Santa Maria Novella: diferenças entre revisões

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{{Relação PM|A basílica de|está incluída no|Centro Histórico de Florença|Firenzepontevecchio0001.jpg}}
 
A Basílica de '''Santa Maria Novella''' éÉ uma igreja deem [[Florença]], na [[Itália]]., Situa-sesituada notransversalmente noroestea daestação parteferroviária antigade damesmo cidadenome. Cronologicamente, naé ''[[piazza]]''a primeira grande Basílica de mesmo nomeFlorença, quase juntoe àa principal [[trem|estaçãoIgreja ferroviáriaDominicana]] florentinada Cidade.
A [[igreja]], o [[claustro]] adjacente e a [[casa capitular]] contém uma reserva de tesouros artísticos e monumentos funerários. Especialmente os famosos [[afrescos]] do período [[gótico]] e do início do [[renascimento]]. Elas foram financiadas pela generosidade dos grandes famílias de [[Florença]], que assim asseguravam o lugar de suas capelas e solos sagrados.
Essa igreja é chamada de Novella (Nova), porque sua construção foi feita no lugar do oratório de [[Santa Maria delle Vigne]], datado do século 9. Quando esse local foi dado a [[ordem dominicana]] em 1222, eles decidiram construir uma nova igreja e um claustro adjacente. A igreja foi projetada por dois [[Frades Dominicanos]], Frade Sisto Fiorentino e Frade Ristoro da Campi. A construção começou no meio do século 13, por volta de 1246 e foi terminada por volta de 1360, sob supervisão do [[Frade Iacopo Talenti]], com a realização do [[campanário]] [[Romano-gótico]] e a [[sacristia]]. Nessa época somente a parte inferior da [[fachada]] gótica tinha sido acabada.
Sob encomenda de [[Giovanni di Paolo Rucellai]], um comerciante local, [[Leon Battista Alberti]], projetou a parte superior da fachada incrustada em [[mármore]] preto e branco. Alberti trouxe os ideais de [[arquitetura humanista]], [[proporção]] e detalhamento de inspiração [[clássica]] para o projeto, enquanto também criou harmonia com a já existente parte [[medieval]] da fachada.
 
==Arquitetura de Leon Battista Alberti==
No [[século IX]], ali havia o pequeno oratório de Santa Maria delle Vigne; em [[1049]] foi construída a pequena Santa Maria Novella, concedida em [[1221]] aos [[Ordem dominicana|dominicanos]]. A ampliação principia em [[1279]], seguindo o projeto de Fra Sisto da Firenze e Fra Ristoro da Campi. Completada em meados do [[século XIII]], a nova igreja só foi consagrada, pelo [[papa Eugênio IV]], em [[1420]].
Sua contribuição consiste do largo friso decorado com quadrados e tudo que se encontra acima dele, incluindo os quatro pilares verde e brancos e a janela redonda, terminado em um [[frontão]] com o emblema [[Solar Dominicano]], e flanqueado dos dois lados por enormes [[volutas]] em "s". As quatro colunas com [[capitólios coríntios]] da parte inferior da fachada, também foram adicionadas por ele.
O [[frontão]] e o [[friso]] são claramente inspirados pela [[arquitetura clássica]], já a [[voluta]] com a curva em "s" com finalização em 'pergaminho', era totalmente nova e sem precedente na arquitetura clássica. Esse curva de 'pergaminho' e suas variações podem ser vistas em muitas igrejas em toda [[Itália]], e todas tem sua origem na igreja de Santa Maria Novella.
O friso abaixo do frontão, carrega o nome do [[patrono]]: IOHAN(N)ES ORICELLARIUS PAU(LI) F(ILIUS) AN(NO) SAL(UTIS) MCCCCLXX (Giovani Rucellai, filho de Paolo no ano abençoado de 1470)
 
