Bürgerliches Gesetzbuch: diferenças entre revisões
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Sabe-se que a França, pátria do Iluminismo, foi terreno fértil para as idéias de codificação. Além das facilidades no campo doutrinário, a unificação política e a firme determinação de Napoleão contribuíram para o sucesso da empreitada. Assim, os franceses puderam começar o século XIX com um código civil único para toda a nação. O Código Civil Frances tornou um marco da revolução ideológica que se operou naquele país e que, pelo alto grau de aprimoramento técnico, permanece em vigor até hoje.
Na Alemanha, a situação era bastante diferente. Em seu território existiam uma série de Estados independentes, que tinham suas próprias legislações. Alguns, como a Áustria e a Prússia, já tinham seus próprios códigos.
Em 1814,A. E. Thibaut, professor da Universidade de Heidelberg, escreveu um ensaio intitulado ''"Da necessidade de um direito civil geral para a Alemanha"'', em que defendia a adoção imediata de um código seguindo o modelo prussiano ou até mesmo do francês. Acreditava que contribuiria para o "''fortalecimento global da consciência da nação''".
Porém, nesse mesmo ano, F.C.von Savigny daria a resposta ao seu conterrâneo criticando-o em dois argumentos principais. A priori, afirma que o Direito tem surgido nas comunidades sempre a forma de costumes e que um código seria uma forma artificial de impor regras jurídicas. Em segundo lugar, mesmo que se decidisse por adotar um código, o momento não seria oportuno, pois a Áustria e a Prússia já possuíam os seus e provavelmente a eles não renunciariam, o que não permitiria a pretendida unificação do Direito nos territórios alemães, além de que a ciência jurídica não estaria atravessando um período brilhante, o que segundo ele seria essencial para se elaborar um bom código.
Ele não discordava da necessidade de um código para unificar o Direito alemão, mas discordava apenas dos meios para se atingir o fim desejado.
O Código Civil Alemão, conhecido pela abreviatura de suas iniciais BGB (Bürgerliches Gesetzbuch), foi aprovado em 1886 e publicado em 18 de agosto desse mesmo ano, entrando em vigor em 1° de janeiro de 1900. Possui 2.385 artigos, distribuídos em cinco livros que contém a Parte Geral, o Direito das Relações Obrigacionais, O Direito das Coisas, o Direito da Família e o Direito das Sucessões. A existência de uma parte geral é, sem dúvida, uma de suas mais importantes inovações.
O BGB, a exemplo do que ocorreu com o Código de Napoleão, exerceu grande influência nas codificações de outros países, especialmente no início do século XX.
O Código Civil Japonês entrou em vigor já em 1896, foi elaborado com base no projeto do código civil alemão.
O Código Civil Suíço de 1907, apesar de apresentar muitos conteúdos próprios da ciência jurídica de seu país, também utilizou o BGB como base.
Contribuiu também no nosso Código Civil de 1916 que revela algum parentesco com o modelo alemão em seus sistemas e em muitas de suas instituições.
== Bibliografia ==
*Giordano Bruno Soares Roberto: " Introdução à História do Direito Privado e da Codificação".
[[Categoria:Direito da Alemanha]]
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