León Ferrari: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
M.utt (discussão | contribs)
Linha 1:
{{Info/Biografia
|nome = León Ferrari
|imagem =Leon Ferrari (cropped).jpg|200px
|imagem_tamanho =
|legenda =
Linha 7:
|data_nascimento = {{dni|lang=br|3|9|1920}}
|local_nascimento = [[Buenos Aires]]
|data_morte = {{morte|lang=br|25|7|2013}}<ref name="falecimento">{{cita noticia|título=Murió el reconocido artista León Ferrari|url=http://www.lanacion.com.ar/1604315-murio-el-artista-leon-ferrari|obra=[[La Nación]]}}</ref>
|local_morte = [[Buenos Aires]]
|nacionalidade = {{ARG}}
|ocupação = [[Artista plástico]]
}}
'''León Ferrari''' ([[Buenos Aires]], [[3 de setembro]] de [[1920]]<ref name="GalateaArte">{{cita web|título=León Ferrari|url=http://galatea-arte.com/articulo/2012/07/02/le%C3%B3n-ferrari|fechaacceso=|obra=Galatea Arte|fecha=2 de julho de 2012}}</ref> <ref name=ElIntransigente /><ref name="Página12Bio">{{cita web|título=León, de Oro|url=http://www.pagina12.com.ar/diario/ultimas/20-93107-2007-10-17.html|fechaacceso=|obra=Página/12|fecha=17 de outubro de 2007}}</ref><ref name="ElMonitorPlástico">{{cita web|autor=Pincho Casanova|título=El monitor plástico|url=http://www.elmonitorplastico.com/Baires_Video/El_Monitor_Plastico-Baires.html|fechaacceso=|obra=}}</ref> — [[Buenos Aires]], [[25 de julho]] de [[2013]]) foi um [[artista conceitual]] [[Argentina|argentino]]. Segundo ''[[The New York Times]]'', era um dos cinco [[artistas plásticos]] mais provocadores e importantes do mundo.<ref name="ArteSpain">[http://www.artespain.com/07-01-2008/informes/civilizacion-occidental-y-cristiana-desde-la-mirada-de-leon-ferrari ''Civilización occidental y cristiana desde la mirada de León Ferrari''], ''Arte Spain'', 7 de janeiro de 2008.</ref><ref name=ElIntransigente>{{cita noticia|título=León Ferrari en Salta|url=http://www.elintransigente.com/notas/2010/2/24/cultura-37252.asp|obra=El Intransigente|fecha=24 de fevereiro de 2010}}</ref>Os pilares de sua obra foram as guerras, todas as formas de [[intolerância]] e a religião.
'''León Ferrari''' ([[Buenos Aires]], [[3 de setembro]] de [[1920]] — [[Buenos Aires]], [[25 de julho]] de [[2013]]) foi um [[artista plástico]] [[Argentina|argentino]].
 
==Biografia==
 
[[Pintor]], [[gravura|gravador]], [[escultor]], [[artista multimídia]], inicia seu trabalho como escultor na [[Itália]], onde residiu por três anos, com sua família. Em [[1946]] começou a pintar retratos e a desenhar quadros de flores, embora nunca tendo cursado formalmente uma [[escola de belas artes]]. <ref name="ElMonitorPlástico" />
Pintor, gravador, escultor, artista multimídia. Inicia seu trabalho como escultor na Itália, onde reside por três anos. Em 1955, realiza individual na Galeria Cariola, em Milão. Em 1960, começa a fazer esculturas de arame e aço inoxidável e, dois anos depois, produz desenhos caligráficos e colagens. Em 1965, engaja-se no movimento cultural e político do Instituto di Tella de Buenos Aires, e abandona a produção abstrata. Entre 1968 e 1969, participa dos eventos Tucuman Arde e Malvenido Rockefeller, em Buenos Aires. Muda-se para São Paulo, em 1976, e retoma a produção de escultura de metal. Em 1977, passa a fazer esculturas sonoras em barras metálicas e interessa-se por novos meios expressivos, incentivado pela convivência com Regina Silveira (1939) e Julio Plaza (1938 - 2003). Realiza obras em videotexto, microfichas, arte postal, cria livros de artista e trabalha com litografia. Recebe prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte - APCA de melhor exposição do ano, em 1983. No ano seguinte volta a residir em Buenos Aires. Passa a utilizar também o meio digital em suas proposições, como em Electronicartes, 2002/2003. Em paralelo às atividades em artes visuais, publica livros como Nosotros No Sabíamos, em 1976; Cuadro Escrito, em 1984; Exégesis, em 1993, e La Bondadosa Crueldad, em 2000. Nesse ano, recebe o Prêmio Costantini.
 
