Virgindade perpétua de Maria: diferenças entre revisões

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Muitas igrejas protestantes atuais ensinam o [[nascimento virginal de Jesus]] sem implicar que Maria teria permanecido virgem pelo resto da vida<ref name=Nally170 /><ref name=Ted47 />.
 
[[Diarmaid MacCulloch]], um historiador da Reforma, escreveu que a razão pela qual os primeiros reformadores defenderam a virgindade perpétua foi que a doutrina seria ''"a garantia da encarnação de Cristo"'', um ensinamento que estava sendo combatido por radicais que negavam também a virgindade perpétua<ref>D. MacCulloch, ''The Reformation: a History'' (Penguin Books, 2003) pp. 613-614; cf. Robert Schihl, ''[http://www.ewtn.com/faith/teachings/maryc2.htm The Perpetual Virginity of Mary]'' for an extended list and quotations.</ref>. Porém, a ausência de suporte bíblico claro expressando a doutrina combinado com o princípio da ''[[sola scriptura]]'' terminou para evitar referências à doutrina nos credos reformados e, juntamente com a tendência de associar a [[hiperdulia|veneração a Maria]] com [[idolatria]]<ref>D. MacCulloch, ''The Reformation: a History'' (Penguin Books, 2003) pp. 558-63</ref> e a rejeição do [[celibato clerical]]<ref>see John Calvin's [http://www.vor.org/rbdisk/calvin/ci_html/4_12.htm#4.12.27 ''Institutes of the Christian Religion IV,12,27-28'']</ref>, levou finalmente à negação da doutrina entre os protestantes, que, assim, despreocupados com a virgindade perpétua, assumem os "[[irmãos de Jesus]]" como sendo mais naturalmente (mas não "certamente") filhos de Maria ao invés de primos ou filhos de José de outro casamento<ref>See, e.g., {{cite book |author=David Brown |title=Commentary, Critical and Explanatory, on the Whole Bible |chapter=Commentary on Matthew 13:56 |chapterurl=http://www.ccel.org/ccel/jamieson/jfb.xi.i.xv.html#xi.i.xv-p102.3 |accessdate=2009-01-07}}</ref>.
 
Porém, alguns acadêmicos luteranos conservadores como Franz Pieper (1852–1931) se recusaram a seguir a tendência geral entre os protestantes de insistir que Maria e José tiveram relações e filhos após o nascimento de Jesus. Está implícito em sua obra, "Christian Dogmatics", que a crença na virgindade perpétua de Maria é a mais antiga e tradicional entre os luteranos<ref>Francis Pieper, ''Christian Dogmatics'', 4 vols., (St. Louis: CPH, 1950-53), 2:308-09.</ref>. Ele afirmou que ''"nós devemos simplesmente defender que [Maria] permaneceu virgem após o nascimento de Cristo por que as escrituras não afirmam e nem indicam que ela teria perdido sua virgindade"''<ref>That Jesus Christ Was Born a Jew (1523), in ''Luther’s Works,'' American Edition, Walther I. Brandt, ed., Philadelphia, Augsburg Fortress; St. Louis, [[Concordia Publishing House]], 1962, ISBN 0-8006-0345-1 pp. 205-206; cf. James Swam ([http://www.ntrmin.org/Luthers%20Theology%20of%20Mary.htm#V Martin Luther's Theology of Mary]).</ref>. Ele ensinou também que ''"Cristo, nosso Salvador, era fruto real e natural o útero virginal de Maria... O que se deu sem a cooperação de um homem e ela permaneceu virgem depois disto"'' e que ''"Cristo... era o único filho de Maria e que a Virgem Maria não teve outros filhos além dele... Eu estou inclinado a concordar com os que declaram que os 'irmãos' na verdade são 'primos' aqui, pois os evangelistas e os judeus sempre chamam primos de irmãos"''<ref>Luther's Works, eds. Jaroslav Pelikan (vols. 1-30) & Helmut T. Lehmann (vols. 31-55), St. Louis: Concordia Pub. House (vols. 1-30); Philadelphia: Fortress Press (vols. 31-55), 1955, v.22:23 / Sermons on John, chaps. 1-4 (1539), quoted in [http://www.davidmacd.com/catholic/martin_luther_on_mary.htm Martin Luther on Mary's Perpetual Virginity]</ref>.