A Loucura sob Novo Prisma: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Tenepes (discussão | contribs)
Tenepes (discussão | contribs)
Linha 9:
O livro "a loucura sob novo prisma" divide-se em três capítulos: o '''primeiro''' discorre sobre a existência do [[espírito]] ou [[alma]], em ampla discussão, passando em revista a história da filosofia, tradições populares e relatos de causos; No '''segundo capítulo''' aborda a questão das relações entre o espírito e o cérebro, mas, ao contrário do primeiro cita poucos textos, especialmente de médicos, [[Frenologia|frenologistas]] e/ou fisiologistas de sua época. Fundamenta-se na dualidade proposta por [[Descartes|René Descartes]] (1596 — 1650) e em experimentos espíritas realizados na época. Entre os experimentos cita a participação do físico - químico inglês, Sir. [[William Crookes]], (1832 — 1919), um dos primeiros cientistas a investigar o [[Estados físicos da matéria|estado físico da matéria]] que hoje é chamado de [[plasma]]s, além do conhecido [[Cesare Lombroso]] (1835 — 1909) graças às suas contribuições à [[criminologia]].
 
Lombroso publicou em sua época primeiramente livros contra <ref>LOMBROSO, Cesare "Studi sul l'ipnotismo" (Turim, 1882)</ref> e depois a favor das crenças espíritas <ref>LOMBROSO, César. Hipnotismo e mediunidade. Rio de Janeiro: FEB,</ref>. As primeiras experiências espíritas realizadas por ele, segundo consta, a convite do conde Ercole Chiaia, foram [[Rito|sessões]] com a [[Mediunidade|médium]] italiana Eusápia Palladino descritas no seu livro "''Hipnotismo e Mediunidade''", e podem ser consideradas uma influência intelectual à obra aqui analisada.
 
Finalmente no '''terceiro capítulo''' intitulado [[Obsessão]] Menezes, refere-se à concepção de [[Jean-Étienne Esquirol|Esquirol]] (1772 — 1840) quanto ao problema da integridade ou lesão cerebral dos portadores de transtorno mental bem como na busca e explicação dos [[surto]]s, remissão de sintomas e analisa o fenômeno da [[anestesia]] recorrendo, para surpresa de alguns teóricos da época, a um depoimento do espírito de [[Samuel Hahnemann]] (1755 - 1843) (Menezes, o.c. p.&nbsp;170) embora não sejam conhecidas referências a prática do espiritismo por Hahnemann em sua vida na [[Saxônia]] ou [[Paris]]. Observe-se a concordância da obra com o mundo e questões intelectuais ([[zeitgeist]]) do final do séc. XIX.