Graduou-se em engenharia na [[Universidade de Buenos Aires]] em [[1947]].<ref name="ElMonitorPlástico" />
 
Em [[1955]], realiza exposição individual na Galeria Cariola, em [[Milão]]. Em 1960, começa a fazer esculturas de arame e aço inoxidável e, dois anos depois, produz desenhos caligráficos e colagens. Em 1965, engaja-se no movimento cultural e político do Instituto di Tella de [[Buenos Aires]] e abandona a produção [[arte abstrata|abstrata]].
 
Entre [[1968]] e [[1969]], participa dos eventos ''Tucuman Arde'' e ''Malvenido Rockefeller'', em Buenos Aires.
 
En [[1976]], durante a [[ditadura militar na Argentina]], exilou-se na [[cidade de São Paulo]], <ref name=ElIntransigente /> época em que retoma a produção de esculturas de metal. Em 1977, passa a fazer esculturas sonoras em barras metálicas e interessa-se por novos meios expressivos, incentivado pela convivência com [[Regina Silveira]] (1939) e [[Julio Plaza]] (1938 - 2003). Realiza obras em [[videotexto]], microfichas, arte postal, cria livros de artista e trabalha com [[litografia]].
 
Em [[1982]] viajou para a Argentina. Regressaria definitivamente ao seu país em [[1991]].
 
Em [[1995]] obteve a [[bolsa Guggenheim]].<ref name="ElMonitorPlástico" />
 
[[File:La civilización occidental y cristiana.jpg|thumb|left|''La Civilización Occidental y Cristiana''.]]
 
Com sua obra mais conhecida, ''La Civilización Occidental y Cristiana'' ganhou o [[Leão de Ouro]] da 52ª Bienal Internacional de Arte de Veneza, em 2007.<ref name="clarin">{{cita web |url=http://www.revistaenie.clarin.com/arte/murio-Leon-Ferrari_0_962304003.html |título=Murió León Ferrari, el artista que cuestionó a las instituciones}}</ref>
 
Ganhou o prêmio de melhor exposição do ano, em [[1983]], da [[Associação Paulista de Críticos de Arte]] - APCA. No ano seguinte volta a residir em Buenos Aires. Passa a utilizar também o meio digital em suas proposições, como em ''Electronicartes, 2002/2003''. Em paralelo às atividades em [[artes visuais]], publica livros como ''Nosotros no sabíamos'', em 1976; ''Cuadro Escrito'', em 1984; ''Exégesis'', em 1993, e ''La Bondadosa Crueldad'', em 2000. Nesse ano, recebe o Prêmio Costantini.
 
Obteve o [[Prêmio Konex]] (menção honrosa), em [[1992]] e [[2002]]. Em [[2012]] recebeu o Konex de Platina na categoria Arte Conceitual: Quinquênio 2002-2006 e o Konex de Brilhante, concedido ao artista mais destacado da década, na Argentina.
 
Em 25 de março de 2012, ao se completarem 35 anos do [[sequestro]], [[assassinato]] e desaparecimento de Rodolfo Walsh, o ''Espacio Memoria y Derechos Humanos'' inaugurou a [[instalação artística|instalação]] ''Carta Abierta a la Junta Militar'', a partir de uma idea de León Ferrari. A obra, que foi montada no Bosque de Eucaliptos, em frente ao casino dos oficiais da antiga [[ESMA]], é composta por quatorze paineis de vidro com a transcrição completa da ''Carta Abierta de Walsh''.<ref>[http://www.espaciomemoria.ar/noticia.php?not_ID=268&barra=noticias&titulo=noticia Carta a los familiares de León Ferrari]. 25 de julho de 2013.</ref>.
 
Considerado o maior artista plástico da Argentina, Ferrari foi um crítico ferrenho da [[Igreja Católica]] e da [[ditadura militar na Argentina]], o que é evidente em grande parte da sua produção. Chegou a ser chamado de "blasfemo" pelo atual [[papa Francisco]], à época em que este era o [[Arquidiocese de Buenos Aires|Arcebispo de Buenos Aires]].
 
Faleceu em Buenos Aires, sua cidade-natal, aos 92 anos, em decorrência de um [[câncer]].<ref>[http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/30231/morre+leon+ferrari+considerado+maior+artista+plastico+da+argentina.shtml Morre León Ferrari, considerado maior artista plástico da Argentina.] ''Opera Mundi'', 25 de julho de 2013.</ref>
{{referências}}
== {{Ligações externas}} ==
*[http://www.leonferrari.com.ar/ Página oficial]