==Interior da igreja==
[[Giorgio Vasari]] foi o arquiteto da reforma, levada a cabo entre [[1565]] e [[1571]], que removeu o recinto do coro e reconstruiu os altares laterais. Já entre [[1858]] e [[1860]], reformou-se novamente a [[basílica]], sob ordens de Enrico Romoli.
O vasto interior baseado na planta da [[basílica]] foi projetado em [[cruz latina]] e dividido em [[naves]], dois corredores com [[vitrais]] e um curto [[transepto]]. A maior nave tem 100 metros de comprimento, o que lhe da uma impressionante austeridade. Tem um [[efeito trompel'oeil]] na nave que vai em direção ao aspe, fazendo-a parecer maior do que realmente é. Os delgados pilares compostos, entre a nave e o corredor, são cada vez mais próximos a medida que você adentra a nave. O teto da [[abóboda]] consiste de arcos ogivais com quatro contrafortes em preto e branco.
O interior também tem [[colunas coríntias]], que foram inspiradas na era [[grega]] e [[romana clássica]].
As janelas de vitral datam do [[século 14]] e 15, como do século 15, Madonna e a criança e são João e São Felipe (Design por Filippino Lippi), ambos no Capela de [[Filippo Strozzi]]. Alguns vitrais foram deteriorados ao longo dos séculos e foram substituídos. O da fachada, [[Coração de Maria]], data do [[século 14]], feito por [[Andre Bonaiuti]].
O púlpito, encomendado pela família [[Rucellai]] em 1443, foi projetado por [[Felippo Brunelleschi]] e executado pelo seu filho adotivo [[Andre Cavalcanti]]. Este púlpito tem uma história particular significante, porque nesse púlpito ocorreu o primeiro ataque a [[Galileo Galilei]], levando eventualmente à sua acusação.
A [[santíssima trindade]], situada quase no meio do corredor esquerdo, foi um pioneirismo da [[Renascença]], trabalho de [[Masccio]], mostrando sua nova ideia de perspectiva e proporção matemática. Isso significou para a arte pintada algo facilmente comparado com a importância de [[Brunelleschi]] para a arquitetura e de [[Donatello]] para a escultura. Os patronos eram as figuras ajoelhadas do juiz e da sua esposa, membros da família Lenzi. O túmulo abaixo, tem o epigrama "Eu uma vez fui o que você é, e o que eu sou, você se tornará"
No corredor direito, tem a Tomba della Beata Villana, um monumento de Bernardo Rosselino de 1451. No mesmo corredor pode-se ver os túmulos dos bispos de Fiesole de Tino de Camaino e outro de Nino Pisano.
 
=== Capela de Filippo Strozzi ===
O interior, em forma de [[cruz latina]], é subdividido em três [[Nave (arquitetura)|nave]]s, a central com cem metros de comprimento.
Esta situadas no lado direito do altar principal. É onde o primeiro conto de [[Decamerone]] de [[Giovanni Boccaccio]] começou, quando sete senhores decidiram deixar a cidade e fugir da peste negra para o campo. A série de afrescos de [[Filippino Lippi]] retratam a vida do apóstolo [[Felipe]] e [[Tiago]]. Eles foram terminados em 1502. Do lado direito da parede, afrescos de [[São Felipe]] cavalgando um dragão do tempo de [[Hieropolis]] e na viga acima disso tem o [[Crucifixo de São Felipe]]. Na parede esquerda,[[ São João Evangelista]] ressuscitando [[Druisana]] e na viga acima disso a tortura de [[São João Evangelista]]. [[Adão]], [[Noé]], [[Abraão]] e [[Jacó]] são representados na [[abóboda nervurada]]. Atrás do altar está a tumba de [[Fillipo Strozzi]] com a escultura de [[Benedetto de Maiano]].
O crucifixo de bronze no altar principal foi feito por [[Giambologna]] ([[século 16]]). O coro contém outra famosa série de afrescos de [[Domenico Ghirlandaio]] e seu aprendiz o jovem [[Michelangelo]]. Eles representam temas da vida da Virgem e de [[João Batista]], situado em [[Florença]] no fim do [[século 15]]. Muitos membros importantes das famílias de [[Florença]] estão retratados nestes afrescos. A [[abóboda]] é coberta com pinturas de [[Evangelistas]]. Na parede de trás estão as pinturas de [[São Domenico]] queimando os livros heréticos e do [[Martírio]] de [[São Pedro]], [[A Anunciação]] e [[São João]] indo ao deserto.
Os [[vitrais]] foram feitos em 1492 pelo artista Florence [[Alessandro Agolanti]], conhecido como [[Il Bidello]], baseado nos desenhos de [[Ghirlandaio]].
 
