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Na primeira parte desse cálculo é necessário conhecer a frequência dos genótipos antes e depois de um efeito de seleção (no caso de ambientes naturais basta apenas quantificar a frequência de geração em geração já que dificilmente uma população não estará sendo afetada pela Seleção Natural). A partir do conhecimento prévio das frequências gênicas podemos compará-la com as modificações ocorridas e consequentemente obter os valores adaptativos dos genótipos envolvidos.
 
'''Exemplo'''
Neste exemplo estamos considerando três possíveis genótipos para um loco [[autossômico]] com dois [[alelos]] na população, o fitness pode então ser medido pela proporção de descendentes produzidos de uma geração para a outra respectivamente para cada um dos três genótipos envolvidos.
{| class="wikitable"
|-
! Genótipos!! AA!! AB!! BB
|-
| Frequência antes da seleção || 0,.15 || 0,.35 || 0,.50
|-
| Frequência depois da seleção || 0,.30|| 0,.40 || 0,.30
|-}
 
| Exemplo || Exemplo || Exemplo || Exemplo
:<math> \frac{0.30} {0.15} = 2.0 </math>
 
:<math> \frac{0.40} {0.35} = 1.14 </math>
 
:<math> \frac{0.30} {0.55} = 0.6 </math>
 
Neste exemplo estamos considerando três possíveis genótipos para um loco [[autossômico]] com dois [[alelos]] na população, o fitness pode então ser medido pela proporção de descendentes produzidos de uma geração para a outra respectivamente para cada um dos três genótipos envolvidos.
 
Estes valores já são os valores adaptativos ou medidas da capacidade dos diferentes genótipos de doarem genes às gerações futuras. Entretanto, como o valor adaptativo em si não significa muito, a não ser quando comparado com outros, normalmente convertemos estes valores em valores adaptativos relativos. A divisão dos valores acima mencionados por 2,00 (isto é, o valor adaptativo do mais favorecido) nos fornecerá o W, e usando W=1-s teremos os seguintes valores de s.
 
{| class="wikitable"
|-
! !! AA!! AB!! BB
|-
| W || 1.00 || 0.57 || 0.30
|-
| s|| 0.00|| 0.43 || 0.70
|}
 
 
Devemos ter mente que quando s=0 não significa que a seleção não atua nesse genótipo, no entanto, a seleção atua mais severamente contra os genótipos que obtiveram valores maiores para o coeficiente de seleção, sendo a intensidade de seleção definida pelo mesmo.
 
Um dos melhores exemplos de estudo do coeficiente de seleção provém dos estudos realizados por H.B.D Kettlewell em 1955 com a espécie Biston betularia na Inglaterra. Esta espécie de mariposa apresenta duas formas distintas, uma clara e uma mais escura (melânica). Kettlewell observou que à frequência da forma melânica nas coleções de museus mudaram de 1% para 90% em algumas áreas, em menos de um século e meio desde o início da revolução industrial.
 
A partir da taxa de variação da frequência alélica, Kettlewell calculou o coeficiente de seleção do genótipo responsável pelo fenótipo claro em relação ao genótipo responsável pelo fenótipo escuro e obteve uma estimativa de 0.32, o que aponta para uma vantagem seletiva do genótipo melânico em áreas de intensa poluição, pois elas estariam mais bem camufladas nos troncos de árvores agora cinzentos pelo acúmulo de fuligem.
 
{{Referências}}
{{Livro|Evolução}}