável unidade de doutrina.
Surge então João Calvino, que veio sistematizar os pontos essenciais do protestantismo, já ramificado em diversas correntes. O dogma fundamental, donde tudo logicamente promana como corolário necessário, é a doutrina da justificação pela fé, a redenção graças aos méritos infinitos do sangue do Cristo. Lutero se apóia em numerosos textos das epístolas paulinas, os quais os católicos interpretam contrapondo-os à luz dos vs. 14 e segs. do capítulo 2 da epístola do apóstolo São Tiago: “A fé sem as obras é morta”. Calvino defende mesmo a tese da predestinação: cada qual já tem o seu destino fixado de precito ou salvo para sempre, independentemente de sua cooperação – isso, sem qualquer injustiça divina, uma vez que a Sabedoria conhece ab aeterno as circunstâncias em que há de viver determinada criatura e suas reações ante as mesmas.
Ora, a Escritura é o repertório claro e completo da fé que justifica. Daí, recusarem os reformadores o primado da jurisdição do Sumo Pontífice, definido por Lutero como “o Anticristo em pessoa”, e Roma como “a prostituta de Babilônia”. Ao texto “Tu és Pedro (pedra) e sobre essa pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16, 18) conferem os protestantes, quando não negam sua autenticidade literária ou histórica, apenas a significação de um primado honorífico a Simão Pedro, como príncipe dos Apóstolos.
Em conseqüência, dissolve-se a competência papal para governar a Igreja de Cristo e para ensinar ou definir qualquer dogma. E já que à Igreja falece autoridade e pureza para interpretar os textos da Bíblia, a cada crente compete, não uma liberdade onímoda, segundo os critérios individuais, o que conduziria ao ‘livre exame’, repelido com energia pelos chefes da Reforma, mas a da busca de comunicação de encontro pessoal com Deus. Corrompida intrinsecamente pelo pecado original, a razão humana é levada necessariamente ao erro; qualquer exegese pessoal da Escritura “não produzirá fé no coração dos homens, a menos que esteja selada pelo testemunho interior do Espírito Santo” – no ensinamento de Calvino.
Com a finalidade de evitar o inevitável desagregamento que adviria da falta de autoridade suprema, Lutero apelou para os consistórios, em que a administração civil substitui os bispos; já Calvino adotou regime mais democrático, cometendo a direção da Igreja ao ministério eclesiástico, como instituição do próprio Cristo.
Lutero foi excomungado da igreja católica, sofreu várias ameaças de morte, passou por vários conselhos que tentavam fazê-lo se retratar perante as autoridades católicas sobre suas teses, mas nada disso o fez largar sua ideologia. Talvez por isso, tenha contado com apoio de muitos líderes religiosos e políticos. Lutero, com desejo de popularizar o conhecimento ao povo, fez tradução do Novo Testamento para a língua alemã, sendo que a Bíblia só era disponível em latim.
 
A reforma, que se seguiu até mesmo depois da morte de Lutero arrancou muitas pessoas de dentro da igreja católica. O povo via, no movimento, um caminho para sair da opressiva força da igreja. Criaram-se novas igrejas do ramo conhecido como protestantismo. Igrejas luteranas, calvinistas, anglicanas e outras foram criadas com intuito de seguir essa nova linha de regras que iria contra s dogmas da Igreja católica.
 
Muitos da própria igreja católica tinham acreditado nas teses de Lutero e na possibilidade das Bíblias traduzidas segundo a língua local. Isso resultou numa outra divisão na igreja católica romana: um lado ficou com a igreja dos católicos romanos (linha que mantinha os princípios católicos) e os reformados (linha protestante).
 
Vendo que seu domínio corria perigo, a igreja católica tratou de formular ações para evitar que as ideias da reforma religiosa fossem aceitas de forma unânime pela população. Foi então feito o Concílio de Trento, medida do que seria a Contrarreforma ou a reforma católica.
 
O que foi o concilio de Trento?
O Concilio de Trento foi o décimo nono concílio ecumênico e aconteceu de 1545 até 1563(durante 18 anos). Foi ordenado pelo Papa Paulo III. Visava rever e redefinir unidade de fé e disciplina eclesiástica. Tentava buscar uma forma de frear a evolução da reforma religiosa, que Martinho Lutero tinha desencadeado. As medidas que foram definidas nesse conselho, escolhidas pelos pontífices da igreja católica, formaram o que se chama do movimento contrário à reforma: a Contrarreforma.
 
O movimento da Contrarreforma incluiu várias medidas como a reafirmação da necessidade de celibato, da autoridade do Papa, a criação do catecismo (escola para crianças aprenderem desde cedo), a criação de uma lista de livros proibidos que continham documentos que se opusessem aos ensinamentos da igreja, a opressão à condição de indulgências além da famosa santa inquisição. A santa inquisição é guiada pelo tribunal do santo ofício, que julgava pessoas que se opusessem às doutrinas da igreja.
 
Com essas atitudes, no período de 1534 até 1590(56 anos) a igreja teve de volta grande parte de seu domínio financeiro e político sobre algumas potências da época. A igreja voltou acumular grandes quantias financeira em seus cofres e uma boa parcela do povo, que fugia das punições para os rebeldes, voltava ao julgo dos papas.
 
A chamada santa inquisição foi responsabilizada por muitas condenações à fogueira, forca e outros tipo de morte. Tornou-se uma maneira de, por medo, evitar que as pessoas escolhessem o lado protestante e também o crença na adoração de plantas, animais. As condenações dadas aos “infiéis” na santa inquisição variavam entre confiscar todos os bens, perda de liberdade até a pena de morte. Outro “fruto” da reforma católica é a retomada da arte cristã, o que influenciou no início do movimento barroco.
A Contrarreforma influenciou no descobrimento do Brasil, pois a reforma católica tinha também a ação de levar as doutrinas do catolicismo para outros locais. Potências como Portugal e Espanha levaram o catolicismo para suas colônias e por consequência, o Brasil, colônia portuguesa, teve seu início marcado pela ideologia católica.
O protestantismo não foi eliminado pela Contrarreforma mas teve uma brusca desaceleração de crescimento. Além do que, Portugal e Espanha, que incorporaram mais a ideologia da Contrarreforma, foram os pioneiros na expansão marítima e, assim, levaram a ideologia católica a mais lugares que o protestantismo. Enquanto Portugal e Espanha catequizaram as Américas e o protestantismo esteve mais presente somente na América do Norte, levado pelos ingleses.
 
== Referências ==