=== Capela de Gondhi ===
Projetada por [[Giuliano de Dangallo]], é situada do lado esquerdo do altar principal, e data do [[século 13]]. Ali, na parede dos fundos está o famoso [[Crucifixo de Brunelleschi]], um das suas poucas esculturas. A lenda conta que ele estava tão desgostoso com o Crucifixo de [[Donatello]] na [[igreja de Santa Croce]] que fez esse. A [[abóboda]] contém fragmentos de [[afrescos]] do [[século 13]] de pintores gregos. A decoração em [[mármore policromado]] foi aplicada por [[Giuliano de Sangalo]]. Os [[vitrais]] são recentes e datam do [[século 20]].
 
=== Capela de Strozzi di Mantova ===
Está situada no fim do transepto esquerdo. os afrescos foram encomendados por [[Tommaso Strozzi]], um [[antecessor]] de [[Filippo Strozzi]], para [[Nardo di Cione]]. Os afrescos são inspirados na [[divina comédia]] de [[Dante]]: O último julgamento (na parede dos fundos, incluindo um retrato de Dante), Inferno (na parede esquerda) e Paraíso (na parede direita). O principal retábulo de O Redentor com Maria e os Santos foi feito pelo seu irmão [[Andre di Cion]]e, mais conhecido como [[Orcagna]]. O largo [[vitral]] na janela dos fundos foi feitos a partir dos desenhos dos irmãos Andrea e Nardo di Cione.
 
=== Capela Della Pura ===
É situada no norte do antigo cemitério. Data de 1474 foi construído com colunas [[Renascentistas]]. Foi restaurado em 1841 por [[Baccani]]. No lado esquerdo tem um meio arco com [[afrescos]] do [[século 14]] de Maria e a criança e [[Santa Catarina]]. Tem um crucifixo de madeira de [[Baccio da Montelupo]] na frente do altar.
 
=== Capela de Rucellai ===
No final do transepto direito, data do [[século 14]]. Essa construção, além de túmulo de [[Paolo Rucellai]] ([[século 15]]) e a estátua de [[mármore]] de [[Maria]] e a Criança por [[Nino Pisano]], ainda tem diversos tesouros artísticos como os afrescos de [[Maestro di Santa Cecilia]]. O painel da parede esquerda, O martírio de Santa Catarina foi pintado por [[Giuliano Bugiardini]], como possível assistência de [[Michelangelo]]. O túmulo de bronze, no centro do local foi feito por [[Ghiberti]]
 
===Capela de Bardi===
A segunda capela no transepto direito foi fundada por [[Riccardo Bardi]] no início do século 14. O alto relevo no pilar do lado direito mostra [[São Gregório]] abençoando Riccardo Bardi. As paredes contém afrescos do início do século 14 atribuídos a [[Spinello Arentino]]. [[Maria do Rosário]] no altar é de [[Giogio Vasari]].
 
===Sacristia===
A [[sacristia]] no final do [[transepto]] esquerdo, foi construída como capela da Anunciação pela [[família Cavalcanti]] em 1380. Agora abriga novamente, depois de 40 anos de limpeza e renovação, a enorme pintura de Crucifixo com Maria e [[João Evangelista]], inicialmente trabalho de [[Giotto]]. Ele fez ressurgir a proporção ideal de corpo humano, que foi estabelecida pelo arquiteto romano [[Vitruvius]]. A sacristia está também embelezada com [[terracota vitrificada]] e [[mármore]], peças de [[Giovanni della Robia]]. Os armários foram projetados por [[Bernardo Buontalenti]] em 1593. As pinturas nas paredes são assinadas por [[Giogio Vasari]] e outro pintor contemporâneo Florence. A grande janela gótica com três [[mullions]] na parede do fundo, data de 1386 e foi baseada nos desenhos de [[Niccolo di Pietro Gerini]].
 
Artistas que aí trabalharam incluem [[Filippo Brunelleschi]], [[Domenico Ghirlandaio]] e [[Masaccio]], além do próprio Vasari.
 
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[[Categoria:Igrejas de Florença]]