Jorge Palma: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m refs
Linha 1:
{{mais fontes|data=abril de 2013}}
{{formatar referências|data=abril de 2013}}
{{Info/Música/artista
|nome=Jorge Palma
Linha 20 ⟶ 19:
==Biografia==
===1956-1966===
Aos seis anos, e ao mesmo tempo que aprendia a ler e a escrever, iniciou os seus estudos de piano. Foi no Conservatório Nacional a sua primeira audição, aos oito anos, numa altura em que era aluno de Maria Fernanda Chichorro. Aos doze vencia o seu primeiro prémio, o segundo lugar, com atribuição de uma menção honrosa do júri, no Concurso Internacional de Piano, integrado no Festival das Juventudes Musicais, em [[Palma de Maiorca]].<ref name="JP Infopédia">{{citar web|url=http://www.infopedia.pt/$jorge-palma|titulo=''Jorge Palma''|publicado=[[Infopédia]]|acessodata= 1 de Setembro de 2013}}</ref> Nos seus estudos cruzou-se com o [[Liceu Camões]], em [[Lisboa]], e um colégio interno, situado em [[Mouriscas]], perto de [[Abrantes]]. Durante a adolescência e a par da formação erudita, começa a interessar-se pelo ''rock’n’roll'', e, de um modo geral, pela música popular americana e inglesa. É por esta altura que descobre a guitarra. [[Bob Dylan]], [[Led Zeppelin]] e [[Lou Reed]] são algumas das suas influências.
 
===1967-1971===
 
Em [[1967]], no [[Algarve]], integra o grupo Black Boys,<ref name="JP Infopédia"/> tocando órgão. Esta primeira experiência profissional, na companhia de músicos de [[Santarém (Portugal)|Santarém]], durou cerca de seis meses e foi interrompida por uma aparição “oportuna” do seu pai, num dos bares em que o grupo tocava, num momento em que a experiência já se estava a esgotar, culminando no regresso a Lisboa e no regresso aos estudos secundários em Lisboa.
 
De [[1969]] a [[1971]], enquanto estuda Engenharia na Faculdade de Ciências de Lisboa (numa altura em que “o geral podia-se fazer ou no Técnico ou na Faculdade de Ciências”), integra o grupo pop-rock Sindicato, como teclista e cantor.<ref name="JP Infopédia"/> Do grupo faziam parte [[Rão Kyao]], Vítor Mamede, João Maló, Rui Cardoso e Ricardo Levi. Para além dos covers de bandas de rock americanas e inglesas (Led Zeppelin, Stephen Stills, Chicago, Blood Sweat and Tears, entre outros), o grupo compôs originais, em língua inglesa. A entrada de uma secção de metais encaminha-os para uma estética de fusão entre o Jazz e o Rock. Em 1971, gravaram o single "Smile", que tinha no lado B "SINDIblues Swede CATO'S Shoes", uma versão do standard de rock’n’roll "Blue Suede Shoes", de Carl Perkins. No mesmo ano, deram o seu último concerto na primeira edição do [[Festival Vilar de Mouros]].<ref name="JP Infopédia"/>
 
===1972-1974===
A estreia a solo de Jorge Palma acontece com o single ''The Nine Billion Names of God'' ([[1972]]), título de um conto de [[Arthur C. Clarke]] e inspirado também no livro "O Despertar dos Mágicos", de Louis Pauwels e Jacques Bergier. Por esta altura, inicia uma colaboração com [[Ary dos Santos|José Carlos Ary dos Santos]], que o ajuda a aperfeiçoar a escrita poética, e com quem estabelece uma relação aluno-mestre. “O ano de 1972, 1973, até ao Verão, até Setembro, esse ano e meio foi de convívio intenso com o Ary, sobretudo. Quase todas as noites estávamos juntos” <ref>[{{citar web|url=http://www.jornalinside.com/entrevista.php?eid=63 entrevista]|titulo=''Entrevistas''|publicado=Jornal Inside|acessodata=1 de Setembro de 2013}}</ref><ref>[{{citar web|url=http://sol.sapo.pt/inicio/Cultura/Interior.aspx?content_id=33634|titulo=''Uma entrevista]pessoa jornalcomo eu, é alcoólica para a vida''|publicado=Jornal Sol|acessodata=1 de Setembro de 2013}}</ref>
. Deste contacto resulta o EP ''A Última Canção'' ([[1973]]), com quatro composições de Jorge Palma, duas delas com letras de [[Ary dos Santos]].<ref name="JP Infopédia"/>
 
Ainda em [[1972]], realiza uma viagem transcontinental passando pelos [[Estados Unidos]], [[Canadá]] e [[Caraíbas]].<ref name="JP Infopédia"/> Neste mesmo ano abandona os estudos de Engenharia.
 
