História da Sicília: diferenças entre revisões

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A invasão teve início em [[17 de junho]] de [[827]] e a massa em grande parte [[Berberes|berbere]], mas sob liderança [[árabes|árabe]] ou [[persas|persa]], foi creditada ao ''[[qadi|qādī]]'' di Qayrawān, [[Asad ibn al-Furat|Asad b. al-Furāt]], grande jurista [[Maliqismo|malikita]] autor da famosa ''Asadiyya'', de origem persa de [[Khorasan|Khorāsān]]. O desembarque ocorreu em [[Capo Granitola]], próximo a [[Mazara del Vallo]] e foi ocupada [[Marsala]] (em [[língua árabe|árabe]] ''Marsa ‘Alī'', o porto de ‘Alī ou ''Marsa Allāh'', o porto de Deus) e os centros foram fortificados e usados como cabeça de ponte e base de atracamento para os navios.
 
A expedição que pretendia com toda probabilidade (além do lendário imaginário cristão) efetuar uma penetração profunda na ilha, não se ilude de poder [[Cerco de Siracusa (827-828)|superar as formidáveis defesas]] de [[Siracusa]], a capital bizantina da ilha, mas a substancial debilidade bizantina, há pouco saída de uma duro conflito contra o usurpador [[Tomás o Eslavo]], fez Asad pensar na concreta possibilidade que a inicial tentativa estratégica pudesse ser mudada a uma expedição de verdadeira conquista.
 
Foi assim possível aos muçulmanos, que já haviam tomado ''Girgenti'' (atual [[Agrigento]], sempre com a grande maioria berbere), tomar, em agosto e setembro [[831]], [[Palermo]], eleita capital da Sicília islâmica (''Siqilliyya''), depois [[Messina]], [[Modica]] (845) e [[Ragusa]], enquanto ''Castrogiovanni'' (atual [[Enna]]) foi tomada somente em [[859]]. Resistia Siracusa, sede do ''[[strategos]]'' da qual dependiam tanto o [[drungariato]] de [[Malta]] quanto os ducados de [[Calabria]], de [[Otranto]] e, ao menos teoricamente, de [[Nápoles]].
 
Foi necessário mais de uma década para vencer a resistência dos habitantes do solo [[Val di Mazara]] e para apoderar-se entre [[841]] e [[859]] de [[Val di Noto]] e [[Val Dèmone]]. Siracusa, superado o bloqueio imposto em [[872]]-[[873]] por Khafāja b. Sufyān b. Sawādan, caiu em [[21 de maio]] de [[878]], a meio século do primeiro desembarque, ao término de um [[Cerco de Siracusa (877-878)|implacável assédio]] que se conclui com o massacre de 5.000 habitantes e com a escravidão dos sobreviventes, resgatados somente muitos anos mais tarde.
 
[[Imagem:Palermo-San-Giovanni-bjs-2.jpg|thumb|left|220px|Igreja de São João dos Eremitas, em [[Palermo]], com cúpulas em estilo árabe]]