Dialeto carioca: diferenças entre revisões
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O '''dialeto carioca''' é uma [[Variação (linguística)|variação linguística]] do [[português brasileiro]], típica da [[Região Metropolitana do Rio de Janeiro]] e de outras cidades do [[Interior Fluminense]]. Por causa do longo tempo em que o Rio de Janeiro permaneceu como capital do Brasil, e pela continuada influência nacional da [[Rede Globo]], emissora de televisão que é sediada na cidade do Rio de Janeiro, tem permanecido sendo um dos dialetos brasileiros de maior difusão nacional.
O estudo do dialeto carioca começou com a obra de [[Antenor Nascentes]], ''O Linguajar Carioca'', em 1922.<ref
== Influências e Recepção ==
O português que se falava no Rio tinha características paulistas, por conta da passagem dos bandeirantes pela região. Mas, com o prestígio da realeza, virou chique falar à moda portuguesa, e houve um fenômeno que especialistas chamam de "relusitanização" da língua.
O dialeto carioca sempre teve grande projeção nacional, sendo tomado como a principal referência do falar "neutro" ou correto. Isso se deveu à cidade ter sido, ao longo de sua história:<ref name=Bravin/>
* A sede da Corte Portuguesa e, depois, da Corte Brasileira;
* O local em que residiam a grande maioria dos escritores consagrados do país, seus círculos e sociedades;
* O berço da imprensa e das telecomunicações no país, sendo ainda sede de algumas das maiores emissoras, como as [[Organizações Globo]].
== Fonética ==
O dialeto carioca é marcado pelas seguintes características fonéticas e fonológicas:
* [[Palatalização]] do /d/ e /t/ para as [[consoante africada|africadas]] [[consoante palatoalveolar|palato-alveolares]] {{AFI|[d͡ʒ]}} e {{AFI|[t͡ʃ]}} quando antes de {{AFI|/i/}};
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:: Exemplos: <mal> {{AFI|[maw]}}; <alguém> {{AFI|[awˈgẽȷ̃]}}; <azul> {{AFI|[aˈzuw]}}
==Gramática==
No nível gramatical, o falar carioca possui também algumas especificidades.
===Índices de segunda pessoa===
o dialeto carioca, tem havido um ressurgimento do uso de ''tu'' como [[pronome|índice de segunda pessoa]], ao lado do índice mais comum no Brasil, ''você''. Esse uso acontece principalmente entre homens jovens (com menos de 30 anos), no contexto de discurso informal e comom marca enfática (uma vez que ''você'' é tido como forma não-marcada).<ref>{{ref|bagno(2011)|Bagno (2011), pp. 751, 752}}</ref><ref>{{citar livro|sobrenome=Paredes Silva|nome=Vera Lúcia|ano=2003|capítulo=O retorno do pronome "tu" à fala carioca|titulo=Português brasileiro: contato linguístico, heterogeneidade e história|editora=Faperj:7letras|local=Rio de Janeiro|página=160-169}}</ref>
== {{Ver também}} ==
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== {{Bibliografia}} ==
* {{nota|bisol(2005)}}{{Citar livro
| autor = Leda Bisol
| url = http://books.google.com.br/books?id=TFzWAq-S7I0C&printsec=frontcover&source=gbs_v2_summary_r&cad=0
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}}
* {{nota|bagno(2011)}}{{citar livro|autor=Marcos Bagno|título=Gramática Pedagógica do Português Brasileiro|editora=Parábola Editorial|ano=2011|local=São Paulo|isbn=8579340373}}
{{Língua portuguesa}}
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