Filipe Melâncton: diferenças entre revisões

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Nascido '''Phillipp Schwarzerdt''', em [[Bretten]], na [[Saxônia]], o mais velho entre cinco irmãos, era filho de Georg Schwarzerdt, mestre [[Fundição|fundidor]], e de sua esposa da família Reuter, uma rica família de [[comerciante]]s. Teve educação esmerada e distingui-se nos estudos de [[Língua grega|grego]] e [[latim]]. Perdeu o pai aos onze anos. Um de seus mestres (tio-avô) foi o humanista [[Johannes Reuchlin]], que o chamava ''Melanchthon'', tradução para o grego de seu nome alemão, ''Schwarzerdt'', que significa "terra preta", e assim passou a ser conhecido. Reuchlin obteve que fosse aceito na [[Universidade de Heidelberg]] aos doze anos de idade. Terminou ali seus estudos no ano de 1511, como bacharel em artes. Porém não foi aceito para os exames de mestrado, por ser considerado muito jovem para ser um professor. Passou à [[Universidade de Tübingen]], onde foi aceito em 1514 com 17 anos, na Faculdade de [[Filosofia]]. Johannes Reuchlin o recomendou ao [[príncipe]]-[[eleitor]] [[Frederico III, Eleitor da Saxônia|Frederico da Saxônia]] para a recém-fundada [[Universidade de Wittenberg]]; ali, sua aula inaugural, em 1518, intitulou-se "Reforma da Instrução dos Jovens". Foi aluno de [[Teologia]] de Lutero, em 1519, o qual, por sua vez, apesar de 14 anos mais velho, foi seu aluno de grego. Melanchthon casou em 1520 com Katharina Krapp, a filha do prefeito de [[Wittenberg]].
 
É considerado o primeiro sistemático da Reforma (''Loci communes'', 1521 - posteriormente reeditado com melhoramentos). Melanchthon publicou trabalhos não apenas na Teologia, mas também na [[Psicologia]] (''De anima''), [[Física]] (escreveu um trabalho sobre o [[sistema solar]] proposto por [[Copérnico]]) e filosofia (''Philosophia moralis'' e vários outros comentários). Tudo isso contribui para que ele tivesse um respaldo no meio universitário. [[File:Loci-communes.jpg|left|thumb|150px|[[Frontispício]] do livro ''Loci communes'']]Além desses trabalhos, Melanchthon escreveu comentários ao [[Novo Testamento]], publicando em 1537 seu comentário sobre a [[Epístola aos ColossenssesColossenses]] e entre 1529 e 1556 seu comentário sobre a [[Epístola aos Romanos]]. Foi o homem que efetivamente escreveu a [[Confissão de Augsburgo]] e também a Apologia desta confissão, as quais continuam tendo caráter fundamental para as igrejas luteranas até os dias de hoje. Tornou-se conhecido como o "educador da Alemanha"(''Praeceptor Germaniae'') por organizar e reformar as escolas alemãs. Ele estava desgostoso com a pobreza da instrução nas escolas alemãs durante a Idade Média o que exprime em seu ''De Miseriis Paedagogorum'' no qual relata o triste estado da instrução em escolas. Melanchthon instalou em sua própria casa uma escola experimental onde fez experiências pedagógicas por dez anos. Até o [[século XVIII]] os manuais acadêmicos e escolares de Melanchthon foram usados por todos os lados, inclusive em institutos ligados a [[Roma]] (naturalmente com a omissão de seu nome). Seus conceitos de direito natural e razão tiveram influência sobre a filosofia iluminista.
 
Antes de sua morte foi reconhecido pelo seu trabalho de reforma e expansão do sistema universitário alemão, que produziu principalmente intelectuais, servidores públicos e pregadores ilustres, todos bem preparados.