Em Setembro de [[1973]], recusando cumprir o serviço militar obrigatório, e, consequentemente, embarcar numa guerra para o Ultramar, parte para a [[Dinamarca]],<ref name="JP Infopédia"/> com Gisela Branco, sua primeira mulher, onde lhe foi concedido [[asilo político]]. Como afirma na entrevista a Cristiano Pereira do Jornal de Notícias de [[22 de Setembro]] de [[2002]]:
''Com licença, meus amigos, mas para a guerra não vou.'' {{carece de fontes|data=Dezembro de 2008}}
Linha 43 ⟶ 42:
Regressou a Portugal após o [[25 de Abril]] de 1974, iniciando uma carreira como orquestrador, entre 1974 e 1977, na indústria discográfica. Fez arranjos para fonogramas de [[Pedro Barroso]], [[Paco Bandeira]], [[Francisco Naia]], [[Rui de Mascarenhas]], [[Tonicha]], João Vaz Lopes, Valério Silva, [[Adelaide Ferreira]] e dos agrupamentos [[Intróito]] e [[Maranata]]. Participou como instrumentista em gravações de [[José Barata Moura]] e [[José Jorge Letria]], entre outros.
 
Em [[1975]], concorreu ao [[Festival RTP da Canção]] com "O Pecado Capital", uma composição sua em co-autoria com [[Pedro Osório (maestro)|Pedro Osório]], defendida em dueto com [[Fernando Girão]], e "Viagem", uma composição de [[Nuno Nazareth Fernandes]] com letra sua.<ref name="JP Infopédia"/> Ficaram classificadas em 7º e 8º lugares, respectivamente, num total de dez canções concorrentes.
 
Nesse ano gravou o seu primeiro LP,''Com uma Viagem na Palma da Mão'', para a Valentim de Carvalho, com canções compostas durante o exílio político em [[Copenhaga]].
 
Depois da gravação do seu segundo trabalho discográfico - '' 'Té Já'' ([[1977]])- e de uma digressão ao Brasil como músico de [[Paco Bandeira]], partiu em viagem, cantando e tocando guitarra nas ruas de várias cidades espanholas (1977) e francesas (1978-1981), nomeadamente [[Paris]], interpretando repertório de compositores de música popular americana, como [[Bob Dylan]], [[Crosby, Stills and Nash]], [[Leonard Cohen]], [[Neil Young]], [[Simon & Garfunkel]], entre outros.<ref name="JP Infopédia"/>
 
Em [[1979]], vive alguns meses em Portugal, morando no Ninho das Águias, junto ao Castelo de S. Jorge, em Lisboa. Grava "Qualquer Coisa Pá Música", o seu terceiro álbum de originais, com membros do grupo acústico O Bando, seguindo-se uma série de actuações a solo e com o referido grupo. Uma dessas actuações foi a 1ª parte do concerto do grupo The Pirates, em Lisboa, no pavilhão do [[Estádio do Restelo]].
Linha 55 ⟶ 54:
No início da década de 1980, regressou a Paris, com a sua segunda mulher, Graça Lami, voltando a Portugal em [[1982]] para gravar o álbum duplo ''Acto Contínuo'', com gravação prevista ao vivo, mas que acabou por ser gravado em estúdio e num curto espaço de tempo.
 
Vicente, o seu primeiro filho, nasce em [[1983]] e a ele dedica a música "Castor", do seu quinto álbum de originais - ''Asas e Penas'' ([[1984]])<ref name="JP Infopédia"/>. De resto, ela é nele “inspirada”, a julgar pelo que consta na capa do registo sonoro, e só não é verdadeiramente instrumental pela sua participação/intervenção. Na sequência deste disco realiza diversos concertos em Portugal, França e Itália.
 
O ano seguinte é marcado pelo lançamento do seu sexto álbum de originais e um dos mais aclamados da sua carreira, ''O Lado Errado da Noite''. O single "Deixa-me Rir" é dele extraído e teve um enorme sucesso. Por este álbum, que é definido, por alguns críticos, como “o lado certo de Jorge Palma” ou “Palma de Ouro”, recebe o “Sete de Ouro” e o “Troféu Nova Gente” e realiza uma longa turné por Portugal e Ilhas, sendo a sua primeira grande apresentação em Lisboa no espaço da Aula Magna da [[Universidade de Lisboa]],<ref name="JP Infopédia"/> ainda que tenha participado num concerto anterior, no mesmo local, organizado por estudantes. “Mas foi uma primeira Aula Magna, organizada por estudantes e não teve muita gente.”
 
