Guerra da Lagosta: diferenças entre revisões

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A '''Guerra da Lagosta''', como denominado jocosamente à época pela [[imprensa]], foi um contencioso entre os governos do [[Brasil]] e da [[França]], que se desenvolveu entre [[1961]] e [[1963]]<ref>{{citar web|url=http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/as-lagostas-da-discordia|título=As lagostas da discórdia|autor=Cláudio da Costa Braga|data=23 de março de 2009|publicado=Revista de História|acessodata=15 de abril de 2012}}</ref>. O episódio faz parte da [[História das Relações Internacionais do Brasil]], girou em torno da captura ilegal de [[lagosta]]s, por parte de embarcações de [[pesca]] francesas, em [[Mar territorial|águas territoriais]] no litoral Nordeste do Brasil.
 
Episódio pouco conhecido na [[História das Relações Internacionais do Brasil]], girou em torno da captura ilegal de [[lagosta]]s, por parte de embarcações de [[pesca]] francesas, em [[Mar territorial|águas territoriais]] no litoral Nordeste do Brasil.
 
== O evento ==
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No Brasil, a [[opinião pública]] percebeu a situação como uma agressão da França aos direitos de [[soberania]] brasileiros. O presidente [[João Goulart]] (1961–1964), após reunião do [[Conselho de Segurança Nacional]], determinou o deslocamento, para a região, de considerável contingente da Esquadra, apoiado pela [[Força Aérea Brasileira]]. Em terra, o 4° Exército, com sede em [[Recife]], então sob o comando do então general [[Humberto de Alencar Castello Branco]], também se mobilizou.
 
{{referências}}
== Curiosidades ==
{{curiosidades}}
* Embora a frase "''le Brésil, ce n’est pas un pays serieux''" ("O Brasil não é um país sério"), seja tradicionalmente atribuída ao então presidente da França, general [[Charles de Gaulle]], neste contexto, na realidade foi pronunciada pelo embaixador brasileiro na França, [[Carlos Alves de Souza Filho]], referindo-se à inabilidade com que o governo brasileiro conduzia este contencioso.
* À época, na [[imprensa]] francesa, suscitou-se uma polêmica curiosa: se a [[lagosta]] andava ou nadava. Caso nadasse, poder-se-ia considerar que estava em águas internacionais; caso andasse, estaria em território nacional brasileiro, uma vez que se admitia à época que o fundo do mar pertencia ao Estado Brasileiro.
* No debate [[diplomacia|diplomático]] entre o Brasil e a França, a comissão brasileira foi assessorada pelo então Almirante [[Paulo Moreira da Silva]], especialista da [[Marinha do Brasil]] na área de [[Oceanografia]]. Durante os debates, os especialistas da França defendiam que a lagosta era apanhada quando estava [[natação|nadando]], ou seja, sem contato com o assoalho submarino (considerado território brasileiro), momento em que, longe do contato com a plataforma continental, poderia ser considerado um [[peixe]]. Nesse momento, o Almirante Paulo Moreira tomou a palavra, argumentando que para o Brasil aceitar a tese científica francesa de que a lagosta podia ser considerada um peixe quando dá seus "pulos" se afastando do fundo submarino, então teria, da mesma maneira, que aceitar a premissa do [[canguru]] ser então considerado uma [[ave]], quando dá seus "pulos". A questão foi assim encerrada a favor do Brasil.
 
== Bibliografia ==
* BRAGA, Cláudio da Costa. ''A Guerra da Lagosta.'' Rio de Janeiro: Serviço de Documentação da Marinha (SDM), 2004.[http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=818692&sid=6249761621517430682545739]
 
== Ver também ==
* [[Evolução territorial do Brasil]]
* [[Relações entre Brasil e França]]
 
{{referências}}
 
== Ligações externa ==