Veneração: diferenças entre revisões

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Estes grupos religiosos utilizam objetos tais como [[cruz]]es, [[ícone]]s, [[incenso]], [[vela]]s e etc. Eles acreditam que a proibição de fazer imagens de Deus no mandamento do [[Antigo Testamento]], devia-se ao fato de que Deus era invisível e retratá-lo seria realmente errado, mas que a encarnação de Deus em seu Filho, [[Jesus Cristo]], ''"O [[Logos|Verbo]] se fez carne"'' (''[[Evangelho de João|Jo]] 1:14''), assim o Deus invisível se tornou visível em Cristo (''[[Epístola aos Colossenses|Colossenses]] 1:15'') e, portanto é admissível que se retrate Jesus. A [[Igreja ortodoxa]] ensina que a encarnação de Jesus torna obrigatório a confeção e veneração de seus ícones, a fim de preservar a verdade da Encarnação, pois não venerá-los implicaria negar que Jesus foi totalmente Deus, e negar que Ele tinha um corpo físico real. No entanto, os ortodoxos não utilizam estátuas, mas apenas pinturas.
<ref>{{cite web| url= http://mundoestranho.abril.com.br/religiao/pergunta_286142.shtml| last = | first = | title = Qual é a diferença entre a Igreja Católica e a Ortodoxa?| accessdate=2010-02-08 | work = Mundo Estranho}}</ref>
 
=== Sobre a feitura de ícones ===
 
A questão dos ícones passa por duas variáveis. A primeira é o que, existencialmente, você possa sentir num dado momento, fitando um objeto que para você tem um poder inspirador. O outro é aquele que é o caminho aberto pela revelação de Deus nas Escrituras, que é um caminho de construção com o invisível, exclusivamente pela fé. Aí, a gente tem o grande clamor de Deus a Moisés no deserto, no livro de Êxodus capítulo 20 versículos 1 ao 6: "Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma dos que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor, teu Deus."
Depois veio Jesus e repete isto, falando a uma mulher de Samaria que quer adorar, mas não sabe onde, se no monte Gerizim ou em Jerusalém. Jesus diz: “Mulher, vem a hora, e já chegou, que nem aqui neste monte, nem em Jerusalém, adorareis ao Pai. Porque Deus é Espírito e importa que seus adoradores o adorem em Espírito e em verdade” (Evangelho de João, capítulo 4, versículo 23). Então quando a gente está falando de uma relação adulta, madura, a gente está falando de um relacionamento que vê o invisível pela fé, que encontra satisfação na relação com o intangível e que assume a intangibilidade de Deus como a única forma possível de se relacionar com Deus. Com relação a Moisés e aquela cobra do deserto (livro de Números, capítulo 21, versículo 9), a gente está no ponto em que eu quero chegar. Quando Moisés mandou construí-la, quem olhasse aquela serpente de bronze seria curado das mordeduras das víboras que tinham entrado no acampamento de Israel, como uma maldição pela desobediência deles. Alguns anos depois, Deus mandou destruir aquela serpente de bronze porque ela virou fetiche de adoração (livro de 2 Reis, capítulo 18, versículo 4). Aquele era um elemento absolutamente circunstancial, apenas materializador de uma mensagem. E a mensagem era basicamente a seguinte: a maldição de vocês está sendo absorvida por um igual. Serpentes matavam, e aquela serpente de bronze que foi criada por Moisés era a materialização do fato de que esta maldição que mata hoje está sendo absorvida por esta serpente aqui, mas esta serpente não tem nenhum valor intrínseco, é só bronze. Aí o povo de Israel ficou tão apaixonado pela serpente que passou a cultuá-la. Então Deus mandou destruir a serpente ((livro de 2 Reis, capítulo 18, versículo 4).
 
 
=== Sobre a veneração ===