Em [[1986]], concluiu o Curso Geral de Piano no Conservatório Nacional<ref name="JP Infopédia"/> e gravou o seu sétimo álbum de originais – "Quarto Minguante", marcado por alguns problemas com e editora. O jornal Blitz de 1.7.1986 chega a falar do projecto "Onde Vais Tu Esta Noite", que seria um misto de documentário e ficção sobre a vida do cantor, mas era uma altura em que esse tipo de trabalhos não tinha tanta visibilidade e apoios.
 
Os anos seguintes foram marcados pela frequência do antigo Curso Superior de Piano do [[Conservatório Nacional de Lisboa|Conservatório Nacional]]<ref name="JP Infopédia"/>, onde foi aluno da compositora [[Maria de Lourdes Martins]]
 
Em [[1989]], edita ''[[Bairro do Amor]]'', considerado pelos jornais Público e Diário de Notícias como um dos álbuns do século XX da música portuguesa.<ref name="JP Infopédia"/> Este trabalho marca a saída da editora EMI - Valentim de Carvalho, que recusou a edição deste álbum (o próprio concorda que essa primeira versão não fosse a melhor), e a passagem para a PolyGram.
 
Compondo, escrevendo letras, fazendo arranjos e desempenhando a direcção musical nas gravações dos seus fonogramas, foi acompanhado por músicos com experiência em diversos domínios musicais, como o pop-rock, a MPP, a música improvisada, a música erudita e o jazz, dos quais se salientam [[Carlos Bechegas]], [[Carlos Zíngaro]], [[Edgar Caramelo]], [[Guilherme Inês]], [[Jorge Reis]], [[Júlio Pereira]], [[Rui Veloso]], [[Zé Nabo]], [[José Moz Carrapa]], [[Zé da Ponte]] e [[Kalu]], entre outros.
Linha 91 ⟶ 90:
Em [[2001]] é editado o álbum ''Jorge Palma'', muito bem recebido pela crítica e ainda mais pelo público, ávido de novas músicas depois de doze anos decorridos sobre o lançamento do seu anterior disco de originais. O disco chegou ao terceiro lugar do top nacional logo na primeira semana e foi disco de prata. Dois meses antes, fora reeditado ''Acto Contínuo'', cuja versão não existia, ainda, em formato CD. Nesse ano abriu o terceiro dia do [[Festival Sudoeste]] e tocou nos Coliseus de Lisboa e Porto, em Novembro, entre outros concertos. Escreveu um tema para ''Mau Feitio'', um álbum de [[Paulo Gonzo]], deu a voz a "Diz-me Tudo", música de abertura da telenovela portuguesa da SIC “Ganância” e emprestou o piano a "Fome (Nesse Sempre)", tema dos Toranja para uma compilação da Optimus.
 
Em [[2002]], recebeu o prémio [[José Afonso]] para o disco ''Jorge Palma'' e foi nomeado para os [[Globo de Ouro (Portugal)|Globos de Ouro]], promovidos pela SIC, nas categorias de melhor intérprete individual e de melhor música ("Dormia Tão Sossegada").<ref name="JP Infopédia"/> Deu três concertos em Junho, no [[Teatro Villaret]], acompanhado pelo seu filho Vicente, que foram editados num CD duplo, lançado em Setembro, com o título ''No Tempo dos Assassinos - Teatro Villaret - Junho de 2002'' e que contém trinta e três temas da sua vasta obra.
 
Ainda em 2002, os [[Cabeças no Ar]] - na prática, os [[Rio Grande (banda)|Rio Grande]] sem Vitorino - lançam um disco.
Linha 151 ⟶ 150:
* ''Estrela do Mar'' (2004)
* ''Deixa-me Rir'' (2005)
* ''Grandes Êxitos'' (2006)<ref>{{citar web|url=http://www.discogs.com/artist/Jorge+Palma Jorge Palma|titulo=''Jorge Palma''|publicado=Discogs|acessodata=1 de Setembro de 2013}}</ref>
* ''Grandes Êxitos'' (2006)
<ref>[http://www.discogs.com/artist/Jorge+Palma Jorge Palma] discogs</ref>
 
;Outros Projectos